Anny narrando...
Fomos adentrando pelo meio da multidão, Eduardo me colocou em sua frente, uma mão em minha cintura enquanto a outro ele abria caminho, não demorou muito para estarmos subindo as escadas de uma área privada, tinha alguns seguranças do local mas ele não nós barrou claro eles sabem quem é esse homem, eles apenas acenaram com a cabeça para o Eduardo que acenou também de volta.
Andar por essa escada me trás lembranças do dia que conheci o Eduardo, nessa mesma boate só que eu estava com bastante álcool no corpo e com uma coragem sem tamanho, transei com ele em alguma escada um pouco mais escondida que essa, não me arrependo de ter feito a maior loucura da minha vida porque olha onde eu estou agora quase dois meses depois.
Mesmo com todas as crises de ciúmes e com sua mania de controle eu me sinto realmente realizada como mulher pois todos os dias ao seu lado ele me mostra o que é ser amada de verdade, ele me mostrar como e ter uma pessoa que se importa com seu bem está e com sua segurança.
O Eduardo faz de tudo pra me tirar um sorriso mesmo que isso cause uma perturbação pra ele e suas neuroses.
Nesses quase dois meses também eu conheci um lado meu escondido por mim mesma, eu nunca soube o quão ciumenta sou, acho que estou no mesmo patamar que ele nesse quesito porque quando eu vejo uma mulher olhando pra ele me dá vontade que acabar com elas com minhas próprias mãos e me condenem quem quiser, sei que outras mulheres não iriam gostar de ver seus namorados sendo cobiçado e gostar disso, porque comigo tem que ser diferente, de jeito nenhum.
O primeiro rosto que eu vejo assim que coloco o pé dentro daquele espaço é o da Natália que não está nem um pouco convidativo para uma conversa, ela está segurada a barra de proteção e o Diogo a segura por trás enquanto fala alguma coisa ao pé do seu ouvido e isso a faz ficar com ainda mais raiva.
O local tem outras pessoas incluindo mulheres quase nua, rebolando na frete da alguns homens cobertos por ouro, eles não parecem vim de favelas e sim de escritórios pois mesmo com ouro pesando o pescoço no corpo eles vestiam ternos perfeitamente cortado sobre medida dando a entender que além de traficantes eles são grandes empresários.
Eduardo me conduz até onde seu amigo e minha nova colega estão, o som alto do local me impede de falar que não era a hora certa pra chegar neles acho que estão precisando um pouco de privacidade mesmo ali sendo impossível uma coisa dessa.
Quando ela notou nossa presença me deu um sorriso que transmitia alívio, acho que minha chegada a fez bem diante do que seu marido a falava.
- Oi ( os cumprimentei mas fui direto até ela dando um abraço, e surreal que como uma amizade nova de esse sentimento bom que eu sinto por ela)
- Oi ( Diogo me responde e a Natália também ainda com o rosto na curva do meu pescoço)
Os dois amigos fizeram um Tok de mão e eu me voltei pra grade olhando lá pra baixo esperando encontrar meus amigo, olhei para todos os lados mas pela quantidade de pessoas seria de fato impossível os encontrar assim.
Peguei meu celular em minha bolsa mandando mensagem pra Tereza que por sinal parecia está com ele em mãos porque não demorou nada para minha mensagem ter uma resposta." Estamos na lateral do bar central, perto da saída de emergência"
Voltei meu olhar até lá e os vi de longe encostados no bar me procurando por todos os lados, sorri com aqueles dois juntos até pareciam um casal.
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" Olha pra cima a direita de vocês, estou em um tipo de reservado vem pra cá vou liberar a subida dos dois"Quando ela recebeu a mensagem automaticamente seu olhar veio na minha direção e assim que me viu ela acenou com a mão e eu os chamei.
Olhei pra trás vendo o Eduardo ainda emergi a uma conversa muito importante com o Diogo, em sua mão esquerda tinha um copo com um líquido dourado e na direita um cigarro que parecia não ser de maconha.
- Espera vou falar com o Eduardo ( virei falando com a Natália em seu ouvido ela apenas balançou a cabeça)
Fui passando por umas pessoas até chegar perto e tomar a atenção dos dois.
- O que foi ( Eduardo me perguntou preocupado)
- Encontrei a Tereza e o Jean, quero eles dois aqui comigo ( respondi e ele fez uma cara não muito boa)
- A loirinha pode ser mas...
- Não tem MAS Eduardo, ou os dois sobem ou em desço pra curtir com eles, você escolhe ( ele revirou os olhos enquanto seu amigo reprimiu um sorriso)
Ele pegou o celular e digitou alguma coisa, eu bati palmas de felicidade indo até ele dando um selinho molhado.
- Vou cobrar isso mais tarde, quando você estiver em minha cama ( falou no pé do meu ouvido me fazendo arrepiar toda)
- Pode cobrar e caso esqueça vou fazer questão de te lembrar ( olhei pro seu copo) e providencia um pra mim que eu também quero beber ( falei indo pra escada esperar meus best )
Dei as costas a ele e fui saindo, fiquei ali no topo até ver o dois subindo, agora sim meu fim de semana vai começa, por mais que sempre cada um vai para um lado com uma pessoa o começo tem que ser com os três juntos.
Antes mesmo deles chegarem encima sentir dois longos braços me envolvendo pela cintura e um cheiro inconfundível invadi minhas narinas.
