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Edu narrando...

              Depois de matar a saudade da Anny dentro do carro mesmo, trouxe ela pra casa, não sei nem quanto tempo ficamos dentro daquele carro só sei que foi tempo suficiente pra eu ficar mortão de cansado e de quebra rasga aquele pedaço de pano que ela chama de blusa, fingi que meu relógio enganchou nas correntes e puxei de vez pronto resolvido o meu problema, uma tira de pano a menos para eu me preocupar, entreguei minha blusa a ela e voltamos.
             Ela de uma hora pra outra chorou eu nem entendi nada, perguntei e tudo mas ela só falou que tá saudade acreditar eu não acreditei mas fazer o que né depois eu vejo o que foi e resolvo tudo, vai que é só coisa de mulher mesmo.
             No caminho de volta ele veio quase dormindo toda encolhida no banco que eu quase deitei todo pra ela, assim que chegamos em casa ela subiu e eu voltei pro lado de fora da casa, precisava falar com os meninos pra tirar uma coisa da minha cabeça.
                  - Ainda bem que você voltou chefe nois não queria te chamar não( Will falou vindo com o goiaba, se ele falou isso é porque estou certo)
                  - Tinha um carro seguindo o meu não era ( eles me olharam surpresos mas confirmaram)
                  - Saiu duas ruas depois da boate e passou direto quando subimos aqui ( neguei)
                  - Pegaram a placa ?
                  - Pegamos mas se for alguém querendo alguma coisa a placa deve ser falsa ( confirmei)
                  - Mesmo assim, se for falsa vou ter certeza que estão atrás de mim ( eles confirmaram,) fala com o coruja e manda ele ver se tem câmeras naquela rua ou  outra que de pra ver quem sai das ruas ao redor da boate (ele confirmou)
                   - Você tem alguma suspeita (confirmei) e de outro morro (olhei pra ele sério)
                   - Faz o que eu mandei que na hora certa vai ficar sabendo, quero segurança redobrada na entrada e ali embaixo também ( apontei pro começo da rua e ele confirmou) outra coisa, quando o Anderson irmão da minha mulher chegar manda ele subir até aqui.
                    - Meu turno acaba as sete ( cocei a cabeça)
                    - Passa a informação pra quem for ficar no seu lugar ( balançou a cabeça)
            Não sei o que esse investigador de merda tá pensando não ficar no meu pé, sei que ele não tem nenhuma prova de algum crime meu então não sei qual o fundamento dessa perseguição comigo.
           Entrei encontrando a Anny jogada de todo jeito no sofá, ela fica bebendo muito pra ficar assim depois falta morre de dor de cabeça e eu que aguente, e se ela dormir aqui vai ser pior ainda.   
                    - Vamos Anny bora subir ( chamei me abaixando do seu lado, a resposta que ela me deu foi se virar pro outro lado falando alguma coisa que eu não entendi) amor vamo pro quarto ( desistir pois agora ela nem se mexeu)
              Guardei a chave e fui na cozinha beber água, de quebra já peguei uma garrafinha e um compromisso de dor, não tô afim de descer tá pegar não.
              Peguei ela com cuidado pra não derrubar, porra não sei o que deixou ela assim não tava boa a pouco tempo com um fogo miserável dentro do carro.
              Coloquei ela na cama, deixei a garrafa de água junto do comprimido encima da mesa de cabeceira, fui até ela tirando aquela sandália doida cheia de tira nas pernas, foi uma luta mas consegui, e puxei a saia isso seria o máximo que iria conseguir pra deixar ela confortável, cobri ela com o edredom e liguei o ar, deixei ela e fui tomar um banho, depois de terminado coloquei só uma bermuda sem cueca mesmo e me joguei do lado da beba na cama, fiquei olhando pra ela porra como eu tava com saudade de ter ela em minha cama, esperto não passar por isso outra vez porque é de foder qualquer um.
               Não resisti e fui pra perto dela colocando minhas pernas sobre ela só assim ia conseguir dormir, dito e feito apaguei que nem vi.
            Acordei com o vazio do meu lado, o quarto ainda tava escuro por causa das cortinas mas sabia que já era tarde, ouvi um barulho de alguém tossindo vindo do banheiro e levantei de um pulo só, abri a porta e a Anny tava no box tomando banho e aí mano tempo vomitando, ela segurava nas paredes como se não conseguisse ficar de pé.
