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Edu narrando...

        Deixei a Anny no trabalho e voltei pro seu prédio o cara que eu pedi ao Digo pra desenrolar pra dá uma olhada no carro da dela já tava lá me esperando.
         Ele deu uma mexida no carro mas não consegui resolver nada, o jeito foi rebocar ele de lá e levar até sua oficina.
          Depois que ele levou eu voltei pro morro e fiquei esperando o retorno dele.
          Só dei um pulo em casa pra jogar uma água no corpo e voltei pra boca onde geral estava, tem uma carga pra chegar mais a polícia tá no pé legal, mesmo com os nossos lá dentro tá difícil de passar, mas eu já tô ligado que isso que eles estão fazendo pra pedir mais dinheiro, eu tô só de olho.
          - o Juarez já deu o preço ( foi a primeira coisa que o ioiô falou quando me viu)
          - Solta ( já sabia que coisa pouca não era, abri a gaveta do armário que tinha ali pegando uma seda pra bolar um)
           - 50 por cabeça ( Digo falou na frente, tive que sorri com aquilo)
           - Só pode ser piada essa porra ( acendi meu balão puxando o primeiro trago)
           - Foi o que ele falou e ainda disse que era promoção ( ioiô completou a piada, esse filho da puta só pode tá de brincadeira com minha cara, eu vou dá 50 conto no cu daquele arrombado)
           - Quantas ( perguntei sem paciência)
           - 5 ( Digo respondeu)
           - Porra 250 conto assim na vera por uma carga que eu já paguei se foder ( joguei a ponta do cigarro no chão pisando encima) fala pra esse filho da puta que pago 25 e pegar ou largar ( Digo negou com a cabeça)
             - Ele não vai aceitar não (falou sério)
             - Não vai aceitar um caralho, o meu papo é esse se ele não aceitar eu tomo e de brinde vem a mulher e a filha dele, avisa que sei onde ele esconde elas ( esses filhos da puta acha que são intocáveis não sabendo eles que todos que passam por mim eu procuro um ponto fraco)
             - Vai usar gente inocente na parada ( ioiô falou meu desacreditado, todos sabem que eu não gosto dessa parada)
             - Tem quase 1milhão em armas logo ali que eu ( bati no peito) paguei e esse comédia vem me cobrar isso só pra liberar uma passagem, tomar no cu ninguém tá querendo.
         Todos ficaram calados, não tinha mais nada o que ser dito meu papo eu já dei e vai ser esse, se ele não colaborar vou pegar minha carga a força e ainda dou um susto nele.
            Esse comédia tem que aprender que ele tá lidando com homem e não com moleque, aí ele vem achar que por conta do distintivo que ele usa no peito da a ele peito de aço vai pensando.
             Subi na laje pra ver se cima o que é meu, não foi com dó que eu cheguei aqui não foi com sangue nos olhos mesmo colocando o peito pra jogo sempre na linha de frente junto com os meus, não foi atoa que o antigo dono passou pra mim o comando quando ele estava morrendo em meus braços, já perdi dois irmãos do mesmo jeito na pura covardia aí eu vou ter pena desses filhos da puta tenho não porra.
              Os meninos subiram e fomos conversar sobre outras coisas que tinha pra resolver aí vem Zé povinho falar que vinda de bandido é fácil vai vendo, aqui ninguém pode dormi no ponto não ou então vai chupar a bala que não é doce, aqui é agilidade 24horas por dia, enquanto os playboy tão dormindo estamos aqui no fervor.
             - Passou outra noite na pista vagabundo ( Digo falou assim que os meninos desceram)
             - Foi, tinha uma parada pra resolver com a Anny aí fiquei por lá ( respondi olhando os meninos nas outras lages passando droga)
              - Tá dando mole pra filho da puta te pegar ( neguei)
              - Tô limpo não tem pra que ficar preso aqui dentro ( olhei pra ele)
              - Mas tu tá ligado que eles estão fazendo de tudo pra colocar só uma coisinha na tua ficha e se eles fizerem isso com tu por lá não vai ser difícil eles te pegarem não ( eu sei que ele tem razão mas é foda, a Anny não pode ficar subindo por conta da família e eu não posso descer por conta da minha vida)
               - Faço meu trabalho direito e de quebra pago uma grana preta pra doutora lá, o trabalho dela é limpar minha barra (ele sorriu negando)
               - Tá gamadinho na Índia gosto.. ( não deixei nem ele terminar, já sabia o que ia sair da boca desse filho da puta)
               - II que papo torto é esse ( falei olhando feio pra ele) gostosa é minha pica na sua boca ( ele começou a sorri com as mãos para cima )
               - Caiu direitinho, tá gamadinho não tá e gamadão, fez maior cara de bicho ( ele não parava de sorri)
               - Sou homem pra admitir essa fita porra, tô amarradão mesmo coisa de louco ( passei a mão na cabeça) mas não tem nem como não ficar, toda linda ( um sorriso escapou )
               - Com todo respeito, linda mesmo postura filha da puta e ainda é gente fina, nem parece que mora na pista ( concordei)
              - Você arrumou o que eu te pedi ( ele confirmou)
              - Tá tudo certo  e só tu descer e pegar onde guardamos os outros ( confirmei)
              - É novo né, tudo dentro da lei.
              - Novinho, novinho ( confirmei)
          Desci pra dá uma conferida e realmente estava tudo certo, agora é só levar e fazer a surpresa, quero só ver sua reação espero que ela goste.
           Fui almoçar na pensão da dona Fátima sempre como aqui, fazer comida pra uma pessoa só não tem graça.
             Tava quase terminando de comer quando o meu celular tocou, na hora que eu peguei era um número desconhecido não ia nem atender mas a curiosidade falou mais alto.
             - Alô ( atendi bem sério)
             - Eduardo ( ouvi a voz de uma mulher do outro lado) sou eu a Amanda Trindade sua advogada que voce não fez nem questão de ligar pra passar seu novo número ( porra essa mulher e chata viu)
              - II doutora tô comendo e você já vem com papinho torto.
              - Eduardo qual foi o nosso trato ( tempo) você tinha que me passar seu novo número e o endereço de onde você ia ficar, já fui na sua casa várias vezes e você nunca está lá ( passei a mão no rosto pensando nessa parada, minha cada na pista é só de fachada mesmo nem lá eu vou)
              - Tá pegando alguma coisa( perguntei)
             - Não, ainda não mas daqui uns dias precisamos voltar lá você sabe.
             - Sei sim, e agora que você já tem o meu número e só me avisar que eu colo lá, agora deixa eu terminar minha comida antes que passe minha fome ( não deixei nem ela terminar e desliguei)
              É uma porra esse atraso de vida, ter que ficar indo em polícia pra ficar dando satisfação da minha vida é foda, não sei por quanto tempo vou fazer isso não.
             Quando deus três e meia da tarde eu fui pegar a Anny com minha segurança na cola, vou entregar seu presente.
    
           

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora