Anny narrando...
É um tédio ficar em casa sem fazer nada mas também com a cólica que eu continuo não tem nem como trabalhar nem nada.
A Tereza veio aqui ontem e eu achei ótimo, ela me tranquilizou dizendo que o José iria adiantar minhas férias pra eu não me prejudicar com essas faltas, eu não queria porque minha intenção era que fosse junto com as férias da faculdade mas também vai ser bom, eu não quero ver o Murilo não tenho mais psicológico pra isso.
- Mãe não precisa se preocupar (minha mãe resolveu ligar pra mim depois de duas semanas, eu estava me retorcendo de dor aqui nesse sofá esperando o Eduardo chegar , hoje só o vi pela manhã)
- Filha você sabe que eu me preocupo com isso todo mês é a mesma coisa você sofre muito com isso ( se ela soubesse que isso nem é a coisa que mais me faz sofrer)
- Por isso mesmo todo mês é a mesma coisa eu já estou acostumada mãe( queria eu me acostumar com essa amostra grátis do inferno coloquei a almofada no rosto)
- Você sempre fala isso, porque você não quer que eu vá em sua casa te levar no médico como sempre ( será porque não estou no meu apartamento, odeio menti pra minha mãe desse jeito só que infelizmente os últimos acontecimentos exigem uma mentira )
- Mãe eu juro (a porta abriu e eu vi o Eduardo de cara fechada entrar me observando não sei como um homem sai de boa e volta assim)
- Anny o que foi ( voltei a prestar atenção na ligação quando minha mãe chamou meu nome)
- Mãe eu juro que se piorar eu te ligo e vamos no hospital certo ( o Eduardo arqueou a sobrancelha parando em minha frente, olhei pra ele dando um sorriso mas ele não retribuiu sua atenção estava no celular em minha mão)
- Certo filha não exite em me ligar viu, deixa eu descer pra ajudar o seu pai a mae te ama viu.
- Eu também te amo ( falei e ela desligou, coloque o celular mesa de canto e voltei a olhar pra o Eduardo)
- O que sua mãe queria ( perguntou todo sério na mesma posição não estou entendendo nada)
- Saber como eu estava ( deitei minha cabeça no braço do sofá fechando os olhos) porque (perguntei curiosa será que até isso ele vai querer controlar)
- Você ligou pra ela dizendo que tava ruim ( neguei)então ela agora adivinha as coisas é ( cruzou os braços sobre o peito, ele tá tão lindo) ou agora ela quer da uma de mãe nota dez ( revirei os olhos, ele conhece minha mãe e já é assim com ela)
- Eduardo ela sabe quando minha menstruação vem e ela sabe que sempre fico ruim então todo mês na mesma data ela me liga pra saber como eu estou e muitas vezes me leva na emergência só isso ( respondi um pouco exaltada, ele confirmou eai deu uma suavizada na cara feia que ele estava)
- Ainda tá com essa dor (se abaixou dando um beijo e minha testa e eu confirmei) ainda tem remédio ( neguei, eu tomei o resto todo hoje e foi mesmo que tomar água esse mês vai ser dos que só passa com remédio na veia) mano porque não me ligou ( falou carinhoso sentando do meu lago)
- Não tinha pra que ( falei cansada com vontade de chorar por conta da dor)
- Tinha sim morena tá aí toda cheia de dor e sem tomar remédio ( me puxou para o seu colo e eu gemi de dor colocando a mão na barriga) aí tá vendo ( deu um beijo na minha cabeça e desceu até minha boca dando um selinho gostoso)tá doendo muito ( confirmei, ele colocou a mão sobre a minha)
- Me empresta um carro ou me leva no pé do morro pra e ir no hospital, dá pra chamar um Uber ( perguntei com voz de choro não tem como ficar aqui sentindo essa dor)
- Viaja não Anny, você acha que eu vou te entregar carro meu com você desse jeito (fiz careta e quis chorar)para mano não chora não, bora que eu te levo mas aqui tem um postinho 24horas de boa quer ir lá (me perguntou todo preocupado)
- E vão me atender assim eu nem moro aqui (ele sorriu)
- Minha linda você tá comigo (me colocou no sofá)troca de roupa que eu te levo lá (olhei pra minha roupa eu estava com um short de tecido fino e um blusão não vi problema nisso)
- Trocar de roupa pra que Eduardo eu tô aqui morrendo de dor (negou)
- Anny esse short de dormi fino pra porra e essa blusa sem sutiã nem fodendo (foi pra cozinha pisando duro)
- Nem começa a querer controlar minhas roupas (já falei chorando e ele voltou pra sala)
- Mano não tô controlando nada não, mas olha pra você, bico do peito aparecendo, short que mais parece uma calcinha, vão olhar legal e você vai ficar desconfortável, mas se quer ir assim bora só que depois não venha reclamar no meu ouvido não (voltou pra cozinha e eu subi me arrastando pela escada)
Tirei a blusa pra colocar um top por baixo, tirei o short e coloquei uma calça de moletom que pra minha sorte eu trouxe, preciso ir pra casa eu peguei pouca roupa e também nada haver fica aqui por muito tempo, peguei meus documentos e sai dali.
Desci e encontrei o Eduardo fumando como sempre e um copo com um líquido dourado na outra mão.
- Vamos (chamei ele que me olhou dos pés a cabeça com um sorriso canalha nós lábios)
- Vamos (ele ficou bebendo o resto da bebida enquanto eu fui saindo, essa dor está me deixando impossibilitada de raciocinar direito)
Agora que eu vim prestar atenção que na garagem tem dois carros e uma moto, o de sempre e um Jeep muito bonito branco novinho, porra Eduardo gosta de ostentar viu, cruzei os braços e fiquei esperando o bonito que saiu com a camisa no ombro exibindo o tanquinho delícia dele.
Entrou no carro novo e eu fui pro lado do passageiro, fiquei olhando pra ver se ele não ia colocar a camisa.
- Vai sair assim mesmo (apontei com a cabeça e ele me olhou sem entender ou fingindo) a camisa foi feita pra vestir e não ficar no ombro
- Mó calor morena (ligou o carro sem se importar)
- Realmente "mó" calor (segurei a barra da minha blusa e levantei um pouco)
- Porra tá doidona é (arquei a sobrancelha pra ele ver o quão doida eu estou) você não estava com com dor (falou puto)
- Eu não estava eu estou com dor mas não estou morta Eduardo (continuei segurando minha blusa pra ele ver que eu não estava brincando se ele fosse sem camisa eu iria só de top)
- Que porra viu (vestiu a camisa sem um pingo de vontade e deu a partida no carro
saindo da garagem)
Quando saímos os meninos que estavam na porta vieram tudo atrás, eu já estou até me acostumando a andar assim com seguranças na cola.
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Acaso Parte l (Concluída)
RomanceEduardo Castelli,32 anos dono do Vidigal uma das maiores favelas do Rio de janeiro, preso por 5 anos injustamente acusado da morte do irmão mais velho, sem cumprir nem metade da pena ele consegue liberdade por falta de provas, ele da Ary franco jur...