Acordei cedinho, na real nem consegui dormir direito, passei quase a madrugada toda em claro, virava pra um lado e pro outro da cama e nada do sono chegar, vários pensamentos na mente, fiquei até umas cinco da manhã assistindo Netflix, depois peguei no sono e acordei seis e meia.
Tava sem nada pra fazer mesmo fui procurar emprego, olhei os insta de umas lojas pra ver se precisava de alguém, salão, olhei até nas páginas de fofoca daqui da Maria da Graça, jaca e manguinhos pra ver se tinha nas marcações e nada, eu preciso trabalhar, posso ficar parada não.
Fui tomar banho pra ir para o hospital ver meus babys, saí do banho vesti uma calça jeans e uma blusa de manga, passei uma base e um pó banana no rosto pra esconder as olheira, passei um gloss e tava pronta, peguei minha bolsa e sai do quarto.
Laura: Bom dia vó. - falei com ela que tava na sala assistindo tv.
Lena: Bom dia filha, já vai? Toma café pelo menos, não sair de estômago vazio.
Laura: Tô só esperando minha mãe chegar pra gente ir. Vou comer muito não, tô com um pouco de ansiedade, capaz de eu vomitar.
Eu sou assim, quando eu tô muito ansiosa eu jogo tudo que comi pra fora. Fui café, enquanto eu tomava minha mãe chegou, escovei os dentes e guiei com ela, fomos andando até a estação de metrô.
Chegamos no hospital, minha mãe assinou o termo de responsabilidade, procurei o médico que tá cuidando do Gabriel e da Lourena pra ver como eles estão evoluindo.
- Então, o Gabriel está se desenvolvendo bem na encubadora, está ganhando peso, se ela continuar assim, em pouco mais de dois meses ele pode ter alta. Já a Lorena não apresenta reação nenhuma, não ganhou e nem perdeu peso desde o nascimento, e notamos também que ela tem um pouco de dificuldade para respirar, iniciamos o tratamento pra prevenir que avance para um quadro mais grave.
O médico falou tudo isso e me deu um aperto no coração, nunca me imaginei passando por esse momento, isso da uma angústia por eu não poder fazer nada para que os meus filhos saiam dessa.
Assenti, fui ver os meus filhos, antes vesti uma roupa especial pra entrar na UTI, minha vida todinha eles, o tempo de visita acabou e eu saí da sala com o coração na mão, não vejo o dia que eu vou sair desse hospital com os meus filhos nos braços.
Cheguei em casa, Ana Clara já tinha chegado também, minha mãe foi direto pra casa dela. Fui tomar banho pra tirar a sujeira da rua, vesti um shortinho de pano mole e um blusão, sentei no sofá, fiquei conversando com a Ana Clara, mana me falando que o cunhado dela ia abrir um loja de ouros e ela tinha falado com ele pra mim trabalhar lá com ele.
Ana Clara: Quando ele me falou que ia precisar de alguém pra trabalhar com ele pensei logo em tu filha, dei o papo a ele que tu faz os corre certo e que pode confiar em tu de olhos fechados.
Laura: Obrigada amiga, sério mesmo. Nossa, sei nem o que falar, mas aí como vai funcionar isso?
Ana Clara: O ponto da loja tá reformando, os ouros já tá fechado, acho que em três ou quatro semanas já começa a funcionar.
Agradeci a ela mais uma vez, Deus abençoe que eu consiga trabalhar lá. Ana Clara me falou que ia falar com ele essa semana ainda pra mim trocar uma ideia com ele, tipo uma entrevista.
Fui almoçar, a vó Lena tinha feito bife acebolado, namoral, eu adoro essa comida, amassei, deu aquela preguicinha pós almoço, fui dormir, acordei de oito da noite, acordei toda atordoada, cochilo bom é esse.
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Destino Traçado
Ficção AdolescenteNada acontece por acaso, em tudo Deus tem um propósito.