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Edu Narrando...

 
            Desgraça quando vem nunca vem em pouca quantidade não se foder porra, acordei com o resultado dos exames de sangue, a Tereza tava limpa sem nada além de álcool no corpo já a Anny tava cheia do famoso boa noite cinderela.
             Ela só não caiu dentro da boate porque quem colocou na bebida dela tava indo devagar, em pequenas doses mais aí quando ela virou o copo do whisky da loirinha ele pegou mais rápido em questão de quinze minutos com ela no carro ela já ficou doida por isso foi pra casa dormindo.
              Não ia contar essa parada a ela antes da sua apresentação não pra não influenciar em nada, mandei mensagem pra ela pra saber que eras ela vinha pra cá, a porra mandou logo o papo que ia ficar por lá com as meninas, pau no meu cu mesmo tinha uns planos pra nós mais tarde mais deixa ela não vou falar nada ou então vou crescer pro lado dela.
              - Sobe aí mano ( ioiô chamou no rádio enquanto eu segurava as paradas que eu tinha encomendado pra Anny, subi pra ver o que ele queria)
             Cheguei na lage tava ele o o Digo olhando pra longe com uns binóculos.
                - O que tá pegando ( perguntei tentando enxergar o que eles observavam)
                - A UPP tá bem movimentada hoje ( Digo falou me entregando o binóculo dele pra eu observar )
            De costume fica uma, no máximo duas viaturas por ali observando quem sobe ou desce, e as vezes fica até vazio mas hoje não tinham sete viaturas a conta do mentiroso e um pouco mais a frente tinha um carro do BOPE no meio de dois outros carros simples que eu posso jurar pertencer a polícia, essa porrada gostam disso ficar disfarçados pra pegar a gente de surpresa mas como aqui não tem nenhum amador já pegamos todas as jogadas deles.
                    - Esses comédias tão de tiração, montar acampamento em uma sexta feira esse horário a rua cheia de criança e pai de família ( ioiô falou e eu convidei)
                    - Vocês acham que eles querem subi ( perguntei, não tô entendendo essa deles não)
                    - Se eles não querem subir, eles querem que nois dessa ( ioiô falou olhando pra mim) vamos fazer o que com isso.
                    - Manda os meninos das lages fica tudo em alerta, quero todo o comércio fechado, não tô afim de pagar pra ver não, ninguém ataca não vou começar nada( dei mais uma olhada, eles conversam como se não fossem nada mas tô ligado que é isso que eles querem mesmo) chama o coruja quero acesso aos rádios deles ( falei olhando para o Digo que só confirmou com a cabeça)

               O dia foi todo assim puro alerta, deixei de lado o celular pra evitar o rasteio das ligações e mensagens, o negócio era só rádio na frequência fechada, hora ou outra eles tentavam entrar na nossa frequência  mas tava todo mundo ligado que era bico fechado.
                Já sabíamos de tudo que eles poderiam fazer o ioiô passou tudo mas não tinha como ficar de boa não, poderia ter invasão a qualquer momento e eu não sabia a quantidade verme que tinha envolvido nisso, então meus melhores estavam ali na linha de frente esperando o que irei ser feito, mas caso eles atacassem a ordem era não deixar passar da primeira barreira.
                 Coloquei uns seguranças na porta da farmácia, quero os pais da Anny em segurança já que pra minha infelicidade ela estava sem ninguém, não tinha nem como entrar em contato nessa porra e manda ela ficar em casa, e a ordem aqui e ninguém descer mesmo os de ficha limpa.

                 - O Marcão passou um rádio ( olhei o Digo subindo as escadas, já era mais de sete da noite)
                 - O que ele falou nessa porra, trabalho feio da porra o dele ( Marcos e um PM filho da puta comprado por nois, ele tem uns informantes dentro do BOPE pra passar informação pra mim)
                 - Essa operação não tava planejada não, foi tudo de última hora por conta de uma ligação.
                 - Que ligação foi essa ( perguntei curioso)
                 - Falaram que o fantasma voltou a das as caras aqui com frequência aí tu sabe né ( confirmei puto)
                   - Filhos da puta ( passei a mão pela cabeça que estava quente) isso não foi ligação anônima nenhuma não, tem gente dando minha planta pra eles nessa porra ( meti a Cedeira que tava do meu lado longe)
                  - Quem tá fazendo uma trairagem dessa mano (neguei por eu não sei)
                  - Não tô ligado não mais eu vou descobri e a coisa vai feder pro lado dele esse filho da puta (o Digo continuava me olhando) que foi porra, perdeu uma buceta na minha cara ( tô nervoso nessa miséria)
                  - Calma ae porra, não vai adiantar de nada tu ficar assim nao.
                  - Calma um caralho, eu tô preso aqui dentro sem saber o que tá acontecendo com minha mulher lá fora, e se isso for uma distração pra pegarem ela e eu não poder fazer nada ( as possibilidades da Anny está nas mãos dele nesse momento me deixam ainda mais louco) eu preciso ir ver como ela tá .
                     - Tá ficando louco, eles vão te pegar lá embaixo e fazer miséria.
                    - Minha ficha é limpa porra tem b.o não.
                    - Sua ficha era limpa porra, coloca essa cabeça pra funcionar, eles já estão no seu pé aí vêem você descendo a favela vão falar o que (isso é verdade) fica calmo ela deve tá bem, espera mais um pouco até resolver alguma coisa.
              Ele tinha razão mas fala isso pra minha mente fudida, não tem como não eu ficar aqui sem saber nada dela.
               Lembranças do dia em que meu irmão foi morto vem a minha mente, eu demorei muito a chegar lá e quando cheguei encontrei ele morto, e se eu esperar muito e quando chegar lá encontrar minha mulher morta eu na sei nem do que eu seria capaz de fazer, eu derrubaria esse RIo de janeiro ao pra colocar as mãos no filho da puta.
               A Anny entrou na minha vida rápido mas agora não sou capaz de deixar ela sair mesmo sabendo dos riscos que ela corre estando do meu lado, sou egoísta filho da puta mesmo, por isso que vou perguntar a ela se ela entra comigo dessa aventura por sei que daqui pra frente minha vida vai ser isso.
              Já era Dez da noite e nada deles saírem, só que eu não conseguia mais ficar ali, eles cortaram o sinal de telefone de uma boa área, luz também porque eles querem meter pavor em geral,a favela tava um breu um silêncio filho da puta.
                  - Digo, junta uns quatro aí que eu vou descer por trás (ele me olhou espantado)
                  - Porra Edu, tudo fechado escuro filho da puta e tu quer descer (tinha uma parte na lateral do morro que era mata fechada mas os cria tudo sabia andará por ali)
                 - Não tô perguntando nada só faz o que eu mandei, eu vou descer pegar a pista tá ligado (ele não falou mais nada apenas confirmou com a cabeça e saiu)
               Peguei minha 40mm que estava na parte de trás da minha bermuda olhando o pente completo, voltei ela pro mesmo lugar colocando a camisa por cima, atravessei um fuzil no peito quando chegar lá embaixo me livro dele caso não consiga falar com os meninos que estão na pista, não vou ficar aqui não se notícias.
                

          

              

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora