Destino Traçado

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O segurança do Iago chegou com as compras, ajudei ele a colocar na cozinha, ele me entregou o remédio da minha mãe também, falei pra ela ir tomar logo e tomar direitinho.

- Aí patroa. - o segurança me chamou no portão.

Laura: Laura, me chamo Laura. Esquece isso de patroa pelo amor de Deus.

- Desculpa aí. - riu sem graça. - Aqui pô, patrão tinha dado o dinheiro pra comprar as parada, nem precisou o que tu deu.

Laura: Iago inventa coisa né cara, eu nem vou me estressar com isso porque já até sei o que ele vai falar. - o segurança me entregou o dinheiro e saiu.

Cristine: Ele que comprou as coisas né? E o meu remédio? - falou atrás de mim e eu tomei um susto.

Laura: Que susto pô. Se a senhora escutou tudo direitinho, a senhora ouviu que eu dei o dinheiro, mas o Iago tinha dado ordem pro segurança comprar com o dinheiro dele. Não vou julgar o rapaz porque ele fez o que o chefe dele falou, depois me resolvo com o Iago. - entrei e ela veio atrás.

Fui agitar o almoço, fiz macarrão com um molho branco, gostoso, simples e rápido. Coloquei a comida do meu pai e mais uma vez ele nem olhou na minha cara, também só entreguei a ele e me saí, fui almoçar, conversei com a Ana Clara pelo whatsapp, mona perguntando como minha mãe tava, respondi que bem, conversamos sobre outras coisas, deixei o celular de lado e fui terminar de almoçar.

Descansei um pouco e fui limpar a casa, cheia de poeira, minha mãe tá vivendo em função do meu pai, e sabe de uma coisa, eu não vou falar nada não, ela sabe que tem que se cuidar, fica vacilando.

Comecei pelo meu antigo quarto, monte de coisa que eu nem lembrava que existia, umas roupas que nem da mais em mim, coloquei as roupas que não dava mais em mim dentro de um saco de lixo, terminei de limpar a casa era umas quatro horas.

Cristine: Você podia ter ido buscar meus netos pra ficar um pouco comigo né, nem parece que eu sou avó deles, você não deixa eu me aproximar deles. - eu olhei incrédula pra ela, papo reto, nunca imaginei escutar isso dela.

Laura: Não deixo a senhora se aproximar? De onde a senhora tirou isso? Até um mês atrás a senhora ia lá ver eles, pelo que eu sei quem se afastou foi a senhora, na festa deles a senhora nem foi...

Cristine: Eu me afastei porque você não faz questão nenhuma de me ter por perto, ainda fica se envolvendo com gente errada.

Laura: Não da pra conversar com a senhora mais, meu pai tá fazendo a cabeça da senhora né? Só pode, não é possível. Erro das pessoas é julgar antes de conhecer, não dá uma oportunidade pra conhecer o outro lado da pessoa.

Cristine: Não preciso conhecer, desculpa filha, mas eu quero distância. Se te faz bem ótimo, mas não quero proximidade, e você sabe que não era isso que eu queria pra você.

Laura: Não precisa se aproximar não.. - falei lembrando que o Ítalo é pode ser pai das crianças, eu ia falar mas achei melhor não, pelo menos agora. - Nem eu queria isso pra mim, mãe... A senhora tá melhor né? - olhei pra ela. 

Cristine: Tô melhor sim, obrigada por ter vindo, faltou o trabalho pra ficar comigo...

Laura: Que bom, tô indo, amanhã antes de ir trabalhar eu passo aqui, mais tarde eu ligo pra senhora...

Cristine: Não vai falar com seu pai?

Laura: Para de querer forçar a barra mãe, fui no quarto e ele nem olhou pra mim, não vou me humilhar sem necessidade nenhuma. - peguei minha bolsa, me despedi dela e guiei.

Cheguei em casa, tomei banho, vesti uma roupa leve, vó Lena tava sentada na frente de casa, sentei com ela, conversamos sobre o que aconteceu hoje, falei sobre meu pai, ela disse que ia dá uns esporro nele, falei que não precisava não, pra deixar pra lá, não tá né incomodando em nada, então não me preocupo com isso.

Mas papo reto mermo, hoje eu me surpreendi com a minha mãe, meu pai tá fazendo a mente dela legal, eu me segurei pra não falar umas coisas só pra ela não se abalar a pressão subir de novo, mas se não fosse isso eu ia esculachar mesmo, e não ia tá nem aí pra nada.

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