Consegui sair do banheiro enquanto ela se debatia e me arranhava e juntas caímos na cama, mesmo com tanta raiva, eu vi quando o olhar de Pocah mudou e como ela passou a se movimentar de outra forma. Girei por cima dela segurando seus braços acima da cabeça e contendo suas pernas com meus joelhos. Olhei para nossos corpos, Pocah era linda e tinha um corpo perfeito, mesmo assim, eu não a desejava mais. Ela forçou os braços, fingindo estar contrariada e ofendida com o meu olhar, contudo eu sabia que ela queria estimular a minha imaginação no calor da briga.
- É o que quer, é?
– Você sabe o que eu quero de você. – rebateu se demonstrando ofendida.
– Não vai acontecer, Pocah – ela se debateu ainda mais e tentou morder meu pulso, ri. – Você continua linda, seria a perdição para qualquer pessoa se não fosse um único detalhe – ela parou e me encarou. – Eu te desprezo, você destruiu a minha vida quando mandou Juliette me abandonar e não existe outro culpado para a minha desgraça que não seja você, sempre você – seus olhos ficaram cheios de lágrimas, mas ela foi forte o suficiente para não derramá-las. – Agora sai do meu quarto e procure Caio ou qualquer outra pessoa para satisfazer suas necessidades.
Saí de cima dela que saiu da minha cama, pegou seu roupão e foi embora do quarto. Meia hora depois eu estava na rua, dirigindo em busca de alguma coisa que pudesse exorcizar aquelas lembranças. Parei em um bar desconhecido, não era bem o que eu procurava, mas serviria, assim que entrei fui para o balcão. O garçom não me conhecia, eu nunca tinha ido à lugares como aquele e principalmente para beber, eu estava no lugar errado.
– Senhorita, boa noite! O que gostaria de beber?
– É senhora! Whisky, por favor! Sem gelo.
– Sim, senhora.
Pouco depois eu já estava com meu copo em mãos, os pensamentos ainda me castigavam e eu sentia ainda mais ódio por ter me permitido aquele contato com Pocah. Na verdade, eu não tinha medo de que nosso acordo chegasse ao fim, pois conhecia minha esposa suficientemente bem para saber que ela não recuaria por causa de um impasse. Mas eu bem sabia que apenas aquela situação seria o suficiente para que ela me atacasse com força quando Juliette não fosse mais uma ameaça. Juliette! Droga! Por que eu ainda me permitia pensar nela com aquela dor que me sufocava? Bebi todo o líquido e logo meu copo foi reabastecido, se ela soubesse, se sequer imaginasse o que havia acontecido entre mim e Pocah.
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Sempre foi você
FanfictionInspirado em uma historia cophine de 2017 Apenas para entretenimento dos leitores. Espero que gostem, sou apenas uma fã e não uma escritora.