Anny narrando...
Minha semana foi muito produtiva e estou orgulhosa de mim mesma, pensei que depois do acontecido entre o Murilo e o Eduardo eu fosse ficar pior mas não, estou com um certo tio de aliviou dentro de mim, aliviou por saber que o rato do Murilo recebeu o dele pela primeira vez na vida.
Coloquei tudo em dia na faculdade e no físico, extrapolei nós exercícios colocando tudo pra fora a cada agachamento.
Fiz minha entrevista, me sai muito bem o que me deixou bastante confiante de que tenho plena competência para ocupar esse cargo.
Eduardo... Mostrei a ele que do mesmo jeito que ele tem direito de ter ciúmes descabiveis eu tenho direito de não aceitar, passei toda a semana sem o ver nem mensagem eu mandei apenas respondia as milhares que ele me mandava durante todo o dia, não vou sair de um relacionamento escroto pra entrar em outro e ele tem plena consciência disso então não sei porque ele insiste em fazer as mesmas coisas.
- Cansou ( ouvi o Jean falar do meu lado quando terminei a última sequência de abdominais)
- Tem como não, acho que você quer me matar só pode ( ele sorriu me entregando minha garrafinha de água junto com minha toalha)
- E eu sei que você ama isso quando ver essa barriga dos sonhos de toda mulher que você tem ( sorri tomando minha água, minha garganta estava arranhando de tão seca)
- Me pegou agora ( estendi meus braços e ele me ajudou a levantar) minhas pernas estão acabadas.
- Não posso fazer nada se você para por duas semanas e em uma quer recuperar o tempo perdido ( dei língua a ele pois sei do que ele está falando) academia não é lugar pra descontar raiva não.
- Quem te falou que eu estou com raiva ( coloquei a mão na cintura)
- Então porque tá vindo dois horários ( ficou sério) pensa que eu não sei que tá vindo quando eu não estou ,( dei de ombros)
- Não é por raiva e sim por falta do que fazer, estou de férias não consigo ficar morfando dentro de casa.
- Eu sei te conheço muito bem, mas procura outra coisa pra passar o tempo ou então vai acabar se machucando e isso eu não que de jeito nenhum.
- Nem eu ( arrumei meu cabelo em um coque)
- Brigou com o stressadinho lá (o novo apelido do Eduardo)
- Ele não é stressado.
- Então ele só não vai com minha cara né, porque ele me olha como se quisesse me matar e eu nem sei o motivo ( arquei a sobrancelha o olhando)
- Tem certeza que não sabe ( ele arregalou os olhos)
- Porra Anny você foi contar a ele, por isso daqueles olhares você é louca por que foi dizer isso.
- Porque não tem necessidade de esconder, ficamos no passado e isso faz parte da minha vida ele tem que simplesmente aceitar isso, tá com medo é Jean ( tirei com a cara dele, esse tamanho de homem com medo é até engraçado)
- Sou da paz odeio briga, e vejo nos olhos dele que ele entra em uma pra matar por você então não estou afim + sorri mas no fundo ele tinha razão, o Eduardo é muito ciumento e não sei do que ele seria capaz de fazer com o Jean só se caso ele esquentasse com ele)
- Relaxe que ele não vai fazer nada com você, mas agora mudando de assunto preciso ir tomar um banho vou pra faculdade daqui mesmo ( catei o restante das minhas coisas que estavam no chão ao meu lado)
- Sexta feira é dia curtição vai fazer o que lá ( neguei)
- Fazer uma coisa que você nunca soube o que é "estudar" ( dei bastante ênfase no "estudar" e ele sorriu com isso, pra quem estudou em faculdade particular as coisas são mais fáceis, comigo foi bem diferente lutei por uma federal queria saber do meu potencial e cá estou eu)Tomei meu banho e me arrumei, vesti só um shortinho jeans com uma regata, como sempre de tênis e pronto nada melhor que isso pra curtir a faculdade na sexta.
Falei mais cedo com o Eduardo ele quer que eu vá ficar com ele mas não sei se eu quero pior ainda porque amanhã tem baile e eu odeio ver aquelas atiradas se jogando pra ele.
Arrumei uma bolsa com roupa pra uns três dias e também roupa de festa caso eu vá e resolva curtir o baile com ele, não posso ir de todo jeito.
Cheguei na faculdade um pouco atrasada por conta que fiquei em dúvida de qual roupa levar, sorri sozinha no corredor indo em direção a minha sala, por pura sorte não tinha professor ainda e pouquíssimos alunos como toda sexta, e isso foi bom pra eu poder dá uma revisada no assunto.Depois de longas quatro horas de aula e uma prova surpresa agora estou indo pra minha casa pensando se eu vou mesmo hoje ou deixo pra ir amanhã, ainda não sei, estou bem cansada e com dor de cabeça.
~ Não vou hoje certo, mas amanhã eu chego por aí
Enviei uma mensagem para o Eduardo porque eu sei que no fundo ele sabia que eu iria acabar indo, mas como a Natália me falou que o baile é só amanhã mesmo, não demorou muito pra ele me responder.
~ Pô morena tava contando com você pra dormir de conchinha, não vem porque? ( Acabei sorrindo)
~ Cansada e dor de cabeça, tive uma prova surpresa, sem ânimo pra dirigir até aí.
~ Mando te pegar não tem problema ou então eu mesmo vou.
~ Não precisa Eduardo, quero dormir na minha cama hoje, amanhã eu vou.
~ De boa ( foi a única coisa que ele falou e ficou offline, sei que não gostou mas fazer o que né, não estou afim e pronto)
Dirigi até meu prédio, entrei direto pela garagem, na mesma hora que eu entrei não tinha nem tirado a bolsa das costas o interfone tocou avisando que tinha um senhor querendo falar comigo, estranhei legal por conta do horário.
Coloquei a bolsa sobre o sofá e desci outra vez não iria deixar um estranho subir, desci puta eu só queria um banho e cama nem de comer estou fazendo questão.
Quando cheguei embaixo notei a presença de um homem ao lado do novo porteiro que ainda não consegui memorizar o nome.
- Boa noite (falei chamando a atenção dos dois para mim)
- Boa noite ( responderem em uníssono)
- Queria falar comigo (perguntei olhando diretamente para um homem alto bem bonito, porte físico em dia, moreno cabelos castanhos escuros jogados para trás e algumas mechas caindo sobre sua testa, ele deu um sorriso que me deixou um pouco com o pé atrás)
- Anny machado (confirmei sem entender como esse homem que eu nunca vi na vida sabe o meu nome, em um movimento rápido ele pichou um cordão que estava por baixo da gola da sua camisa social revelando um distintivo da polícia federal, na hora minha boca secou) meu nome é Gabriel Torres, sou investigador da polícia federal será que podemos ter uma conversa (olhou para o porteiro arqueando a sobrancelha grossa intimidadora dele, engoli a seco) em particular.
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Acaso Parte l (Concluída)
RomanceEduardo Castelli,32 anos dono do Vidigal uma das maiores favelas do Rio de janeiro, preso por 5 anos injustamente acusado da morte do irmão mais velho, sem cumprir nem metade da pena ele consegue liberdade por falta de provas, ele da Ary franco jur...