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Isabelly

Nunca imaginei que ia passar por isso, mas o que eu não faço pela minha família, saí da casa que estava com a Lau, e fui correndo pegar o dinheiro em casa, sorte que o Ítalo todo mês me dá um dinheiro pra guardar, se não fosse isso eu não saberia de onde tirar cinquenta mil reais em meia hora.

Quando fui entregar o dinheiro o policial me chamou de tanta coisa que não gosto nem de lembrar, pior de tudo foi ouvir calada, mas a vontade era de eu mesma descarregar o fuzil na cara dele..

Mas no fim deu tudo certo, liberaram o Ítalo que tava todo machucado, aí vai eu cuidar dele, porque se não for eu e a minha mãe cuidar dele ninguém mais vai, mas eu tô cobrando, vou fazer nada de graça.

Cheguei na casa dele pra levar comida e tava o filho da puta cheirando pó, neguei com a cabeça e fui colocar a vasilha na cozinha, voltei tava ele abrindo outro pino.

Isabelly: Para de estragar mais a tua vida caralho. - peguei o pino na mão dele. - Cadê os outros? Tu não vai usar isso mais não.

Fui jogar o pino na descarga, voltei e ele tava acendendo um cigarro de maconha, da raiva e da vontade de deixar ele se fuder? Da! Mas é o meu irmão, meu sangue, eu jamais vou deixar um deles acabar com a vida deles dessa forma.

Isabelly: Tu quer se matar tu pega a arma e da um tiro que é mais rápido, enchendo o cu de droga não! - fui pegar o baseado na mão dele e ele me empurrou e eu caí com tudo no chão.

Eu respirei fundo umas trezentas vezes pra eu mesma não matar ele, levantei cheia de ódio.

Isabelly: Você não percebeu que todos viraram as costas pra você? até aqueles que você abraçava e chamava de amigo ta nem aí pra tu, mas EU sou a ÚNICA que tô aqui, tentando te salvar, a única que não virou as costas e você me trata assim.

Ítalo: Tá aqui porque quer, eu não chamei..

Isabelly: Mas quando tava nas mãos dos policiais foi o meu número que você lembrou né?!... A comida tá aí, come se quiser, pode encher o cu de cocaína a vontade, quando tu morrer de overdose eu não vou mover um dedo pra preparar teu funeral, vai ser enterrado onde desovam os corpos dos cracudo.

Praticamente cuspi as palavras, saí da casa dele cheia de ódio, cheguei em casa e fui pro meu quarto, chorei por meu irmão tá se afundando nas drogas, sei que a cada dia que passa tá mais difícil de tirar ele dessa..

Ouvi a voz do Iago lá em baixo, enxuguei as lágrimas e desci.

Silvânia: Eu nem ouvi você chegar filha...

Isabelly: Iago por favor, se tu quer ver a tua família bem vai lá na casa do Italo e pede pra ele parar de usar droga, cheguei lá ele tava cheirando coca, a casa parece que é uma endola, cheio de maconha terrível, parece que tem dias que ele não toma um banho.. - falei quase chorando. - Por favor vai lá, eu sei que lá no fundo tu ainda quer ver teu irmão bem..

Iago: Isabelly... - coçou a cabeça.

Silvânia: Por favor vai lá filho, quem sabe ele te escuta...

Iago: Mais tarde eu broto lá.

Isabelly: Por favor Iago, vai mesmo, eu sei que o Ítalo foi um filho da puta com você e com a Lau, mas se a gente não ajudar ele ninguém vai...

Iago não falou nada, apenas escutava tudo que eu falava calado, ítalo vacilou pra caralho com os dois, mas o Iago jamais ia deixar o Ítalo se acabar dessa forma, independente de qualquer coisa o Iago sempre presa a família e sem dúvidas ele vai ajudar ele.

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