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Tudo o que eu queria hoje era a minha cama, mas minha realidade é outra, tenho que trabalhar. Pra benção de Deus, eu já estou me sentindo bem melhor, só a preguicinha de sempre, mas como hoje tá chovendo é impossível a pessoa não ficar indisposta.

Passei a manhã toda reajustando vestido, fazendo bainha, reformando vestido que alugaram e estragaram com a roupa, não sei o que se passa nas cabeça das pessoas pra estragar uma coisa que não é delas, o pior é que não querem pagar a taxa, assinam o contrato de aluguel sabendo que tem que pagar se estragar aí na hora se fazem de idiota.

Simone: Não sei o que seria de mim sem você aqui no ateliê Laura. - disse entrando na sala de costura. - De todas as costureiras que trabalhei você foi a mais eficiente, e dedicada.

Laura: Quando trabalhamos com o que gostamos tudo saí perfeito. E eu que agradeço a senhora dona Simone, confiou em mim e no meu trabalho sem nem conhecer direito, obrigada pela oportunidade.

Simone: No fundo eu sabia do seu talento, eu só acreditei em você.

Fico toda boba quando elogiam meu trabalho, mas eu seu que eu esculacho mesmo, haha. Dona Simone me chamou pra ir almoçar com ela, fomos pra um bar que serve almoço, só de entrar no local e sentir o cheiro da comida me deu enjôo, sentei e pedi uma água, tomei meu remédio pra enjôo, horrível isso.

Pedi uma coisa leve, arroz,  frango e salada, pedi um suco de laranja também. Papeamos enquanto comiamos, na hora de pagar a conta ela fez questão de pagar, nem debati com ela.

Voltamos pro ateliê, a garota da recepção com maior carão, com certeza é inveja de eu ter ido almoçar com a dona Simone, dou nem confiança pra ela, euem.

Iago me ligando pra saber se eu já tinha almoçado, falei que sim, me enchendo de perguntas sobre se eu estava sentindo alguma coisa, falei que não, ja que eu estou bem, ele pediu foto minha, dizendo ele que quando eu tô sentindo alguma coisa meu rosto muda.

Desliguei a chamada, tirei foto e mandei pra ele, só assim pra ele acreditar em mim. Confessar que eu acho muito fofo esse lado protetor do Iago, não só comigo, mas com toda família, quem vê acha que é todo marrento, mas pra ele perder a postura é só eu sorrir como ele mesmo fala.

Pedi pra sair mais cedo do trabalho, minhas costas estavam me matando, não aguentava mais ficar sentada, dona Simone super me entendeu e me liberou, ainda não falei que estou grávida a ela, até agora só as da família sabe, nem minha mãe sabe, nem vi ela ainda na verdade.

Eu não tinha condições nenhuma de ir dirigindo pra casa, liguei pro segurança e ela saiu de nárnia, não é possível que esse homem se esconde tão bem, não consigo ver ele em canto nenhum, até parece que não tem ninguém atrás de mim.

Cheguei em casa exausta, tomei um banho quente, tomei um chá e me deitei, Iago veio deitar comigo, todo preocupado, queria que eu fosse pro hospital.

Laura: É normal eu me sentir mal na gravidez, não precisa eu ir pro hospital, Jajá passa... Cadê as crianças?

Iago: Melhor previnir pô, coé, sentir qualquer coisa a mais é pra falar. Tão lá em baixo brincando.

No fundo eu sei que o Iago tem medo de eu não conseguir gerar a criança, ele tenta se manter tranquilo por mim, não quer demonstrar a insegurança dele. E eu super entendo ele, também tenho receio, só vou me sentir em paz quando eu tiver com o meu filho nos braços.

Laura: Vai ver o que o Biel e a Lore tá fazendo, tá muito silêncio, vai ver tão aprontando.. e pede lanche também, vou fazer janta não.

Sem falar nada ele levantou da cama e saiu do quarto, voltou pouco tempo depois com a Lorena no colo, colocou do meu lado, tava dormindo, também acordou cedo não sei pra quê.

Aos poucos a dor foi aliviando, levantei pra comer alguma coisa, não quis o hambúrguer que o Iago comprou, minha boca tava salivando só de ver, mas meu estômago tava embrulhando só de sentir o cheiro.

Fiz um misto, consegui comer de boa, bebi iogurte. Voltei pro quarto e me deitei, começou a chover, barulhinho bom desses peguei no sono.

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