⚔ Capítulo 27 ⚔

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Chegando no porto, fico impressionada com o tamanho de tudo

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Chegando no porto, fico impressionada com o tamanho de tudo. As estruturas que sustentam os guindastes com ganchos, causam até uma vertigem nos olhos se levantar a cabeça e olhar muito. Mas o que me chamou mais atenção foi a pista multicolorida com a grande quantidade de contêineres.

Giro com meu corpo em uma rota de trezentos e sessenta graus e não há palavras para descrever essa imensidão. Um barulho alto me faz sair do torpor da admiração, e eu ponho as mãos nos ouvidos ao ver que um navio se aproxima do atracadouro.

– Mais rápido, Louise! Nosso tempo está baixíssimo. Se a inspeção alfandegaria chegar, irá haver um derramamento de sangue e não queremos isso. – Ele fala naturalmente, como se fosse a coisa mais natural do mundo provocar um banho de sangue por aí. Tirando o celular do bolso da calça, enquanto anda rápido, tento acompanha-lo mas fica meio difícil ir no mesmo ritmo puxando a porcaria da mala.

Chegando no contêiner mais afastado, e um tanto enferrujado nas laterais, logo sinto um cheiro estranho e ponho as mãos no nariz. Tem carne podre aí dentro? Meu Deus, que cheiro horrível.

Sem sair de perto, espero ele falar pela chamada no telefone e assim que termina de falar em códigos, se vira para mim.

– O seu celular! – Ele estende a mão para mim e eu não me movo. – Vamos, me entregue o celular! – Abrindo o bolso em que ele está, o entrego e assim que ele pega já vai abrindo a capa, e ao ver que a bateria é acoplada ao celular, simplesmente o joga no chão e pisa como se fosse a coisa mais natural do mundo quebrar um celular cheio de conteúdos e fotos importantes. Em um ato impensado vou até ele e bato em seu braço, depois em seu peito e não demora para ele segurar fortemente em meus pulsos e me empurrar de encontro ao contêiner. – Você precisa aprender a controlar sua impulsividade, ou quando se casar vai apanhar sempre que cometer esses deslizes.

– Eu nunca vou me casar! E se eu cometer a proeza de me juntar com alguém, nunca que vou deixar uma violência ficar por isso mesmo. Eu posso não ter a mesma força para revidar, mas não significa que não vou tentar machucar também! – O respondo e ele sorri, soltando meus pulsos.

Balançando a mão, olho a parte onde ele apertou e com a outra mão toco e aliso a marca vermelha que se formou tão rapidamente. Minha pele é um pouco sensível e qualquer aperto diferente as marcas ficam. Isso é uma merda, porque me faz lembrar da impotência dela ao ver meu corpo cheio de manchas. Muitas vezes apareciam cortes e ferimentos em carne viva, e ela não falava nada... Só cuidava e dizia que tudo ia ficar bem. Até hoje ainda possuo marcas no meu corpo, muitas marcas por sinal. E, eu procuro não pensar muito para não me decepcionar, e sentir raiva logo da mulher que mostra tanto amor por mim.

– Você será um desafio, Louise. Será um desafio até para os mais frios dos homens. Boa sorte, só digo isso. – Ele fala ainda sorrindo e se vira indo até uma instalação, onde tem um senhor barrigudo e com cara de delinquente.

A VINGANÇA DO CAPO - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora