Sala

190 36 4
                                    

Kei não conhecia limites, Enji pensou. Como ousava o provocar na frente de todas aquelas pessoas?! E agora o encurralou na sala de reuniões no fim do dia.

— Como entrou aqui?

— Eu disse que esqueci meu celular. — Kei tirou o celular do bolso apenas para mostrar para Enji.

O loiro caminhou com um sorriso de rapina no rosto até o homem mais velho.

— Surpreso em me ver, meu rei?

— Não faça gracinhas. — avisou.

Kei se apoiou na mesa e fez uma cara inocente:

— Mas, Senhor Todoroki, o senhor disse que se eu quisesse ser contratado pela empresa eu teria que me esforçar bastante… eu faria *qualquer coisa* para ser contratado.

— Seus fetiches são bem específicos. — Enji revisava os papéis da última reunião.

Kei sorriu descontraído a pose deixando de ser provocante:

— Como isso pode ser específico? É uma fantasia bem comum transar num escritório. Numa sala de reuniões. — Kei deu um tapinha na mesa de mogno. — Qual é, meu rei, só você para não pensar nessas coisas.

— Este é local de trabalho. — Enji folheou a pasta para checar outros dados.

— Meu sofá é local de sentar e você me comeu nele. E meu balcão é local de comer e você… ah, não, espera, esse sim você utilizou corretamente. — Kei riu.

— Pare de falar bobagens.

— Senhor Todoroki — Kei pôs as mãos nos bolsos — , você não me engana, eu sei que essa sala tem revestimento acústico.

— E câmeras.

— Sim, e câmeras. — Kei concordou. — Mas tenho certeza que elas não gravam áudio.

Enji foi encarar Kei, tomou um susto com a proximidade do outro, o garoto com expressão travessa explicou:

— Se gravassem, você não teria dito que meus fetiches são bem específicos.

Kei logo em seguida se afastou e como quem não quer nada perguntou:

— Mas na sua sala não tem nenhuma, não é?

— Nós não faremos nada desse tipo no meu prédio. — Enji declarou.

Capítulo surpresa!
O que acharam? Deixem seus comentários, críticas, teorias e elogios!
Bjinhus!

O Rei E O PassarinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora