Acordei com o Gabriel puxando meu cabelo, olhei pra ele e o filho da puta sorriu banguelo, morro de amor pelo meu pequeno, minha vida pela deles.
Laura: Debocha da cara da sua mãe mesmo, vai, debocha. - falei que sorriu mais ainda me fazendo rir.
Amor de mãe é uma coisa inexplicável né, não aconselho ter filho, mas eu não consigo me imaginar sem os meus, é uma coisa que só quem é mãe entende. Vejo que as blogueiras romantizar muito a maternidade, mas não é um morango assim não, parir dói, tanto cesária quanto parte natural, amamentar dói, ver o filho na encubadora dói.
O bolso dói quando vai comprar leite, frauda, roupa pro bebê que não é nada barato. Ultimamente tô comprando coisas pra eles, pra mim é só o básico do básico e olhe lá, penso duas, três vezes antes de comprar algo pra mim.
Levantei, escovei meus dentes, fiz um coque no cabelo e voltei pro quarto, olhei se precisava trocar a frauda do Biel, tava encharcada, aproveitei pra dar banho logo nele, coloquei a banheira pra encher e voltei pra tirar a roupa dele, dei banho, passei pomada pra assadura, coloquei a frauda e vesti a roupinha dele.
Coloquei o Gabriel na cadeirinha e levei pra cozinha, fiz o leite dele, dei, coloquei pra arrotar e fui tomar café, aproveitei pra olhar meu celular, respondi umas mensagens, que inclusive tinha uma do Iago me dando bom dia, respondi ele e perguntei se tinha como ele vim me buscar pra me levar pro trabalho.
Terminei de tomar café, limpei a cozinha, peguei o leite da Lorena que já tava pronto e fui pro quarto, ela ainda tava dormindo, mas acordei, deixar dormi de mais não, a noite vai querer madrugar e eu que me fodo.
Fiz o mesmo com ela e dei a mamadeira, coloquei pra arrotar e deixei na cadeirinha, um do lado do outro, dei um brinquedinho pra cada e fui limpar o quarto, tempinho que não limpo já.
Terminei de limpar era umas dez horas, passei a vassoura na casa também, a vó Lena chegou da feira e foi guardar as coisas, fui tomar banho pra ir trabalhar, saí do banho e vesti minha roupa, fiz um coque no cabelo, passei uma base, pó banana e pronto.
Meu celular tocou, olhei era minha mãe, atendi mas quem tava falando era a vizinha avisando que minha mãe tinha passado mau, agradeci a ela e falei que já estava indo pra lá.
Laura: Minha mãe tá passando mau, tô indo lá ver ela, olha as crianças pra mim por favor. - falei pra vó.
Lena: Vá lá minha filha, qualquer coisa me avisa, pode ir que eu olho eles sim.
Agradeci, peguei minha bolsa e guiei pra casa da minha mãe, papo de dois minutos já cheguei, entrei ela tava nó sofá e a vizinha tava com ela, aparentemente minha mãe tava melhor.
Laura: Bom dia, pode ir se quiser Geisa. Obrigada por ter ajudado minha mãe.
Geisa: Bom dia, por nada Laura, tô aqui pra ajudar... Tô indo que deixei uma panela no fogo. - sorri assentindo e levei ela até o portão.
Laura: O que foi que aconteceu? - falei sentando do lado dela.
Cristine: Minha pressão subiu, você sabe, o mesmo de sempre, já tô melhor.
Laura: Subiu por que? Tá tomando o remédio direito? Se alimentando bem?
Cristine: Seu pai não quer ajudar, uma labuta pra da comida, colocar ele na cadeira de rodas.. meu remédio acabou, não tive como ir comprar.. não tô tomando café, passo da hora de almoçar, maior luta filha.
Laura: Paz na minha vida não tenho né, pelo amor de Deus. Descansa aí que eu vou fazer alguma coisa para a senhora comer. - fui pra cozinha, olhei o armário e a geladeira não tinha quase nada. - Tá fazendo mercado não? Armário vazio pô. - falei pra minha mãe.
Cristine: Não tive tempo de ir no mercado, Laura. Tenho tempo pra nada.
Laura: Custava nada me ligar e pedir pra mim ir, porra, tô aqui pra ajudar.
Cristine: Você saiu de casa, não tem nada haver que te incomodar pra fazer as coisas aqui. - revirei os olhos. - Ah, eu comentei com seu pai sobre você voltar pra cá...
Laura: Eu não vou voltar, vou logo da o papo. Não quero ficar discutindo todo dia por coisa desnecessária, então é melhor eu ficar onde eu estou.
Buzinaram na frente de casa, fui olhar era o Iago, tinha esquecido totalmente que tinha falado pra ele me buscar.
Laura: Desculpa amor, tinha esquecido de te avisar..
Iago: Suave pô, cheguei lá na casa da tia, ela avisou que tu tava aqui. E como tá tua mãe?
Laura: Ta melhor.. faz um favor pra mim? - ele balançou a cabeça que sim. - manda um soldado teu no mercado e na farmácia pra mim?
Iago: Já é pô, passa a lista do que é pra comprar que eu mando.
Laura: Manda passar aqui, que aí eu dou o dinheiro e a receita do remédio. - ele assentiu. - Quiser ir pode ir, eu vou falar com a Clara pra ver se ela pode ir pra loja hoje.
Iago: Eu vou guiar mermo, mais tarde eu broto pra gente trocar uma ideia.. a parada lá saí amanhã né não..
Laura: É... - me despedi dele e entrei. Minha mãe falou que tava no horário de da remédio ao meu pai, peguei o qual que era pra ele tomar, peguei água e fui levar pra ele.
Nem na minha cara ele olhou, muito tempo sem ver ele, e ver ele daquela forma mecheu comigo, não vou mentir, graças a Deus o acidente não foi grave, mas ele tava muito abatido e muito mais magro.
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Destino Traçado
Teen FictionNada acontece por acaso, em tudo Deus tem um propósito.