Destino Traçado

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Domingo foi uma maravilha, passamos o dia na piscina, churrasquinho de leve, teve jogo do flamengo, meu timão ganhou é claro, domingou da melhor forma, a noite fomos numa choperia, as crianças ficou com a minha sogra, ela pediu pra ficar, eu não ia negar, fui com o Iago levar eles no jaca.

Com a noite livre foi aquelas coisas, depois daquele sexo selvagem ficamos de love conversando, Iago com papo de futuro e eu indo juntinho na ideia dele, bofe imaginando a casa cheia de criança, Deus me livre, não quero mais ter filhos, e se for dos planos de Deus que ele me dê só mais um.

Começamos a conversar sobre as nossas tatuagens, no caso ele que perguntou se as minhas significa alguma coisa, bofe me deu liberdade de falar sobre a coisa errada, quando começo a falar das minhas tatoos não paro mais.

Laura: Minha primeira foi essa que foi o ano que minha mãe nasceu, eu fiz pra ela não brigar. - mostrei a do pulso. - O sifrão  e essa fiz com a Clara no mesmo lugar, essa do lado do peito fiz por fazer, tem a bandida que fiz porque gostei.

Iago: Maneirinha ela, bom que tu fez antes de nós tá junto, fosse depois não ia entender legal não. - Falou isso por conta da minha tatuagem ser bem perto da xota.

Laura: Tá bem.  - falei pra não render assunto. - Continuando, a medusa é que mais gosto e essas outras não tem significado nenhum, fiz porque gostei, quero fazer mais, uma pro Gabriel e pra Lorena, ainda não sei qual..  E as suas? Significa alguma coisa?

Iago:  A frase aqui no pescoço, acho maneiro o significado dela,   data que a coroa nasceu aqui no peito, as outras não tem nada não.

Laura: Faltou dinheiro pra fechar o outro braço foi? - brinquei e ele riu.

Iago: Brinca mais que a brincadeira tu, papo reto. Tu também só tem um braço fechado vacilona. - deu dois tapinha no meu rosto.

A gente ficou em silêncio por maior tempão. Sabe quando você olha pra uma pessoa e pensa que vai doer se perder ela, pois é, se algum dia eu perder ele vai doer, gosto nem de pensar essas coisas se não daqui a pouco eu já tô chorando por coisa que nem aconteceu.

Acabei pegando no sono, acordei com meu celular tocando, já era de manhã, Iago não tava mais na cama. Atendi na força do ódio, era minha mãe perguntando se eu podia ir na consulta com ela, ia mostrar o exame e queria que eu fosse, disse que podia ir sim, perguntei o horário e falei que passava lá pra ir com ela.

Coloquei meu celular pra carregar e fui escovar os dentes, arrumei a cama e desci, Iago não tava em casa, subi pra pegar meu celular, mandei mensagem pra ele perguntando onde tava, respondeu que tava na boca resolvendo umas coisas.

Juro por Deus que as vezes esqueço o que ele, as vezes ele me abraça e tomo susto com o volume na cintura dele, pior é quando esqueço que fica segurança aqui e me assusto com eles andando na laje ou na varanda que tem na frente de casa.

Uns quarenta minutos depois ele chegou com umas sacolas, era misto e suco, nem gostei né, amassei legal. Falei com ele que tinha que pegar as crianças e eu tinha que ir com minha mãe no hospital, ele disse que ia falar com a mãe dele pra ficar, disse que não precisava, mas mesmo assim ele ligou, minha sogra disse que ficava com muito prazer.

Iago ainda ia mandar um segurança dele levar eu e minha mãe na clínica, eu admiro muito o Iago, mesmo sabendo que minha mãe não gosta muito dele, ele faz questão de ajudar e não espera nada em troca.

Na hora do almoço fomos almoçar fora, de lá fomos pra casa da mãe dele, fiquei um pouco com meus filhos, Iago mandou chamar o segurança dele me levar em casa, me arrumei e fui pra casa da minha mãe, ela ficou com receio de entrar no carro, falei que não ia obrigar ninguém a entrar, não dei atenção e rapidinho ela entrou.

Chegamos na clínica, ela foi a quarta a ser atendida, o médico olhou os exames e deu o resultado que nenhuma de nós esperava, minha mãe tava com insuficiência cardíaca, ele explicou as coisas lá, passou os medicamentos que ela tem que tomar diariamente.

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