Acaso Parte l (Concluída)

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Edu narrando...

         Catei pra uma laje no mirante ponto mais alto do morro, aqui tinha uma vista filha da puta de bonita, assim como dava pra ver minha casa toda dava pra ver a pista, tudo unido e ao mesmo tempo tão longe em realidades completamente diferentes uma da outra.

           Peguei a ceda no bolso e apertei um verdinho, nada melhor que isso pra colocar a cabeça no lugar é tanta coisa pra resolver que eu não sei nem por onde começar.

          Depois de dá as três puxadas eu me sinto leve, parece que tudo está mais claro vou começar tudo indo dá uma olhada na minha boate, essa semana não na próxima quero ver de perto se ela tá tão mal como me foi passado, tô ligado que quando um Iuri tava vivo era maior lucro, pra quê uma boca na pista se você pode vender sua mercadoria diretamente prós pintinhos de ouro.

         Esse fim de semana eu preciso ir na casa da Fabiana, não tem pra onde correr não tenho que ver como isso tá e se vai ficar se ela não quiser então vou apertar o foda-se pra ela muito K.O na minha cabeça pra eu ainda ir atrás de mais uma que nem vai valer a pena no final.
         Puxei o rádio preciso saber se aquela mina é quem ela falou mesmo, a porra não sai da minha cabeça então vou resolver logo isso e depois focar no restante, chamei o preto vou diretamente nele já que ela ficou tão a vontade nos braço dele e encima da sua moto.
  
         Ouvir passos olhei pra escada e ele vinha subindo, todo desconfiado acho que pensa que fez besteira e nem fez.

            - O que manda chefe ( perguntou enquanto eu puxava mais um, virei todo o corpo pra ele e fui soltando a fumaça estudando cada expressão sua)

             - Você sabe que comigo não tem muita conversa não, tá de fiel ( ele negou na hora)

              - Que nada chefe, tô soltinho soltinho ( confirmei com a cabeça)

              - E a mina que eu vi saindo do beco, ela te viu e correu pra você ( ele parou pra pensar um pouco até parecer que lembrou)

             - A Anny, que isso chefe ali não é pra mim não, conheço aquela desde moleque, era ela eu e a Grazi filho do finado Juarez ( confirmei, era ela mesmo)

              - O que ela veio fazer aqui, que eu saiba nem por aqui ela mora mais, ninguém conhece ela lá na entrada ( ele sorriu)

              - Conhece mesmo não, tinha nove anos que ela tinha metido o pé pra estudar, na verdade a mãe dela nunca quis ela com amizade por aqui mandou ala morar com uma tia justamente pra isso, e depois disso não permitiram mais que ela voltasse se eles quisessem ver ela eles iam bater lá na no Leblon tendeu... Agora o que ela veio fazer aqui eu  já não sei, só sei que ela chorou e muito mas falou que não era nada importante, chefe eu conheço ela mesmo esse tempo distante chorona demais quando tá triste deve de ter pegado alguma coisa pra fazer ela voltar pra casa mesmo contra a vontade dos pais ( confirmei o cara deu a vida da mina toda)

        - E como você está sabendo dessas coisas todas se a mina não vinha aqui a nove anos ( ele sorriu coçando a nuca)

         - Ainda tenho contato com o irmão dela você conhece ele (confirmei) ele me fala dela todas as vezes que nos batemos por aí, ele odeia o que os pais fizeram mas hoje em dia já se conformou.

         - Valeu, pode voltar o seu trabalho (fiz o toque com ele que arrumou seu fuzil e foi saindo)

           Agora que estou por dentro da história dela fiquei mais aliviado por saber que ela não é nenhum X9 e eu não vou ter que apagar ela.

          Fiquei mais um tempo ali observando minha quebrada e os meninos fazendo o seu trabalho, rola muita entrada e saída de droga mas morado não precisa ficar vendo essas coisas.
           É tudo discretamente, outra coisa que eu não permito é homem ficar usando droga mais pesada no meio dos moradores, quer usar suas porras vai pra outro lugar, agora ficar no meio de pai e mãe de família e até mesmo de criança e vacilação legal e eu cobro bonito.

          Quando ia descer o Digo vinha subindo é um viado mesmo, fica no meu pé agora que eu saí da cadeia ele tá com maior medo deu ir fazer besteira e cobrar quem me colocou lá dentro sem nem me dá a chance de explicar.

           - Porra Diogo sai da cola irmão ( falei voltando pra ponta da laje só que agora eu sentei deixando as pernas penduradas,)

           - Nem sabia que tava por aqui vacilão você sabe que eu também venho aqui ( sentou do meu lado, ele já puxava um e esticou o braço me oferecendo, peguei na pureza na hora que puxei porra sem condição comecei uma  crise de tosse)

           - Que miséria é essa ( ele só sorria)

           - Tá fraquinho demais esse meu irmão ( arrumou o boné colocando pra trás) mercadoria nova pra você, novo produto e tá fazendo muito sucesso ( neguei)

           - Isso vai é matar os clientes e vamos sair no prejuízo (eu sempre curti coisas leves, meu vício é só no verde mesmo tem pra que misturar não)

            - Mata nada da é um gás e tá tendo muita saída, eu tava pensando em colocar nas boates vai vender como água ( puxou mais uma)

            - Deixa eu ver lego como isso tá, e ainda tenho que conversar com o meu pai, não sei se ele vai querer vender a parte do Iuri ou vai continuar tomando de conta.

            - Eles ainda não te procuraram mesmo ( neguei)

            - Nem uma ligação, mas tá de boa eu já estou acostumado com isso, seria até estranho ver eles preocupados comigo.

          - Eu não entendo isso.

          - E nem tem nada pra entender, sempre esteve tudo muito explicado eles preferem ou preferiam o Iuri, pra eles ele era o empresário e eu só um traficante de merda.

            - Mas foi seu irmão que te trouxe pra cá, e ainda te procurou pra fazer a sociedade e ele bem que gostava de usar seus produtos, eles não viam por que não queriam ( dei de ombros)

             - Eles só vêem o que convém a eles, mas deixa isso pra lá ( dei por encerrado aquele assunto chato)

             - Já sabe quem é a morena ( olhei pra ele que sorri) não posso fazer nada se me bati com preto lá baixo então deduzi o que ele veio fazer aqui ( mó fifi essa porra)

             - Tô por dentro já, não é X9 esse era a minha curiosidade ( ele sorriu)

            - E a mina de ontem, a loirinha vai pegar outra vez ( neguei)

            - Se eu pegar outra vez ela vai achar que temos alguma coisa e vai se achar a fiel, e esse posto já está ocupado ainda até eu conversar com a Fabiana ( falei)

           - E se ela não quiser levar pra frente.

           - Aí eu tô livre pra pegar quantas quiser, mas fiel eu não quero mais.

            - Certo ( ficou calado e eu também não tinha nem mais nada pra falar)

          Mas fiquei pensando na bendita morena gostosa, Anny é o nome dela e o nome do caminho da minha próxima aventura.