Cap 137

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Vocês piscaram e eu voltei!!! Muitas emoções nesse final! Bora?! Apertem os cintos!!!


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POV Sarah

Era a minha deixa, fingi entrar em meu quarto quando ouvi o grito estrondoso, mais uma vez deu certo. Bill liberou a voz da pequena Rebecca, mas desta vez o som saiu do seu pingente falso, o que nós substituímos quando levamos o que continha as provas contra mim. Foi o suficiente para despertá-la já no inferno, voltei correndo como se o grito realmente tivesse me alarmado, ainda seguindo o plano vi a governanta e mais dois empregados subindo as escadas, não perdi tempo.

– Ligue agora para a Dra. psiquiatra, o telefone está na agenda, diga que Pocah está tendo uma crise e peça para que venha imediatamente.

A Sra. Alonso concordou, como não podia deixar de ser, e voltou pelas escadas, os outros dois empregados continuaram me observando.

– Eu cuido dela, apenas fiquem atentos a chegada da Dra.

Abri a porta do quarto para lhe dar socorro, ela estava encolhida na cama, os olhos imensos perdidos, olhando para todos os lados, o rosto em uma careta de pavor que dava pena. Quando me viu, suavizou, como se eu fosse o seu porto seguro, fiquei bastante insegura a respeito do que estava fazendo.

– Sarah! - Choramingou. – Você ouviu?

– O seu grito? Ouvi, o que houve? – Tentei manter a calma.

– A voz da menina, era ela outra vez, você não ouviu? – Ela falava e olhava para os lados com medo do que poderia acontecer.

– Não, Pocah, eu não ouvi! – Mantive-me de pé observando tudo o que ela fazia.

Tenho que admitir que não estava totalmente de acordo com o plano de enlouquecê-la, Pocah era uma criminosa e poderíamos facilmente colocá-la atrás das grades, mas enlouquecê-la era algo que me incomodava, apesar de tudo. Eu estava certa de que a queria longe de mim, que minha vida só seria plena ao lado de Juliette com ela bem distante, que fazer Pocah pagar pelos seus crimes era o mais justo a ser feito, no entanto, não estava perfeitamente bem com os métodos utilizados, era complicado.

– É mentira sua! – Ela gritou atirando um travesseiro em minha direção. – Você me drogou ontem, armou toda esta farsa para me enlouquecer – seus olhos raivosos descarregavam em mim o quanto estava instável, era disso que precisávamos para que a psiquiatra acreditasse em nossa conversa, forcei um sorriso cínico.

– Sabe que data é hoje? – Ela parou me observando.

– Claro que sei que dia é hoje. E daí?

– Acabou!

Pocah demorou um tempo para absorver o que eu dizia, porém o fraquejar pelas minhas palavras foi deixado de lado devido a sua segurança de que tudo estava muito bem resolvido. Lamentei o fato dela ter alcançado Caio antes que pudéssemos salvá-lo.

– O documento não tem mais valor legal!

A forma como ela falou e a postura que adotou, tirou daquela mulher toda a fragilidade de antes, Pocah não tinha medo de me enfrentar, sabia até onde poderia ir e a forma correta de agir. Era uma grande jogadora, por alguns segundos tive medo de que, por algum motivo, ela tivesse conseguido reverter a nossa situação.

– Claro que tem e já entrou em vigor, o valor estabelecido já entrou na conta que você escolheu e as ações passaram automaticamente para o meu nome. – Informo. – Você não é mais dona de nada referente ao grupo, o que me deixa extremamente feliz.

Sempre foi vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora