Descemos para o café da manhã, eu tomaria o meu, Sarah não. Ela tinha pressa de sair e então dispensou, Thais estava sentada à mesa da cozinha tomando uma xícara de café e sorriu para mim quando entrei. Ela não estava arrumada, então com certeza foi dispensada por Arthur também, seu namorado chegou em seguida, com aquele jeito nada discreto e me pegou num abraço de urso rodopiando comigo nos braços.
– Cunhadinha, eu nunca tinha notado o amor de pessoa que você é – disse rindo do meu embaraço.
– Menos, Arthur! – Sarah me puxou dos braços do irmão, me prendendo em seu abraço. – E ela só fez isso porque eu não estava sabendo, por mim você só saía daquele quarto na hora de irmos embora.
– Nem você vai conseguir azedar o meu dia, minha querida irmã – Arthur continuava sorrindo. – Te devo uma, cunhadinha, bata aqui – levantei minha mão e recebi um tapa tão forte que conferi se meus dedos continuavam lá.
– Ai! – reclamei.
– Arthur! – Sarah o ameaçou.
– Foi mal, Ju!
– Vamos, não quero me atrasar – Sarah passou por ele e me abraçou, vi que Arthur deu um beijo de despedida em Thais. – Não vou demorar – ressaltou antes de me beijar e partir.
Instantaneamente me senti sozinha, em algumas horas estaríamos de volta para a realidade e eu tinha muito medo do que nos aguardava.
A volta para casa foi longa e sem graça, Sarah solicitou uma reunião com todos nós, inclusive Carla, para repassar tudo o que havíamos conquistado e de que forma seria apresentado aos diretores e acionistas. Carla propôs anunciar a fusão na festa de confraternização e a irmã concordou, para isso me pediu um pequeno resumo do meu relatório para ser apresentado.
Depois do almoço, Sarah chamou Arthur em sua cabine e me deixou do lado de fora. Arthur saiu da cabine com um sorriso imenso e me olhou com admiração, aquilo não me pareceu normal. Sarah apareceu na porta e chamou Rodolffo, que estava aproveitando os momentos dele com Carla, abraçados dividindo a mesma poltrona, Carla protestou, mas Rodolffo foi mesmo assim. Fiquei conversando besteira com as minhas amigas enquanto tentava ignorar os olhares de Arthur e seu sorriso bobo no rosto, a reunião com Rodolffo durou mais do que a com Arthur e quando ele saiu não tinha no rosto o mesmo sorriso bobão do cunhado, mas me olhou de uma maneira diferente, não havia raiva ou divertimento, parecia preocupado e ao mesmo tempo aliviado. Sarah chamou Carla e voltou a se trancar na cabine.
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Sempre foi você
FanfictionInspirado em uma historia cophine de 2017 Apenas para entretenimento dos leitores. Espero que gostem, sou apenas uma fã e não uma escritora.