🍂 Capítulo 7 🍂

5.8K 671 141
                                    


Passo pelo corredor, sério e com uma cara que mostra que não estou nada tranquilo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Passo pelo corredor, sério e com uma cara que mostra que não estou nada tranquilo. As pessoas nem me cumprimentam, na verdade, elas até se afastam ao ver minhas passadas pesadas e duras. Estou com as mãos fechadas ao lado do meu corpo e segurando a vontade de gritar com as três encontradas primeiro na cena do crime.

Antes de me dirigir a elas, pergunto a agente carcerária o nome de cada e com os nomes gravados, arrasto uma cadeira que acaba fazendo um barulho estridente quando atrita no piso de cimento queimado.

Me sento, e passo a olhar uma delas. A loira, chamada Allisson, me olha sem saber ao certo o que dizer. Ela tenta manter a pose de durona, fazendo um contato visual direto e nenhum pouco intimidante. Devolvo o olhar, e passo através deles todo o meu descontentamento. Dizem que os olhos são espelhos da alma, então estou dando a ela uma visita para o meu interior desgraçado e oco. Não demora muito para ela encolher os ombros e abaixar a cabeça, olhando para as suas mãos algemadas repousadas em sua coxa.

– Vamos conversar. – Digo cruzando os braços, controlando-me ao máximo para não explodir e chamar atenção das pessoas ao redor. Inclino a cabeça um pouco de lado e começo a falar – Você conhecia a mulher que foi desmembrada? – Ela levanta a cabeça novamente e sorri sarcástica. Mesmo que eu não me importe com a vida da Nora, esse caso acabou se tornando pessoal por causa da minha esposa e filhos. Se não fosse eles, estaria terminando de protocolar o que achei e já partiria para o próximo caso que chegasse. Se não há sentimentos, não tem porque se preocupar com ressentimento.

– Ah, por favor.... Vira a fita que essa pergunta já está mais passada que tinta barata em parede.

– Respostas malcriadas não ajudam em nada, Allison! – Dou ênfase em seu nome, estreito os olhos e nego, colocando o dedo indicador em meus lábios, pensando em uma forma de arrancar todas as informações que preciso. – Só vou perguntar mais uma vez, e se eu não gostar da sua resposta, irei arrancar as informações da maneira que eu achar mais ruidosa. Então prepare seu psicológico para aguentar as minhas ideias, nunca usei com ninguém e não será esforço algum ter você como a primeira a experimentar meu lado mais insano. – No primeiro momento ela mostra que as minhas palavras a atingiram, tanto que sua face se contorceu em temor. Mas, como a louca que é, voltou a pose irredutível de quem não vai falar nada.

– Senhor, nós duas não sabemos de nada. É sério, quando chegamos na quadra de descanso a Allison já estava ao lado do corpo. Tinha um buraco no chão que serviu de saída para o responsável pela morte daquela mulher. Eu não sei porque fizeram aquilo com ela, logo agora que faltava só alguns meses para ser solta. Uma coisa posso afirmar, com certeza não foi rebelião, as outras que foram assassinadas só serviram para usarem a rebelião como explicativa. Mas não foi. Foi tudo planejado. – Allison bufa, revirando os olhos assim que sua colega de cela fala o que sabe para se livrar.

– Vocês duas são fracas em? Porra! – Ela responde indignada para as duas. E eu, me levanto, jogando a cadeira para trás e por mais que estivesse tentando buscar informações através das perguntas, não estou com a menor paciência para ficar insistindo.

A VINGANÇA DO CAPO - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora