Abram as cortinas

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Enji apagou num instante, Kei ficou parado sobre o seu largo peito ouvindo a respiração pesada por vários minutos fingindo que também dormia. Levantou devagar e testou para ver se o homem realmente estava desacordado, agora era hora.

Ficou de pé, sentiu o líquido branco escorrer por entre suas coxas, se demorasse mais um pouco logo teria dor de barriga, no entanto, isso podia esperar. Pegou o celular que tinha escondido na cômoda para emergência e começou a tirar fotos de Enji deitado nu entre os lençóis da sua cama, *devia ter filmado*, pensou, mas tudo foi tão repentino que não deu tempo. Enviou todas as dezenas de fotos para a nuvem e as apagou do seu celular, foi ao banheiro se lavar e voltou a deitar para dormir sobre Enji.

Quanto tempo esse homem dormia? Kei acordou primeiro com os raios de sol entrando pelas janelas do apartamento. A respiração de Enji ressoava aos seus ouvidos assim como as batidas do forte coração, Kei ficou extasiado, um sonho pueril realizado e ele o continuaria.

As batidas do coração aceleraram, Enji acordou e Kei fechou os olhos fingindo dormir. Pelo modo como ele se movimentava na cama era o momento da confusão, depois o choque e agora a realização. Enji se sentou assustado. A hora é agora.

— Bom dia. — Kei bocejou esticando os braços para cima e atrás das costas.

O Rei E O PassarinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora