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Míni maratona 3/5

Anny narrando...


         Ele me olhou com um olhar ainda desconhecido pra mim, levantou com o prato em suas mãos o colocando dentro da pia, virou pra mim com um ar de mistério.

           - Notei que você ficou toda estranha quando viu que estava em uma favela, posso saber o porquê (cruzou os braços sobre o peito fazendo uma certa pressão marcando os seus músculos, foco Anny)

            - Eu não acredito que foi isso que te fez ir me persegui na faculdade.

            - Além de ver voce sim, eu quero saber o motivo, a burguesinha não gosta de se misturar com favelado não aí quando viu onde estava o encanto acabou ( ouvi aquilo me faz voltar ao tempo quando eu era acusada de ser a favelada da história como se aquilo fosse o maio pecado do mundo)

             - Olha eu não sei com que tipo de mulher você está acostumado a se relacionar, mas isso na lhe dá o direito de vim me ofender me chamando de preconceituosa, como eu te falei meus pais e meu irmão mora lá ( falei puta por conta da acusação)

            - E porque você mora aqui e não lá com eles ( seu tom era de intimidação )

             - Acho que isso não é da sua conta ( fui saindo mas ele me segurou puxando para perto dele qua uniu nossos rostos)

              - Tudo que diz respeito a minha favela é da minha conta sim ( falou entre os dentes me causando medo)

             - Eu não represento risco nenhum a sua favela ( ele sorriu e me soltou)

             - Não falei que representava ( vestiu sua camisa e olhou para os lados procurando algo)

             - Juro que eu não estou entendendo você ( coloquei as mãos no rosto, não sei o que ele está insinuando com essas perguntas que mais parecem acusações agora eu só não sei o motivo de está sendo acusada)

             - Acredite, voce não é a primeira pessoa que não entende ( ele muda de humor de uma hora pra outra,)

             - Então me explique ( falei calma e paciente)

            - Anny, você me viu na boate transou comigo ainda lá, depois aceitou ir pra minha casa sem nem me perguntar onde eu morava, passou a noite comigo e depois deu a louça pra ir embora e tudo só piorou quando saiu e viu onde estava.

              - Você nem me deixou acordar direito e já foi me dando um fora, você queria que eu fizesse o que e desse os parabéns por agir como um escroto filho da puta ( ele sorriu)

             - Eu posso me apaixonar pelos vulgos carinhosos que está me dando ( falou apontando pra mim)

             - Vai se foder Eduardo... Sai da minha casa agora e por favor me deixa em paz ( atingir o meu limite com o seu jogo)

          Ele veio caminhando até minha frente parando logo ali, me dando total visão do seu rosto lindo e de nossa diferença de tamanho, eu me sentia intimidada com aquilo)

             - Olha pra mim ( ele falou quando desviei o olhar) eu não te expulsei da minha casa de verdade tinha umas coisas pra resolver e não queria te deixar sozinha lá, você foi sem carro e eu não iria te deixar vim bora de táxi, eu não sou assim entendeu ( confirmei presa naquele olhar)

              - Poderia ter falado em um outro tom, Eduardo tudo aquilo foi novo pra mim e ali naquele momento eu me senti um lixo, como se você já tivesse pego o que queria e o resto estava jogando fora ( negou)

             - Desculpa juro que não foi minha intenção ( engoliu saliva) você acha mesmo que se eu tivesse pego o que eu queria eu estaria aqui agora, na verdade ontem querendo mais um pouco  ( neguei) então pronto, aquele dia não foi o suficiente, essa noite não foi e eu não sei quando vai ser ( lambeu os lábios)

            - O que isso quer dizer ( nao ataca entendendo nada que se passava naquela sala)

             - Isso quer dizer que começamos errado (estendeu a mão) prazer Eduardo Castelli eu tenho 32,anos e moro no Vidigal ( sorri, aquela cena parecia coisa de criança)

             - Anny Machado tenho 22 anos, moro no Leblon e curso administração ( ele sorriu) o que foi.

              - Novinha demais ( dei um tapa em seu peito)

               - Você que é velho demais ( sorri entrando no clima leve que estava agora)

                - Amo uma novinha, e se for gostosinha como você nem me fale ( mordeu o lábio)

               - Você não vale nada ( neguei com a cabeça e ele veio me beijar)

             Chupei sua língua que invadiu minha boca, ele segurava meu corpo junto ao dele, esse beijo era calmo sem pressa estávamos só apreciando um o sabor do outro e estava muito bom.

             Ele paro o beijo com vários selinho que foram descendo para o meu pescoço mas eu o parei.

             - Eduardo eu vou trabalhar, ( olhei para o relógio em meu pulso e já era mais de 9 horas se eu não corresse iria me atrasar )

               - Tudo vem, terminar de se arrumar que eu te levo ( neguei)

              - Eu vou de carro, ou então não vou ter como voltar e pior hoje que entro mais cedo na faculdade vou direto, e fora que já estou atrasada ( ele confirmou)

              - Não tem problema, eu te levo de moto aí peço pra alguém levar o seu carro e pronto.

             - Quem vai levar meu bebê  ( ele sorriu)

             - Um dos meus seguranças ( agora foi minha vez de ficar curiosa)

             - Seguranças ( ele confirmou) você vai me explicar porque aquele garoto te chamou de chefe lá no morro e porque você anda com seguranças( negou) Eduardo.

                - Na hora certa vou te explicar, mas antes você também vai me explicar umas coisas.

             Me dei por vencida sabia que ele não iria me falar nada, não agora então fui terminar de me arrumar pensando na montanha russa que foi minha noite de ontem e minha manhã.

             Acho que no fundo Eduardo é uma boa pessoa com uma bipolaridade, mas estou disposta a conhecer melhor e aproveitar o sexo maravilhoso que ele me proporciona, minha única preocupação é que minha mãe descubra e saber quem ele é de verdade.

            

        

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora