noventa e um

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Não consigo nem responder ao texto, só faço chorar e olhá-lo tão concentrado na estrada. Olho para o céu, agradecendo por mais um ano de vida, pela Julinha e por esse homem a minha frente que eu tenho a maior sorte de ter ao meu lado.

J u n i o r.

Trago a Lorena para conhecer o Emissário Submarino em Santos. Pode não o lugar mais romântico que exista, não como muitos casais queiram ir à frente da Torre Eiffel, em Paris, mas é um lugar especial porque quando eu era mais novo, bem mais novo, vinha aqui e ficava sonhando com a minha vida.

Estaciono o carro, descemos de mãos dadas e vamos andando com cuidado até ficar olhando a água batendo em algumas pedras. Lorena deita a cabeça no meu ombro, aperta minha mão e depois direciona seus olhos para os meus.

Junior: Eu sempre vinha aqui quando era menor.

Lorena: Sério? Imagino um mini Junior correndo por aqui.

Junior: Também tinha isso. Mas eu vinha muito aqui pensar na vida. Eu era humilde, jogava nas categorias de base do Santos, morava em Praia Grande e quando tinha folga, vinha aqui pensar em como seria minha vida se eu fosse um jogador de futebol.

Lorena: Você não tinha certeza?

Junior: Tinha, eu sempre quis. Eu só ficava na dúvida se seria tudo isso que eu sou, não querendo me gabar, mas de chegar onde eu cheguei. Lembro que no ano que estreei pelo Santos, meu pai falou para eu nunca esquecer da minha essência, de onde eu vim independentemente de onde eu iria chegar. E aí chegamos nessa situação, ele acusando você, pagando a Bruna e a Aline... dá para acreditar?

Lorena: Nós não conhecemos quem amamos, Ju. O dinheiro mexe com a cabeça das pessoas, elas acabam agindo de qualquer jeito. Eu sei que você não vai querer desculpar agora, e eu entendo, só que você tem que pensar que ele é seu pai.

Junior: Eu sei, amor. Eu me coloco no lugar de pai também, mas é difícil.

Lorena: Tenho certeza que vocês vão se entender. Agora, obrigada pelas mais cedo. Eu amo você, nosso amor é quase um romance fora de série.

Olho para seu rosto, virando meu corpo, seguro na sua cintura e beijo a Lorena como se eu pudesse, só com o meu beijo, demonstrar tudo o que sinto por ela.

Passamos uma hora no Emissário e depois vamos para o condomínio que eu preparei um jantar especial e terminar essa noite só nós dois.

L o r e n a.
Depois do jantar, que preciso admitir que estava uma delícia, sentamos no chão, encostando nossas costas no sofá e eu apoiando meu braço sobre meu olho, com a taça de vinho em mão.

Junior tinha os olhos fixos em mim, a luz estava baixa da sala, um escuro agradável, e deixa que fique cada vez mais quente.

Lorena: Ontem eu fui no médico saber mais sobre a curetagem, o tempo certo e essas coisas

Junior: O que ela disse?

Lorena: Ela explicou uma coisa que eu acho que você vai ficar feliz.

Junior: É? Sobre o quê?

Lorena: Lembra que ela deu a restrição de 15 dias para relação sexual? - deixo o vinho na mesinha do centro, levanto e sento em seu colo. Junior segura na minha cintura e eu em seu rosto, com as duas mãos. - Eu tinha um tempo por conta do curativo, poderia doer, mas ela também explicou ontem sobre outra situação. Geralmente quando uma mulher engravida, tem um novo corpo se criando dentro dela, o que faz com o seu corpo de adapte a esse "novo". Quando ele é retirado é a mesma coisa. Por exemplo, quando fazemos operação para retirada de siso, tomamos sorvete e acabamos perdendo peso né? Com a gravidez não é diferente. O corpo muda, vai se adaptando e depois muda de novo, quando aquele "corpo estranho" sai.

Junior: Se você acha que está gorda...

Lorena: Não é isso, amor. Ela disse que eu já posso tentar ter filhos. Geralmente a mulher fica um ou dois meses sem menstruar para o ciclo voltar ao normal.

Junior: Sério? - concordo. - Sem machucar você?

Lorena: Você nunca machucou, amor. - massageio sua bochecha. - E já que estamos sozinhos...

Junior: Você tem certeza?

Lorena: Absoluta.

Junior: Se você sentir desconforto, avisa.

Lorena: Confia em mim. - sussurro.

Começamos um beijo devagar e super envolvente. Junior sobe e desce sua mão pela lateral do meu corpo, entrando por debaixo da camisa e eu chupo seu lábio anterior antes de encerrar o beijo.

Empino minha bunda, jogando mais meu corpo contra seu corpo, prendo seus lábios no seu e ele estimula meus seios com as mãos, ainda dentro da minha calcinha. Iniciamos um novo beijo, dessa vez mais rápido, meu sutiã vai baixando aos poucos e seus lábios beijam e chupam meu pescoço.

Junior: Você não quer subir?

Lorena: Vamos.

Sou carregada pelo meu namorado, entramos no quarto aos beijos, ele deita meu corpo na cama e começa a tirar sua blusa e depois a calça.

Chamo-o com o dedo, Junior engatinha na cama, passa a mão no meu rosto e beija meu nariz antes de descer do meu rosto para o meu pescoço. Eu sei que não vai adiantar de nada apressar tudo.

Fecho os olhos para aproveitar seu toque tirando minha blusa, estimulando meus seios e descendo seus beijos pela minha barriga até o jeans do meu short em que ele tira sem pressa.

Junior: Posso? - pergunta sem hesitar.

Lorena: Pode.

Ele vai tirando minha calcinha, sinto seus lábios em contato com o meu sexo, parece novo mas não é.

Depois dos 15 dias que eu passei sem poder fazer relação sexual, nós transamos algum tempo depois, mas mesmo assim, eu sinto dor. Não uma dor forte, eu nem comento com o Junior para não deixa-lo preocupado, mas uma dor de medo de acontecer tudo de novo.

Lorena: J-ju... - reviro os olhos com tamanho desejo. - Amor...

Junior: Oi? - sopra sem olhar para mim.

Lorena: Para. - seguro o choro. - Para, por favor.

Junior levanta a cabeça, voltando para perto e eu me afasto com medo.

Medo de explicar que eu simplesmente pedir para ele parar porque eu sinto que pode acontecer a mesma coisa que antes.

Junior: Ei, - toca no meu rosto virando o lado contrário ao dele. - eu fiz alguma coisa de errado? Desculpa.

Lorena: Não, não é isso. - o olho e esses olhos verdes me encarando só fazem eu o abraçar e me acolher em seus braços. - Eu tenho medo, Ju.

Junior: Não fique. Eu estou aqui com você.

Lorena: Desculpa, por favor, desculpa. Estava muito bom, você sabe que eu gosto - ele ri. - mas eu não consegui pensar na possibilidade de que pode acontecer de novo.

Junior: Não precisa pedir desculpas. É o seu bem, amor. Não vou forçar, não devo e nem quero

Lorena: Eu te amo. - selo nossos lábios. - Obrigada.

Junior: Eu amo você. - junta minha calcinha, dá a blusa dele que tá mais perto que a minha, visto rápido e deito com ele. - Feliz dia, minha vida.

awn eu amo tanto

Apenas Por Amor 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora