Era mais um problema, mais um para fazer parte do mar de problemas que era a minha vida. Que merda era aquela?
Saí do hospital me sentindo um pouco perdida. O que eu deveria fazer? Se Juliette estava na empresa eu deveria confrontá-la, no entanto não estava preparada para encará-la depois de tudo o que aconteceu na noite anterior. Não, eu não estava, preferia sumir a ter que olhar nos olhos dela e constatar que era tudo verdade. Mesmo faminta continuei andando, precisava colocar os pensamentos em ordem e decidir o que fazer. O que Juliette queria no hospital? Qual era o plano dela? Por que envolvia o meu pai? Impossibilitada de continuar lutando contra a chuva que voltava a castigar a cidade, entrei no primeiro lugar que encontrei. Um restaurante comum, sem luxo ou qualquer garantia de qualidade, olhei para o seu interior, duas pessoas comiam em seus biombos. O cheiro de gordura impregnava o local.
Sentei o mais próximo possível da janela e testei minha mão na madeira escura da mesa, estava gordurosa também.
– O que vai querer? – a garçonete me encarava com atenção.
Devia ser estranho uma mulher como eu num lugar como aquele. Pensando bem, meu estado não era dos melhores, eu estava molhada e com uma cara nada amável indicando o pouco interesse em fazer novos amigos. Confesso que não tive coragem de pedir nada para comer, se fosse um pouco mais sensato não beberia nem água do local. Eu estava tão perdida em meus pensamentos que não prestei atenção na direção que estava seguindo.
– O que tem de bebida?
– Whisky, licor, vinho, cerveja, água – a voz rouca e o audível pigarro alertava o fato de ela ser uma fumante.
– Qual Whisky você tem? – ela riu pigarreando ainda mais. – Deixa pra lá, traga o que tiver.
Olhei para fora e procurei algum detalhe, acionei meu celular e verifiquei aonde me encontrava, era fácil. Só precisava acionar meu GPS e coordená-lo com o sinal do celular e pronto, localização perfeita em segundos, mandei uma mensagem para Projota, com a minha localização. Logo em seguida a mulher trouxe a bomba que chamava de Whisky. Avaliei, ficar bêbada não era uma boa opção quando a bebida em questão era de qualidade duvidosa, por outro lado, ficar de cara limpa em meio a tudo o que eu tinha vivenciado nas últimas horas era muito pior. Optei apenas por relaxar e me deixasse levar pelo Whisky vagabundo que ela me servia como se fosse a melhor de todas as bebidas do mundo.
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Sempre foi você
FanfictionInspirado em uma historia cophine de 2017 Apenas para entretenimento dos leitores. Espero que gostem, sou apenas uma fã e não uma escritora.