Vasculhei minha mente pensando o que ela poderia ter utilizado como segredo, comecei a testar, sabia que existia um dispositivo de tentativa que se eu errasse poderia alertar a polícia, ou a própria Sarah, eu precisava pensar. Qual senha ela utilizaria? Minhas mãos suavam e meu coração estava disparado, eu não tinha muito tempo. Com certeza Ricardo passaria por cima das minhas ordens e avisaria sobre as visitas, respirei fundo e tentei ajustar meus pensamentos, uma sequência de números veio em minha mente, era óbvia demais, ao menos para mim. Estendi a mão e digitei os números que indicavam a data da minha entrada na empresa, o que marcava também a minha entrada em sua vida, duas luzes acenderam. Primeiro uma vermelha, que me fez tremer dos pés à cabeça com medo de ter errado e me denunciado, em seguida a segunda luz acendeu verde e a vermelha modificou para a mesma cor. Um leve som indicava o destrave, hesitei. Eu deveria mesmo fazer aquilo? Abri a porta e encontrei alguns documentos, dentre eles estavam o que eu havia assinado pouco tempo antes, alguns pendrives apenas com numerações na frente, alguns envelopes pardos e uma pasta preta, optei por esta e mais uma vez fiz a escolha certa.
Era o dossiê que incriminava Pocah no caso da Camilla, todas as provas que colocavam Pocah como causadora do acidente que havia matado a mãe da minha amiga e a sua prima. Respirei fundo e levei tudo comigo, o documento que assinei, a pasta da Camilla os pendrives, que não sei por qual motivo me pareciam ser importantes. Fechei o cofre, coloquei o quadro no lugar e recuei dois passos, trêmula, o próximo passo era arrumar uma mala. Tudo o que eu precisaria para iniciar a minha vida longe da Sarah, doía separar cada peça de roupa que ela tão cuidadosamente comprou para mim, doía saber que ela não me veria com elas e que não compartilharíamos mais momentos juntas. Pelo menos por quatro meses este seria o meu destino, estava no closet fechando a mala maior, quando ela entrou, meu coração quase parou ao ouvir sua voz chamando por mim, contudo esta era a única chance de salvá-la. Eu precisava fazer. Precisava.
– Aqui – respondi contendo o desespero.
– Oi – Sarah parou assim que percebeu meus olhos inchados, não havia como escondê-los após tanto choro, depois as duas malas. – Aconteceu alguma coisa?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sempre foi você
FanfictionInspirado em uma historia cophine de 2017 Apenas para entretenimento dos leitores. Espero que gostem, sou apenas uma fã e não uma escritora.