Era sábado e não tinha nada planejado, já que o plano de dormir com Bill tinha ido por água abaixo. Minha vida havia virado um inferno desde que comecei a trabalhar naquela empresa, nunca poderia imaginar o que me aguardava quando acreditei que aquela oportunidade mudaria toda minha perspectiva profissional, não conseguia entender. O que ela queria comigo? Por que aquela obsessão? Eu tinha muitas dúvidas e nenhuma resposta, era difícil consegui-las quando ela só aparecia para me levar ao limite.
Sarah era uma incógnita.
Separei minhas roupas da semana para levá-las à lavanderia, arrumei a casa, coloquei o lixo para fora e estava me preparando para começar a cozinhar quando meu telefone tocou. Fiquei muito tentada a ignorá-lo, se fosse Bill eu não poderia continuar mentindo, não queria estragar tudo, mas era impossível conseguir agir normalmente depois de tudo que vivi na boate. Se fosse Sarah, e esta opção mexia comigo, eu não poderia atender, mesmo depois do que fizemos, e de tudo que ela disse, não poderia continuar agindo como se não existisse uma imensa barreira entre nós duas, talvez fosse melhor pedir demissão, a insistência do toque me obrigou a atender.
– Ju, oi! – Carla me cumprimentou empolgada como sempre.
– Oi, Carla! – era natural ficar animada ouvindo a sua voz. – Tudo resolvido entre você e o Rodolffo?
– Sim e é exatamente por isso que estou ligando. – disse sorridente - Devo-lhe desculpas por ter estragado a sua noite.
– Não estragou nada – revirei os olhos, ela nem podia imaginar quem tinha feito aquele papel.
– Mas você foi embora, encontrei com Bill e ele falou que você tinha desaparecido.
– Ah! Tive dor de cabeça, o som estava me deixando cada vez pior e juntando com a bebida acabei colocando tudo para fora no banheiro, por isso fui embora – contei para ela a minha versão mentirosa, a mesma que Bill teve que engolir. – Fico feliz por você e o Rodolffo - desviei o assunto.
– Eu também, ele é durão e as vezes acredita que é o dono da situação – deu uma risadinha. – Coitado! Não sei o que seria dele sem mim – rimos juntas. – Então... Estou ligando para convidá-la para almoçar aqui em casa – almoçar? Na cada dos Andrade? Nem morta!
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Sempre foi você
FanfictionInspirado em uma historia cophine de 2017 Apenas para entretenimento dos leitores. Espero que gostem, sou apenas uma fã e não uma escritora.