Acaso Parte l (Concluída)

110

Anny narrando...

                   Eu nem queria usar biquíni só queria saber como era o local mesmo e o gigante ficou todo nervoso, vai entender as bipolaridades desse homem.
                   Vesti um dos meus shorts jeans mais cumpridos e folgados, coloquei crooped de camiseta mas com a gola meio alta verdinho água, peguei meus acessórios pra compor o look e calcei um tênis branco e tá ótimo, peguei meus documentos e sai do quarto, o abençoado continuava mexendo no celular.
                  Já dentro do carro eu observava os meninos que nos seguiam de moto, tinha duas de cada lado só que notei um carro atrás.    
                      - você já viu (falei olhando pra trás e ele olhou junto) tem um carro atrás nos seguindo (confirmou)
                      - Gente minha fica tranquila (eu já estava ficando nervosa, não sei quem pode querer fazer mal a ele e como estou com ele)
                      - Porque você não me falou (suspirei pesado e coloquei o cabelo atrás da orelha) eu só tinha visto os meninos (ele segurou minha mão e a levou até sua boca dando um beijo onde estava a aliança)
                      - Tem outros aí atrás (olhou pra mim) você acha que eu ia sair com você sem tá com a segurança redobrada ( me arrumei estava muito tensa)
                      - Só me fala tá bom (minha voz já saiu embargada, morro de medo de tudo que possa acontecer com ele)
                      - Fica de boa amor, tá tudo no controle ( concordei e olhei pra frente tentando tirar tudo de ruim da minha cabeça)
                      - Vou ter que pegar seu carro pra fazer uma parada ( olhei pra ele)
                       - Meu carro já está com você ( sabia que ele estava falando do que ele me deu)
                       - Você gosta de tirar com minha cara só pode , tô falando do novo o outro já tá comigo.
                       - E eu vou ficar sem carro já que o meu nunca fica pronto.
                       - Anny o que tá com você é seu, eu te dei e o que tá na oficina também é seu se ligou, ele tá pronto aí você pega ela pra eu fazer uma parada com o outro depois te devolvo.
                        - Eu sou uma só pra que vou querer dois carros ( ele sorriu divertido)
                        - Aí já não é mais comigo ( filho da puta)

(...)