- Isso tudo é ciúmes Eduardo ( ele sorriu encostando a boca na minha orelha)
- Não, tô apenas cuidando do que é meu ( depositou um beijo em minha orelha e não teve como não sorri, ele usou minhas próprias palavras contra mim)
Me soltei dos braços dele e fui abraçar meus amigos que tinham acabado de subir.
Primeiro eu fui na minha loira que estava linda como sempre.
- Que privilégio é esse em dona Anny, no espaço vip ( falou toda animada como se não soubesse o motivo pelo qual estamos aqui em cima)
-Nao é pra qualquer uma não (completei sua frase)
- Não é mesmo ( Jean falou as suas costas e eu dei um sorriso saindo do abraço da Tereza e indo até ele, também dei um abraço mas um pouco mais acatado não vou fazer com o Eduardo o que eu não quero que ele faça comigo) Iae baixinha (ele completou bagunçando meu cabelo como sempre)
Sorri e fui fazer as apresentações como sempre, mesmo que o Eduardo conheça os dois é questão de educação, levei eles e os apresentei para a Natália e o Diogo que tinha um semblante sério para o Jean, homem escroto é assim mesmo nao pode ver um suposto concorrente que mete a marra de machão.
Depois de todos devidamente apresentados e cada um está com um copo em suas mãos a balada começou oficialmente.
Tereza eu e Natália ficamos dançando no ritmo da batida que o DJ soltava e estava maravilhoso, notei os olhares do Jean em uma mina que estava do nosso lado, eu falei para o Eduardo que ele não fica por muito tempo do nosso lado.
Eduardo e o Diogo conversavam um pouco mais afastados mas sem tirar a atenção ao nosso redor, sei que pra eles não é uma coisa fácil relaxar pois eles estão sempre tensos e em alerta como se a qualquer momento uma bomba fosse explodir.
Já dancei como se não houvesse amanhã, agora o Eduardo está nas minhas costas beijando meu pescoço enquanto fala um monte de besteira em meu ouvido.
Tem pouco tempo que ele voltou com o Diogo não sei onde ele foi mas sua saída foi rápida mas em compensação voltou com vários outros seguranças inclusive o preto que está do nosso lado, depois disso ele não saiu mais do meu pé, enquanto eu danço ela fica atrás de mim.
- Preciso ir no banheiro ( viro pra ele falando perto do seu ouvido)
- Vai lá ( apontou com a cabeça) chama uma das meninas, tem um ali atrás perto do escritório, mas se você quiser te dou a chave e você vai no de dentro do escritório ( estranhei ele não querer ir comigo, ele estava estranho mas nem vou entrar nessa)
- Me dá ( estendi a palma da mão para ele me dá as chaves, se eu tenho a opção de ir em um banheiro mais privado eu vou)
Ele bateu a mão no bolso e colocou dentro voltando com algumas chaves em um chaveiro, procurou e me deu separada.
Olhei pras meninas e a Natália já estava de love com o Diogo e a Tereza de conversa com um rapaz bem bonitinho, Jean não tenho ideia de onde esteja, me virei indo sozinha não estou afim de atrapalhar ninguém, de princípio pensei que iria ser barrada por está indo sozinha ou então algum segurança iria comigo mas não ele realmente me deixou vim só, não sei se fico feliz ou preocupada com essa atitude dele.
Passei em meio as pessoas até chegar em uma porta bem elegante, acho que aqui deve ser o escritório da administração e esse lugar só fica quem tem um certo poder pois tem até um bar privado do resto.
Abri a porta sem dificuldade, entrei vendo o quão bonito era aquele lugar, todo montado com móveis escuros e detalhes de couro marrom.
Fui para o banheiro e fazer logo o que vim tazer, assim que terminei lavei minhas mãos e fui saindo, mas quando abri a porta dei de cara com uma figura que eu vinha fujindo nesses últimos dias, travei no lugar enquanto ele olhava com fúria e ódio.
- Cansou de tentar da o golpe em pessoas de classe pra pegar homem da sua laia favelada ( Murilo falou entre os dentes enquanto travava o maxilar)
A porta as suas costas abriu e foi fechada as presas.
- Não ela só cansou de ficar com otária metido a besta que não passa de um bosta pra ficar com um homem de verdade ( Eduardo falou todo calmo, mas com um olhar mortal para o Murilo que estava bem perto de mim) agora sua conversa vai ser comigo seu covarde, eu joguei a isca e você caiu nela feito um peixe que morre pela boca ( olhou pra mim) morena vai saindo que o preto tá te esperando aí fora ( minhas pernas estavam fincadas no lugar, meu corpo tremia,)
- O que tá acontecendo aqui ( as palavras saíram da minha boca, eu sabia que tinha um propósito para o Eduardo me deixar vim só, ele sabia que o Murilo estava por aqui e sabia de quem ele se tratava)
- Não tá acontecendo nada, ( o Eduardo olhou para o Murilo sorrindo) mas logo logo vai acontecer.
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Acaso Parte l (Concluída)
RomanceEduardo Castelli,32 anos dono do Vidigal uma das maiores favelas do Rio de janeiro, preso por 5 anos injustamente acusado da morte do irmão mais velho, sem cumprir nem metade da pena ele consegue liberdade por falta de provas, ele da Ary franco jur...