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Laura ✿

Dia de sábado é maior correria aqui na loja, não fico quieta um minuto, sempre tô atendendo algum cliente, e não é só um de vez não, é dois, três cliente de vez, melhor que ganho porcentagem por venda.

Rotina é cansativa mas vale a pena, só de saber que eu vou comprar as coisas das minhas vidinhas com o meu próprio dinheiro sinto uma alegria enorme, não tem satisfação maior.

A loja não é grande, mas tem um espaço bom, aqui também faz venda pela internet, o cliente faz o pedido e retira na loja, trabalha eu e mais duas meninas, duas vende e uma fica no caixa.

Simpatizei muito com as meninas que trabalha aqui, a outra menina que vende é novinha também, tem um bebê de seis meses ela.

Três horas tive vinte minutinhos de descanso, fui numa lanchonete e comprei um lanche com suco de manga, suco tava uma delicinha, ajudou a refrescar um pouco, aqui no Rio faz um calor do cão.

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Ana Clara: China tá esperando a gente na entrada da rua. - diz olhando para o celular.

Cheguei em casa tava Ana Clara me esperando pra ir pro jaca, tava muito afim de ir não, mas a Ana me abusou tanto que resolvi ir com ela.

Laura: Tô pronta. - retoco o batom e guardo na bolsa. - Quero voltar cedo em Ana, antes das uma da manhã eu quero tá em casa. - saímos do quarto.

Ana Clara: Tá, Lau... Falo com o China, te deixamos em casa e depois nós guia pra outro lugar.

Laura: Benção mãe... - Pedi ao passar pela sala. - O pai ainda não veio pra janta? - perguntei pois já era nove da noite e ele sempre vem jantar umas oito.

Cristine: Deus te abençoe, filha... Ele ligou avisando que vai levar direto, umas onze horas ele chega.

Meu pai trabalha de taxista lá pela Barra, Recreio e Jacarepaguá..

Laura: Aah, a senhora vai ficar bem sozinha?

Cristine: Pode ir sosegada, Lau... - sorriu.

Laura: Então tá, qualquer coisa liga, boa noite.

Ana Clara: Benção tia...  - diz indo pra porta.

Cristine: Boa noite, benção Ana, juízo as duas.

Ana Clara: Pode deixar, tia... Juízo nós tem de sobra. - minha mãe negou com a cabeça.

Saímos de casa e avistamos o carro do China na entrada da rua, guiamos pra lá, Ana bateu de leve na janela do carro e o China destravou.

Ana Clara: Oii. - deu um selinho nele.

Eu diria que os dois se gostam, mas nenhum dos dois demonstra aí ficam nesse rolo que ninguém entende, o ruim é que a Ana é a única que sofre.

Mas como linda não é de demonstrar sentimentos, ela finge que não gosta dele.

China: Iai minha neguinha. passa a visão Laura, como tá a cria? - China deu partida no carro.

Laura: iai, meus bebês estão bem. - dou um sorriso, alisando minha barriga.

Ana Clara: São gêmeos, um menino e uma menina. Eu te falei. - Olhou pra ele.

China: iii, foi mermo... Várias parada na mente, esqueci pô... Cês tão ligada que eu que vou ser padrinho dos menó né?!

Laura: Mas gente, todo oferecido ele...

China: Parada é deixar eu ser o padrinho ou Ana Clara me dá uma cria...

Laura: Ana Clara te dá um filho. - ri e a Ana fechou a cara.

Ana Clara: O cu de vocês, nessa xota aqui. - apontou pra xota dela. - sai criança nenhuma.

Laura: Hunhun. - gargalhei.

Chegamos no morro China abaixou os vidros, desligou o farol, ele subiu mais o morro e parou numa churrascaria, descemos do carro e entramos no local.


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