             Chegamos na Rocinha bem rápido para um domingo, já se passava das duas da tarde.
             Subimos por aqueles becos, aqui parecia uma cidade com ruas estreitas e bem longas, por onde passávamos as pessoas olhavam como se fossemos alguma celebridade.
              Várias crianças no meio da rua jogando bola, enquanto algumas mulheres estavam sentadas em suas calçadas.
               Depois de uma boa subida paramos enfrente a uma casa de muros altos todo revestido de um tipo de madeira clara ou algo parecido, um grande portão branco combinava perfeitamente com o resto.
               Vários homens muito bem armados estavam parados ali em total atenção, os meninos do Eduardo se uniram a eles formando uma verdadeira tropa.
                Desci do carro vendo o movimento de entra e sai de um portão menor, junto de um volume considerável que vinha de dentro, do outro lado da rua um grupo de meninas novinhas novinhas estavam em total atenção de quem saia e entrava, suas roupas que mostravam todo o seu corpo dizia o que eles eram o que vieram fazem aqui, não sei como essas meninas pensam que isso é futuro pra ninguém estou aqui por um total acaso, me envolvi sem saber quem era e depois que soube já estava apaixonada, mas isso não me impediu de continuar com minha faculdade, não quero o status de fiel o status que eu quero é de gerente de administração isso sim é futuro pra alguém .
                 Arrumei minha roupa indo para o lado onde o Eduardo estava, ele conversava com os meninos da nossa segurança, parei do seu lado observando tudo ele me viu abriu um sorriso e intrelaçou os nossos dedos.
                    - Quero atenção total ( olhou para um dos meninos que eu conheço só não sei o nome) quero atenção dos da entrada também, passa o rádio pra eles e qualquer movimentação diferente quero ser informado ( sua voz era seria e grave, os meninos olhavam pra ele atentos ao que ele falava e apenas confirmavam com a cabeça)
            Depois dele falar tudo que tinha pra falar e passar as ordens entramos, a cada passo que eu dava o som ficava mais alto.
             Assim que entramos observei o local que era muito lindo, um quintal enorme com uma piscina maravilhosa, tudo ali era grama só a lateral da piscina e o local da churrasqueira era de madeira.
              Tinha algumas mulheres no local mas pareciam está acompanhando os homens, umas era novinhas que estavam ali só como troféu, acho que essas são as sorteadas da vez para alguns que não são casados.
               Não quero ser melhor que  ninguém porque eu não sou, mas ver ao que essas meninas se submetem para alguma coisa na vida é muito deplorável, porque tem alguns que são até bonitos, como o Eduardo, o Dedé e outros que eu não conheço, mas tem uns que só o senhor na causa, velhos com cara de ser avôs delas, uns dentes de ouro chamando uma atenção desnecessária, estou me sentindo deslocada.
                Todos olham para o Eduardo e depois pra mim, me sinto incomodada com aquilo pois realmente eles não tem nenhuma educação e olham mesmo não respeitam nem o homem que eles chamam de parceiros.
                 Olhei pra ponta da piscina e via a Beatriz sentada, mão estava de biquíni completo, vestia um short e um top onde dava pra ver perfeitamente sua barriga redonda que agora está maior.
                     - Vai quebrar meus dedos ( voltei a atenção para o homem só meu lado e só aí percebi o qual tensa eu estava pois apertada os dedos do Eduardo sem sentir)
                      - Fica de boa Anny tudo parceiro meu ( sorri sem graça)
                       - Desculpa ( baixei a cabeça, não é que eu quisesse vir mas me animei por saber que iria rever a Bia, mas agora que estou aqui não sem bem o que estou sentindo)
                        - O que foi ( me perguntou segurando o meu rosto para eu o olhar)
                        - Nada ( não queria preocupar ele com coisas da minha cabeça)
                        - Vamos ficar um tempo, quando quiser ir embora me avisa que metemos o pé tá bom ( confirmei com a cabeça) não sai do meu lado viu.
                Confirmei outra vez, até parece que eu tinha intenção de sair do seu lado, estou me sentindo observada mas com tantos olhares sobre mim fica difícil saber de onde vem.
                        - Anny que maravilha te ver outra vez ( Bia já encostou falando, seus braços estavam abertos a espera de um abraço, soltei a mão do Eduardo e retribui ao gesto de carinho dela)
                        - Digo o mesmo ( olhei pra sua barriga) você está tão linda Bia. 
                        - Você acha, porque eu tô me sentindo enorme, essa menina tá me fazendo comer mais que o Dedé (sorriu) aa oi Eduardo, o Dedé tava falando um monte dizendo que você não vinha ( estendeu a mão para o Eduardo que pegou fazendo um cumprimento)
                         - Aquele homem tá velho só fala merda mesmo ( sorrimos) cade ele ( perguntou olhando para os lados)
                          - Foi lá dentro atender uma ligação ( passou a mão pela barriga) inventa as coisas dele e não para aqui fora.
                          - Atividade sempre sem deixar passar nada ( sacode a cabeça em negação)
                          - Eduardo você é de casa então vá se servir ( Bia falou colocando as mãos nas costas) meu corpo hoje só pede cama.
                           - Vai bebê o que morena ( ele perguntou me abraçando de lado)
                           - Água ( me olhou estranho ) não tô afim de bebê hoje ( ele saiu e eu fiquei com a Bia.
                          - Tem suco lá dentro, não coloquei na freezer não porque os bêbados misturam com bebida ( sorri) Anny depois daquele acontecido eu pensei que não iria mais te ver.
                          - Nem eu ( olhei pra ver onde o Eduardo estava quando vi umas meninas de biquíni passando) foi osso, passamos o uns dias separados.
                           - Eu imagino, nunca passei por isso com o Dedé graças a Deus porque eu não tenho paciência.
                           - Nem eu, dei o aviso da próxima ele não me ver mais ( ela sorriu)
                            - Eduardo é do time do Dedé ( olhei sem entender) cachorro sem dente, late mais não morde ( sorri)
                             - Não morde até passar um rabo de saia na frente dele .
                             - Tu com o rabo desse tamanho tá com medo dessas aí desbundadas .
                             - Meu amor cachorro vira-lata pode ter a melhor comida em casa mas quando ele sair sempre vai querer comer lixo na rua.

Boa noite amores, um capítulo só pra avisar que a próxima vez que eu postar vão ser os últimos capítulos do livro um não sei que dia vai ser mas vocês sabem que pode ser a qualquer momento, então quem quiser saber sobre o segundo, como adquirir e saber quando vai começar vão me seguir no Instagram @camila_sa_autora vou passar todas as informações por lá, e fora que vai ter spoiler a qualquer momento.