Capítulo 34 - Parte I

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– Louise, deixa de besteira! A mamãe falou aquilo, mas ela não sabe de merda nenhuma

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– Louise, deixa de besteira! A mamãe falou aquilo, mas ela não sabe de merda nenhuma. O que ela quer é continuar te deixando em cima do muro, afastando-a da civilização. Ela acha que agindo assim, vai suprir os dias que deixava aquele filho da puta entrar no seu quarto e abusar de você de todas as formas possíveis. – Alexia diz alterada, gesticulando enquanto anda de um lado para o outro. Suas palavras me fazem sentir uma sensação ruim, de que em parte, ela está certa. Mas ainda prefiro não culpar a minha mãe, só ela sabe o que passa na mão do Fabrizzio e talvez ele a ameaçava, atingindo seus pontos fracos, que são suas filhas.

– Não use esse fato para justificar a preocupação dela. – Digo, olhando de um lado a outro, me certificando de que não tenha ninguém por perto. – Você já pensou, que o Fabrizzio ameaçava ela, dizendo que se ela tentasse impedir, mataria todas as suas filhas? – Pergunto pensando em uma das hipóteses. Ela rir e nega, passando a mão nos cabelos.

– Claro. Melhor que uma seja violentada, a ter que negar uma possível ameaça mentirosa. Você acha mesmo que o papai iria matar as próprias filhas? – Ela pergunta e até parece que não conhece o homem da casa. – Sério, irmã. Você tem que abrir os olhos. O Fabrizzio não mataria a Liza ou a Donna. De forma alguma! A mamãe foi estúpida e te deixou sofrendo desde criança na mão daquele velho. A verdade é que ela sempre foi manipulável e burra. Se eu fosse ela, mataria o causador das minhas dores na primeira oportunidade. Para mim, ela não passou de uma mãe negligente, que fazia tudo que o papai mandava.

– Pare de me colocar contra a mamãe. Isso é passado, Alexia. Chega de tocar em uma ferida fechada. Já foi difícil demais esquecer e me recuperar das consequências dos meus traumas, então basta dessa conversa. – Digo também alterando a voz. Não tem porque tocar em assuntos que machucam e não levam a lugar algum.

– Tudo bem! Me desculpe, Louise. É que estou muito estressada. Falta poucos dias para o meu casamento. Você não imagina o quanto é desgastante tudo isso. Por isso mesmo precisamos sair. – Ela diz e eu fico calada, pensando nas consequências de uma saída sem segurança. – Olha, não vamos estar exatamente inseguras. Vamos no carro de um dos seguranças do papai e tudo vai dar certo. Eu queria deixar para depois, mas não haverá mais tempo. Quando casar, talvez, mal consiga ter contato com vocês. Mulher de homem que vive nesse meio, é mais complicado ter a liberdade de sair e encontrar com amigos ou familiares. Então, por favor, vamos lá... Prometo que vai ser inesquecível.

Penso e solto um longo suspiro. Já estou cansada de tentar convence-la.

– Um dos seguranças que vai nos levar? – Pergunto e ela acena positivamente. – Olha só Alexia, espero que nada aconteça. Porque se algo ruim acontecer, nunca mais confio em você. – Ela solta um grito animado e abre os braços, mas eu não vou até ela, então minha irmã vem até mim, me abraçando.

– Vou tomar um banho, lá como alguma coisa. A minha loja preferida fica perto de umas lanchonetes e vai ser ótimo. – Ela diz e sai do meu quarto, animada como nunca vi.

A VINGANÇA DO CAPO - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora