Planos de folga

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— Venha aqui. — Enji puxou Kei para um lugar discreto, o único que encontraram em toda a área do templo.

Kei lhe olhava com o rosto corado de frio e a respiração virando névoa branca no ar. Enji fitou-o por mais alguns segundos até Kei ficar confuso, então o envolveu com os braços e lhe apertou contra seu peito. Beijou-o escondido. O beijo tinha gosto de mikan caramelizada.

As bocas trocando calor enquanto suas mãos descansavam sobre o peito de Enji que lhe segurava pela nuca. A respiração descongelava nos lábios de Enji. As mãos de Kei subiram para os ombros do outro até a nuca ficando nas pontas dos pés para alcançá-lo. Enji inclinou-se para ele, o braço envolta da cintura de Kei apertando-o mais contra o corpo robusto. Minutos passaram para finalmente afastarem as bocas, Kei esfregou o nariz no seu e disse arfante:

— Vamos voltar para o apartamento?

Enji meneou concordando.

Eles conseguiram se controlar todo o caminho, Kei agia bem indiferente no táxi de volta enquanto Enji segurava os joelhos com firmeza encarando o banco do passageiro, porém quando entraram no apartamento ambos pularam um sobre o outro ao mesmo tempo. Kei lhe devorava, puxavam as roupas em tentativas de arrancá-las sem ter que desgrudarem as bocas. A cabeça de Enji girava em uma espiral de suavidade, queria absorver cada pedacinho de Kei.

Tropeçando pelos móveis e deixando uma trilha de roupas pelo chão chegaram ao quarto e consequentemente à cama. Enji estava sobre Kei, deitado de bruços em cima de travesseiros para elevar os quadris, a pele dele ainda cheirava a incenso, a dos dois na verdade.

Enji depositou um beijo entre as omoplatas dele enquanto se colocava dentro dele, Kei sorriu contra os travesseiros ao sentir os lábios do homem e o sorriso se transformou em um gemido assim que o pau começou a entrar. Os movimentos eram lentos e contidos de início, não haviam chego nem na metade da manhã ainda e era a segunda vez que transavam depois de terem transado uma noite toda. Adolescentes eram assim? Enji não se lembrava de ser tão sedento, mas na verdade, não se lembrava de ser assim antes de Kei. O que esse garoto fez com ele?

Não suportava a ideia de vê-lo com mais ninguém, pensava nele boa parte do tempo e toda vez que tentava se masturbar sozinho era o rosto dele que vinha em mente pedindo com lágrimas nos olhos mais…

Meu rei… — Kei mordia o travesseiro e suas mãos apertavam o colchão enquanto inclinava mais os quadris.

Enji acelerou as arremetidas e o barulho das suas bolas batendo contra a bunda Kei era audível. O loiro esfregava o próprio pau nos travesseiros em êxtase, Enji pressionou mais os quadris dele para baixo e enfiou o rosto nos cabelos dele ao gozar para inspirar o perfume do shampoo misturado com incenso. Enji não tirou o pau mesmo tendo gozado, pôs as mãos sobre as de Kei no colchão enlaçando os dedos.

— Cansado, meu rei? — Kei perguntou ainda se recuperando do próprio orgasmo.

O cansaço atingiu Enji fazendo seus olhos pesarem e sua cabeça tombar sobre as mechas loiras.

Quando acordou ainda estava sobre Kei que mexia no celular distraído.

— Que horas são? — perguntou confuso levantando o peito das costas de Kei.

— Quase hora do almoço. — ele deixou o celular de lado. Virou-se de peito para cima.

— Por que você não saiu de baixo de mim?

— Não quis te acordar. — Kei sorriu. — Você parecia bem cansado, vovô.

Enji pensou em mostrar para ele quem era o vovô, mas estava cansado mesmo. Cansado do tipo nem querer se levantar da cama.

O Rei E O PassarinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora