Kei observava entre espasmos os fogos de artifício do apartamento enquanto Dabi lhe enfiava mais e mais.
Estavam no bar fazendo a contagem e quando o relógio deu meia-noite, Dabi agitou a garrafa de espumante barato e o estouro das folhas reverberou pelo lugar. Kei sorriu, sorriu e sorriu. A espuma branca disparou em uma coluna, Kei abriu a boca se inclinando para ela, Dabi gargalhava, o rosto de molhou junto com o cabelo como se a própria alegria ébria o protegesse de se encharcar ou tanto importasse. Todos estavam assim.
Kei pegou a garrafa da mão de Dabi, se inclinou para ele e o beijou de boca aberta, a espuma borbulhando entre sobre suas línguas. Dabi lambeu seu rosto enquanto Kei bebia mais direto da garrafa transbordando espuma do gargalo e brilhando gelada entre os anéis de seus dedos.
Deus, era como se usasse heroína. Eufórico pelo Ano Novo. Estar com Dabi era como ter cheirado uma carreira, podia sentir a intensidade na ponta da língua.
Dabi tomou a garrafa de volta e bebeu o restante direto da boca, enquanto ainda agarrado a Kei. Seus olhos turquesas não desvinculavam dos de Kei, uma chama azul tóxica refletindo sobre seu dourado. Kei o beijou ali mesmo. Poderia amar Dabi se quisesse de verdade e sabia que ele poderia fazer o mesmo também, apesar de toda a loucura latente. Mas nenhum dos dois queria isso. Estar com Dabi era como estar no pico de uma montanha de heroína, era estar completamente chapado. Sentia a intensidade na ponta da língua. Melhor não se apegar, tudo que resta no final é o vazio. A sensação de completa imponência. O efeito revés bateria forte e não deixaria nada além do amargor no palato.
Mas hoje era Ano Novo.
Kei trouxe Dabi para o apartamento pela primeira vez, devia estar muito bêbado. Se agarravam no elevador, ninguém estava por lá de qualquer forma, todos comemorando com suas famílias.
Dabi segurava a terceira garrafa de espumante revezava entre beijar Kei, tomar goles e dar goles para Kei seja da garrafa ou da própria boca.
Entraram no apartamento aos tropeços de tão agarrados que estavam, Dabi derramou a bebida sobre Kei e toda cama ficou lambuzada. Dabi lambeu cada gota que ficou sobre a pele do loiro. Agora o espumante já tinha acabado e eles viam o que restava dos fogos enquanto fodiam.
Estar com Dabi era como usar drogas, a sensação de vazio logo se aproximava.
— Já fez o seu pedido de ano novo? — Dabi puxou o rosto de Kei que estava de quatro para o rapaz.
Kei abriu a boca para o beijo e assim que o terminou fez seu pedido olhando para as luzes faiscantes lá fora. O mesmo pedido de sempre: servir ao seu rei.
Esse foi curtinho, pessoal! E sim, o especial de Ano Novo vem antes do de natal, e, sim, esse capítulo foi antes de Kei e Enji se encontrarem.
Feliz Ano Novo, galera!
Logo, logo tem mais. Se preparem.
Bjinhus!
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O Rei E O Passarinho
FanfictionUma fanfic para sedentas (os) sem cronologia. Enji nunca foi um bom pai ou bom marido, a vida para ele sempre foi chegar ao topo do mundo profissional, apesar de que todos os seus esforços só o levaram ao 2º lugar, frustrado tentou passar a ambição...