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Anny narrando...


            Acordei no sobressalto colocando a mão no meu pescoço e forma de defesa, sonho ruim com o Murilo me derrubando em meio ao banco e me enforcando o pior era olhar para todos ao meu redor e eles não fazerem nada pra me ajudar.

           Esses sonhos eram frequentes quando eu estava com ele mas  agora não estou mais e nem pretendo está, mas parece que os sonhos voltaram pra terminar de infernizar a minha vida.

         Levantei vendo a hora no meu relógio de cabeceira me assustei ao ver que já são onze da noite, eu dormir praticamento todo o dia e foi ótimo pois agora estou bem melhor.

          Escovei os dentes indo pra sala, liguei meu celular e assim que ele terminou de ligar tocou o Jean me ligava ele era um dos únicos que me acalmava e não seria nada ruim ter ele aqui comigo agora mesmo já estando melhor.

            • Alô (atendi com um pouco de receio por ter passado o dia todo evitando ele)

           • Eu não acredito que você atendeu, Anny onde você está, você está bem ( ele estava desesperado e isso fez eu me sentir  mais culpada  e egoísta pois eu tenho pessoas que gostam de mim de verdade)

            • Desculpa Jean por não ter avisado, eu estou bem sim e em minha casa só não queria ser incomodada( ouvi barulho de chave)

           • Chegou aí daqui a pouco, libera minha entrada viu.
  
            • Ok ( mal respondi e ele já desligou o telefone)

         Respondi algumas mensagens da minha tia, prima e da Tereza em todas só disse que estava bem e tinha saído da cidade, todas me falaram um monte mas nem liguei, vou deixar pra enfrentar isso na segunda feira, ninguém está na minha pele para vim simplesmente apontando o dedo na minha cara eu sei dos meus motivos e sei do que estava precisando então fui lá e fiz por mim, pela minha saúde mental.

        Fiquei ainda mais chateada quando percebi que em meio a tantas mensagens e chamadas não atendidas não existia nenhuma da minha mãe ou pai, as lágrimas já queriam cair mas me impedi de chorar mais uma vez, fui até o interfone liberando a entrada do Jean.

         Não demorou muito e a campainha tocou e eu fui atender sem me importa com o que estava vestindo nada que ele nunca tivesse visto.

        Abri a porta e dar de cara com o meu amigo fez todas as lembranças voltarem e me fez perceber que aquele abraço e conforto que eu fui procurar com minha mãe não foi me dado eu não o recebi e mesmo és ando melhor eu ainda necessito dele, sem nem falar nada me joguei em seus braços, quando fui envolvida por aquele mar de músculos e uma mão atingiu minha cabeça alisando a mesma o choro veio com toda a força.
 
         - Chora minha princesa, pode chorar ( ele foi me conduzindo até o sofá sentando e me fazendo sentar em seu colo como uma criança)
        Eu me sentia tão pequena nós braços daquele gigante mas ao mesmo tempo me sentia protegida.

           - Desculpa Jean, desculpa por ter te deixado preocupado eu não tinha a intenção de fazer isso eu só queria ficar longe de tudo e de todos ( falei em meio ao meu choro de dor, ele continuou fazendo carinho em minha cabeça)

           - Não tem problema, o importante e que você está bem agora em casa, nada mais interessa (com suas palavras eu meio que coloco tudo pra fora  em forma de lágrimas tudo que me incomodava tudo que me maltratava por dentro)
         Passei um tempo ali naquele aconchego até me sentir mais calma e pronta para contar tudo, não tem como depois dessa tempestade toda eu continuar mantendo isso escondido, quase todos já sabem e os que não sabem ainda não vai demorar muito pra saber.
         - Você já sabe o que aconteceu? ( Ele balançou a cabeça confirmando) então não vou precisar te contar tudo.

         - Eu queria ouvir da sua boca mas se não consegue tudo bem eu vou entender.
    
         - Jean não tem nada interessante, eu vivi em relacionamento abusivo por alguns anos até cair em mim e da um basta, mas como você tá vendo não adiantou muita coisa porque ele não me deixa em paz e acho que ele nunca vai deixar ( dei de ombros, eu estava tão desacreditada que nada mais me importava)

           - Anny porque não me falou isso antes eu pensei que éramos amigos ( falou meio aborrecido)

          - E somos, por isso mesmo não queria te envolver em um problema meu.

          - Você sabe o quanto eu gosto de você então os seu problemas se transformam em nossos problemas e eu não hesitaria em te proteger daquele molenga ,(sorri)

           - Jean você sabe que eu gosto de você como. ( Não me deixou terminar)

           - Seu amigo, eu sei e sempre respeitei isso nunca procurei nada além disso, tudo que já tivemos foi uma coisa de momento e que nos dois estávamos com vontade não teve nada sério, eu também gosto de você como minha amiga e eu aceito tudo menos sua infelicidade principalmente se ela for causada por um filho da puta como o Murilo ( não tem como não amar um homem desse)

            - Obrigada por existir em minha vida ( voltei a abraça ele que retribuiu na hora)

           - Anny ( ele me chamou fazendo eu olhar pra ele que agora estava com um semblante sério) você sabe que precisa denunciar esse homem não sabe ( neguei)

          - Jean ele pode acabar com minha vida pelo simples fato dele ser filho de pessoas importantes, vai ser a palavra dele contra a minha aí você acha que eles vão acreditar nele ( falei como se aquilo fosse óbvio, e é)

            - Você tem todo o banco como testemunha, todos viram o quão você não tinha culpa para ele te coagir daquela forma falando coisas para te diminuir por puro ciúmes e preconceito, você precisa da um basta nisso ou nunca vai ter paz de verdade para viver sua vida.

          - Eu sei que preciso fazer isso, mas me falta coragem  porque morro de medo que isso espelhe no meu futuro o no meu emprego que tanto almejo, e fora a vergonha que vou sentir de todos quando eles descobrirem que eu já apanhei dele ( ele sorriu colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha)

          - Não se preocupe com isso porque sua capacidade e seu curriculum vai falar mais alto que qualquer coisa que esse idiota faça pra tentar te destruir, e vergonha que tem que ter é ele por fazer isso com você o qualquer outra mulher, Anny você é mais que esse medo acredite.
         Suas palavras me confortaram, subi aquele morro depois de tantos anos pensando em encontrar isso com minha mãe, eu estava completamente enganada, pois encontre encontrei esse conforto aqui dentro da minha casa

        

          

       

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora