– Sra. Andrade, não.
Consegui falar, sem acreditar no que estava dizendo, ela sorriu abertamente deixando que a língua umedecesse seus lábios, outra parte do meu corpo ficou totalmente úmida.
Santo Deus! Eu não conseguiria resistir.
Ela deixou que sua boca chegasse bem perto a minha, a expectativa pareceu diminuir o ritmo do tempo, fazendo com que todas as suas ações fossem registradas em câmera lenta por meu cérebro, mas ela desviou quando pensei que iria experimentá-los. A ponta do seu nariz percorreu da minha bochecha até a orelha, eu podia sentir seus lábios bem perto de minha pele, minha respiração estava descontrolada e meu coração ameaçava explodir.
– Juliette! – sussurrou em meu ouvido. – Você já sentiu vontade de tocar em algo que sabe ser proibido? Já teve o desejo irresistível de experimentar alguma coisa que sabe não ser socialmente ou eticamente correto? Tão proibido e ao mesmo tempo tão desejável que poderia destruí-la? – voltou a me olhar nos olhos aguardando por uma resposta.
O que eu deveria responder?
– Sim – estava hipnotizada pelos seus olhos verdes. Como fui capaz de dizer uma coisa daquela? Ela deixou um risinho escapar por entre os lábios.
– Então... Juliette – minha pele ficou arrepiada com o pouco mais da proximidade do seu corpo ao meu, dos seus lábios tão próximos. – É melhor você ir embora – parei chocada. – Ou então, eu serei tentada a aceitar a sua ajuda, mas do meu jeito.
Um dos seus braços saiu do meu lado dando passagem, sem conseguir raciocinar direito, caminhei até o elevador. Não tive coragem de olhar para trás, era tentador demais, eu nunca tinha me visto de uma forma tão promíscua, luxuriosa, como me via naquele momento.
Sexo para mim era uma necessidade, contudo sem muitos recheios ou alegorias. Era sexo e pronto. Dependia mais de mim do que de qualquer outra pessoa.
Mas vendo a Sra. Andrade me olhar da forma como fazia, facilmente conseguia me enxergar em diversas situações. Eu desejava estas situações. Entrei no elevador agradecendo a Deus pelo fato da minha excitação não ser ácida o suficiente para dissolver a minha calcinha. Se assim fosse, ela não existiria mais.
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Sempre foi você
FanfictionInspirado em uma historia cophine de 2017 Apenas para entretenimento dos leitores. Espero que gostem, sou apenas uma fã e não uma escritora.