Laura ✿
Eu pensei que ia perder meus filhos, papo reto. Fiquei horas esperando ser atendida dentro daquela sala, nenhum enfermeiro foi ver como eu estava, dor tava insuportável já, e eu estava sangrando, desespero só aumenta.
Única coisa que eu podia fazer no momento era pra pra Deus me ajudar e me dar forças pra conseguir que meus filhos ficassem bem, eu não tava nem me importando comigo, importante era os meus filhos, somente eles.
Dois enfermeiros entraram e me levaram pra outra sala onde fui atendida, me examinaram e depois me levaram pra outro quarto com mais duas mulheres.
Parece que colocaram alguma coisa no soro, apaguei legal, fui acordar no outro dia com uma enfermeira me chamando pra tomar café da manhã.
Comida horrível, Deus me livre. Tava ruim, mas comi assim mesmo, era aquilo ou ficar com fome. A mona mediu minha pressão, perguntou se eu estava sentindo alguma dor, anotou lá e depois saiu. Graças a Deus não tava sentindo mais aquela dor intensa, só um incomodo mesmo.
Pelo o que o médico falou tenho que me manter em repouso para segurar os meus filhos até eles ter pelo menos trinta semanas, qualquer descuido meu posso perder eles, e isso eu não quero nem imaginar.
Minha mãe entrou no quarto, perguntou como eu tava, conversamos sobre o meu caso, pedi pra ela falar com a gerente da loja que eu trabalho, explicar o não eu ter ido trabalhar, e também não posso nem mais trabalhar, só Deus na minha vida mesmo.
Cristine: Não se preocupa com isso filha, pense na Lorena, no Gabriel, não ganho muito mais é o suficiente pra te ajudar, e você sabe que seu pai não deixaria faltar nada....
Laura: É impossível eu não me preocupar né mãe. Eu não quero nada que venha do meu pai para os meus filhos, não vou esquecer do que ele me falou mãe, lembra que ele me disse que meu inferno só estava começando? Pois é, realmente só está começando...
Ela não falou mais nada, só negou com a cabeça, não falei mentira nenhuma, eu realmente não quero nada que venha do meu pai, não quero que depois ele jogue na minha cara que deu tal coisa.
Médico entrou no quarto pra me examinar, perguntei quando eu ia ter alta e ele disse que não tinha previsão, o almoço chegou, comi aquela gororoba sem gosto, tinha mais nada pra fazer dormir.
Minha mãe já tinha ido, Ana Clara que ia dormir aqui comigo hoje e minha mãe vinha amanhã de manhã. Muito feliz pela amiga que tenho, hoje sei o real significado de "os de verdade eu sei quem são".
Umas quatro da tarde Ana Clara chegou, trouxe meu celular, pelo menos vou ter alguma coisa pra ocupar a mente nesse hospital, porque só pela misericórdia.
Ana Clara tá aqui me falando o que minha mãe disse a ela quando o médico perguntou se eu tinha usado droga, minha mãe nessa hora se fez, porque eu sempre deixei claro pra ela que usava, ela brigava comigo e mesmo assim eu usava, agora tá fazendo graça com isso.
Ana Clara: Aí amiga, eu me segurei pra não falar coisa que não devia, mas me deu vontade de falar, a língua coçou.
Laura: Melhor não ter falo mesmo, Clara. Sabe como é minha mãe, tudo ela leva pro coração e guarda mágoa, quero encheção de saco mais não.
Ana Clara: Ela que começou, eu ia apenas me defender.
Minha mãe é de mais, guarda mágoa mesmo, qualquer coisinha ela fica estranha com a pessoa, tem que ter muita paciência.
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Votem e comentem!!Postando esse cap antes de bater a meta por causa das minhas leitoras fiéis que sempre tão comentando.
Beijos de luz e bom fim de semana.
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Destino Traçado
Teen FictionNada acontece por acaso, em tudo Deus tem um propósito.