Cap 140

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Preparadas? Eu espero que sim! 

Sofremos muito até aqui, mas somos sariettes, a gente meio que tá acostumada kkkkkk (cada k uma lagrima de dor)

Enfim, aqui ninguem mais sofre, morre ou chora! A montanha russa vai subir e pelo menos aqui vamos vencer!!!!!! 

O fim está muito próximo!!!!

Amo vcs, daqui até a lua!!! bjos =*


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Sarah continuou encarando o chão e chutando o que não havia ali, seus olhos fixos encaravam o nada abaixo dos seus pés, sua postura humilde me chocava e ao mesmo tempo me feria. Tive vontade de lhe estapear e gritar colocando para fora tudo o que eu sentia, no entanto, reconheci nela todos os seus sofrimentos, toda a culpa e o peso que carregava. Não só Pocah, mas todos os outros que precisaram sofrer por causa do amor doentio que ela sentia por Sarah. Meu Deus! Sarah não podia continuar acreditando que deveria pagar por tudo aquilo.

– Ei, essa é a sua chance! – Eu disse com a voz embargada. – É a sua chance de recomeçar – nossos olhos se encontraram e eu vi ali, naquela tempestade que me encarava, o amor que ela sentia por mim, o alívio foi tão grande que uma lágrima escorreu sem que eu conseguisse evitar.

– Eu vim te buscar – a voz dela também estava embargada, só que ela levantou os ombros e me encarou de maneira firme. – Você é o meu recomeço então não invente nenhuma desculpa, Juliette. Como sua mulher eu quero você junto comigo.

Meu coração disparava sem parar, tudo em mim era apenas emoção, as lágrimas ainda caíam.

– Desde quando a mulher pode decidir pela esposa? Que história é essa de...

Mas ela avançou me agarrando com força e beijando meus lábios de uma maneira tão apaixonada que não tive como me recusar a beijá-la também e eu estava com tanta saudade! Era algo muito mais forte do que eu, do que nó duas. Aquele era o nosso beijo de liberdade, o que nos permitia viver tudo o que tínhamos sonhado. Sinceramente? Naquele momento pouco me importava se ela amou ou não Pocah um dia, se ela tinha desaparecido por um mês, sem saber como eu me sentia, eu não queria saber o que tinha no passado e sim tudo o que nos aguardava no futuro. Porque eu a amava, e amava incondicionalmente, respeitando as suas decisões, sendo feliz com as suas escolhas e sendo forte o suficiente para caminhar ao seu lado, e dessa vez seria para sempre.

– Eu amo você tanto Juliette! Me perdoa! – Ela sussurrou em meus lábios, deixei um soluço escapar, nunca duvidei do seu amor, mas ouvi-la declarar depois de uma longa espera era como um bálsamo.

– Eu amo você! – Disse entre lágrimas e sentindo seus lábios sorrindo nos meus.

Então Sarah desceu as mãos e as depositou em minha barriga, eu não queria ficar tensa. Estava preparada para revelar a existência do nosso filho, contudo, nada nunca saía como planejado, e eu me vi sem coragem para dizer qualquer coisa. Com os olhos voltados para a minha barriga eu vi a sua primeira lágrima cair.

– Eu tive tanto medo dele não suportar! – Falou com a voz fraca dominada pela emoção. – Mas como pude acreditar que um filho nosso não seria forte o suficiente para aguentar qualquer que fosse o problema? – Olhou para mim sorrindo e com um brilho todo especial nos olhos. – Este é um verdadeiro Freire Andrade, Juliette!

A leveza das suas palavras fez com que mais lágrimas escorressem pelo meu rosto, Sarah estava de volta, com a mão em minha barriga e feliz pelo filho, era demais para o meu coração.

– Como soube? – Ela sorriu e me beijou levemente nos lábios.

– Imediatamente quando você voltou! No momento em que meus olhos pousaram em você, Ju! Eu conheço você e conheço cada detalhe do seu corpo! Eu sempre soube, mas deixei que fosse conforme a sua vontade.

– Sarah mulher! – Chorei ainda mais, envergonhada e ao mesmo tempo feliz demais para conter as lágrimas, Sarah sempre soube. Meu Deus! – Desculpa! É que eu, eu precisava...

– Eu sei – ela me calou com mais um beijo. – Eu sei, meu amor! O segredo, era para o meu bem.

– Era – admiti sem conseguir pensar direito nas coisas.

– Ju, olha para mim – encarei a mulher dentro de seus lindos olhos verdes conforme tinha me pedido. – É o nosso recomeço, eu passei um mês exorcizando todos os meus fantasmas, enterrei todos os meus mortos, deixei para trás o meu passado a minha vida e agora quero apenas recomeçar, com você, com o nosso filho!

– Pode ser filha – ela riu baixinho.

– Tudo bem pra mim.... Pode ser filha, não faz diferença!

– Que bom! – Eu me sentia uma idiota falando aquilo tudo como se não pudesse parar de falar. Eram tantas novidades, tanta emoção que não conseguia me conter.

– Mas tenho uma proposta – ela disse ansiosa.

– Certo.

– Vamos esquecer cada segundo ruim, quero que venha comigo. Nós vamos embora agora.

– Embora?

– Isso, você ainda está confusa – riu como se ela também se sentisse assim. – Tudo bem, faz parte da sua personalidade e se agrava com a gravidez!

– Eu não sou confusa!

– É sim – ela me agarrou outra vez, me apertando junto ao seu corpo bem forte me tirando o ar e ela riu! – Vamos para a nossa nova vida.

– O que? Como assim? O que você...

– Primeira coisa: sem perguntas até pegarmos o avião.

– Avião? Vamos viajar? – Ela já me segurava pela mão me fazendo acompanhá-la, praticamente me arrastando em direção ao carro.

– Sem perguntas senhorita Freire – avisou acelerando o passo.

– Mulher, quer me matar, me beije! Não posso correr assim, eu estou grávida – diminuiu o ritmo e imediatamente me beijou como eu havia sugerido, o que me fez rir. – Para onde vamos?

– Sem perguntas, Juliette! - Sorri largamente.

– Mas eu preciso de roupas, não? Pelo menos dos meus documentos.

– Bill já providenciou tudo! – Anunciou já muito próxima ao carro. – Você só precisa continuar linda assim e cuidar bem do nosso filho. O resto deixa comigo!

– Nosso filho! – Fiz uma careta para ela. – Ou filha.

– Ou filha – Sarah me beijou rapidinho e abriu a porta do carro para que eu entrasse, depois deu a volta e assumiu a direção. – Preparada pra iniciar o nosso caminho?

– Definitivamente, não.

– Ótimo! Eu te amo! – Me deu mais um selinho nos lábios e deu a partida.

Sempre foi vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora