"Todos têm o seu lado obscuro que - desde que tudo dê certo - é preferível não conhecer. "
E é a partir disso, que entraremos na mente e vida do Mikhail Kutner.
Obrigado a amadurecer antes mesmo de aprender a ler, Kutner precisou fugir de uma vida...
Oiii! Gente, espero que gostem do capítulo... Tentei finalizar no final de semana, mas não Consegui ter tempo suficiente para escrever certinho.
Comentem, por favoor. E não deixem de me presentear com a estrelinha. Beijo e boa segunda para vocês.
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Entramos silenciosos pela porta dos fundos da fábrica, e de onde estamos conseguimos ver perfeitamente as máquinas da linha de montagem, as bombas de transportar os produtos, e alguns trabalhadores. Uns na produção direta e outros dirigindo o carro guindaste, para tirar ou colocar no alto, empilhadas, as várias caixas que são empacotadas em série. Ninguém percebe a nossa presença, não só porque estamos em silêncio, calculando cada passo na direção do corredor que leva para a porta revestida de toneladas de ferro, perfeitamente camuflada na parede feita de pedras espessas e retangulares, como também porque estão extremamente concentrados nas suas funções.
Usando tocas, luvas, botas que se prendem na altura ideal, um pouco acima dos tornozelos, e roupas brancas, acabam se misturando e padronizando o estilo dos funcionários desse tipo de ambiente.
Assim que conseguimos passar despercebidos, entramos no corredor onde só algumas pessoas possuem a autorização de entrar e guardar as caixas que vão ser levadas para os caminhões. Provavelmente o dono da fábrica foi contatado para organizar tudo para o dia de hoje, e por isso o lugar está completamente abastecido, o que nos livra da surpresa de esbarrar em algum dos descarregadores.
Olhando para a única parede livre das caixas, se não soubéssemos que ali possui um espaço para introduzir a chave longa, seria impossível perceber que existe alguma coisa por trás dessa parede.
Em cima da estrutura pesada, imperceptivelmente, há uma câmera de identificação. Dando um passo para trás, só espero o momento que a maciça porta de ferro se abra e quando acontece, o ruído que ela faz ao destravar se funde ao barulho dos maquinários pesados do lugar.
Somos recebidos pelo nosso cappi, e antes de andar na direção da grande mesa, esperamos que o Fabrizzio feche a porta e acene para que todos nós o sigam.
O ambiente muito bem iluminado, com estrutura semelhante a escritórios de grandes empresas multinacionais, acolhe a todos e realmente parece que estamos dentro de uma sala de reunião. Porém, o que difere são as adegas anexadas as paredes que vão do chão até próximo ao teto, e um balcão no fundo, que serve de apoio para os copos e as bebidas mais sofisticadas.
No centro da sala uma mesa de madeira maciça, de um tom escuro, mas que dá para ver os desenhos ovais que esse tipo de madeira possui, reúne os principais homens da organização. Aqui está reunido a atual conjuntura da instituição, com o Lorenzo em pé na extremidade, junto com o sub e seu conselheiro nas duas cadeiras de frente uma para outra, próximo ao lugar onde o capo está. Descendo para as outras cadeiras, estão outros senhores e chefes menores das outras organizações aliadas à nossa. Na outra ponta da extremidade, está um senhor com uma idade avançada, e por estar nesse lugar da mesa, é óbvio o seu poder mesmo estando fora da pirâmide.
