Anny narrando...
Desci ainda de roupão, hoje como um milagre divino o Rio de janeiro amanheceu frio e isso me agrada muito já que amo um sol uma praia mas odeio o calor.
Essa noite foi difícil pegar no sono pesado, toda vez que eu fechava os olhos via aquele homem na minha frente com uma arma apontada pra minha cabeça, essa sensação de impotência é muito ruim, não sei como vai ser minha vida daqui pra frente.
Mesmo com o Eduardo me jurando que iria resolver tudo não consigo ficar tranquila, imagina meus pais sabendo de tudo isso, já iria ser uma guerra meu namoro com o Eduardo imagina com a federal na minha cola por causa justamente dele.
Entrei na cozinha com a esperança dele está ali mas não, eu só encontrei uma mesa cheia de comida e uma garrafa grande de iogurte, o Eduardo sabe que não tomo café.
Preparei um pão com mortadela e queijo, enchi um copo com o iogurte de morango e voltei pra sala ouvindo o barulho da porta sendo aberta e vozes entrando por ela.
Reconheci a do Eduardo e a do Digo, mas tinha a voz de uma mulher que eu não sabia de quem se tratava.
Entrei na sala dando de cara a uma mulher muito bonita, morena alta de cabelos cacheados, maquiagem discreta muito elegante em um belo conjunto de terninho feito sobre medida.
- Bom dia ( ela falou com sua voz firme e discreta, estendeu a mão em minha direção e eu fique sem jeito já que estava com as duas ocupadas)
Voltei até o balcão depositando meu copo e meu pai sobre um prato, limpei a mão em um guardanapo e fui até ela aceitando sua mão.
- Bom dia ( olhei para o Digo que me olhava sorrindo e o Eduardo sério com uma ruga de preocupação no meio da testa)
- Sou a Dra: Amanda Trindade a advogada do senhor Eduardo , e se você me permiti serei sua também ( olhei para o Eduardo sem entender do que aquilo se tratava)
- Minha advogada ( falei confusa)
- Sim Anny, eu falei que aquele homem ia pagar por ter ido mexer com você e ele vai ( quando ele falou que iria resolver pensei que era do jeito que resolveu com o Murilo)
- Precisa de tudo isso mesmo ( olhei para os três pares de olhos que estavam voltados a mim)
- Olha senhora Anny, o que ele fez não é certo e tem nome Abuso de poder, você não tem nada comprometedor para que um investigador de polícia federal vá até sua casa tentar te coagir para tirar informações sobre o meu cliente ( a advogada falava com propriedades das palavras)a senhora sabe me dizer se no seu prédio tem câmeras ( confirmei) onde você conversou com ele também tem ( confirmei pois sei que todo o prédio está monitorado já que a uns dois anos atrás teve um assalto) então vai ser fácil provar que ele foi até lá.
- Entendo (coloquei uma mecha do meu cabelo que insistia em ficar no meu rosto atrás da orelha) eu vou precisar fazer o que (não sabia o que fazer nessa situação, nunca precisei de advogado para nada)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Acaso Parte l (Concluída)
RomanceEduardo Castelli,32 anos dono do Vidigal uma das maiores favelas do Rio de janeiro, preso por 5 anos injustamente acusado da morte do irmão mais velho, sem cumprir nem metade da pena ele consegue liberdade por falta de provas, ele da Ary franco jur...