                - O que foi ( abri a porta do box com ela negando com a cabeça e com uma das mãos mandando eu me afastar) para de coisa você vai cair ( tentei segurar mais ela não deixou)
                - Sai Eduardo ( vomitou mais) isso é nojento ( ela fazia uma cara feia toda vez que vomitava)
             Comecei a sorri de como ela estava, eu sabia que ia dá merda, ela não bebeu muito mais saiu tomando uns goles do copo de cada um, até parar na bebida rosa.
             Ela não ficou bêbada mas a ressaca vai matar ela, não sei como uma pessoa que não tem costume de bebê sai misturando tudo, neguei com a cabeça e sai do box deixando ela lá, mas não sai do banheiro, escovei os dentes e joguei uma água no rosto, depois dei uma mijada e fiquei esperando a bebinha.
              O chuveiro desligou e a porta do box foi aberta, ela saiu se segurando nas paredes e eu fui ajudar levando a toalha, ela tava toda tremendo e estranhei isso.
                   - Você bebeu o que quando eu fui no banheiro (segurei ela passando a enrolando na toalha)
                  - Aquele drink de morango e o pouco de whisky, voce viu ( neguei)
                  - Eu vi você bebendo o resto do copo da doida da Tereza ( falei um pouco alterado só de imaginar o que tinha ali) ela usa outras coisas Anny ( ela me olhou estranho, da Tereza eu espero tudo, só não espero que ela dê essas coisas pra Anny)
                  - Não ( balançou a cabeça) acho que não, mas se tinha alguma coisa na bebida dela ela não sabia se não ela não teria deixado eu beber.
                  - Tinha alguma coisa sim não tenho dúvida, olha pra você aí toda tremendo ( já vi muito moleque assim depois que usa droga a primeira vez) bora deitar, você tem que dormir mais um pouco
                 - Eu não tenho roupa aqui ( falou querendo chorar) vida minha cabeça vai explodir ( tapou os olhos)
                 - Não precisa chorar amor ( isso só fez ela chorar de verdade)
            Coloquei ela nos braços e levei até a cama a sentando na ponta, fui no guarda- roupa peguei uma blusa e vesti nela que tava mole, porra se aqueles meninos do bar estão fazendo o que eu tô pensando não sei nem o que eu vou fazer com eles, porra colocar droga na bebidas das mina isso não é coisa de homem não, depois eles fazem isso com uma pessoa importante eu me fodo todo com um processo fora que isso suja meu nome.
                   - Não chora amor, deita aí que vou providenciar alguma coisa pra você comer, já tá na hora do almoço ( ajudei ela a deitar)
                   - Eu não quero comer se não vou vomitar outra vez, só quero que isso passe logo ( segurou na cabeça)
                   - Tem remédio aqui ó ( peguei encima da mesinha) mas você tem que comer e tomar muito líquido pra isso sair do seu sangue, fica aqui que eu já volto.
            Sai deixando ela toda encolhida na cama, não me faltava mais nada nessa porra, federal na minha cola e minha mulher drogada, e o pior é que não posso resolver nada agora com ela desse jeito porque não tem condição alguma de mandar ela pra casa desse jeito, a mãe dela é dona de farmácia sei que vai sacar rapidinho o que ela tem e isso vai sujar pro lado da Anny e eu não quero.
            Pego o telefone e ligo pro irmão dela e conto o que aconteceu, ele falou que a Tereza tá de boa mas ela falou a ele que já usou algumas vezes então não seria a primeira vez, expliquei o que ele tinha que fazer e falar quando chegasse em casa pra ninguém desconfiar de nada.
             Agora eu preciso resolver sobre quem tá fazendo isso na boate .
                  •Fala chefe ( ioiô atendeu de primeira)
                  •Quero você aqui na minha casa o mais rápido possível.
                  •O que tá pegando.
                  •Ta pegando que tem alguém drogando as mulheres nas boates e fizeram isso com minha mulher.
                  •Que loucura é essa tá doidão.
                  •Doidão o caralho, a Anny tá aqui passando mal toda tremendo, ela não bebeu muito não.
                  •Chefe, tão drogando as mina ou só fizeram isso com sua mulher mesmo ( desliguei o telefone)
          Eu não tinha imaginado isso, será que fizeram isso mesmo no copo da Tereza ou foi no copo da Anny.
                 
                   
              
                    
       

         

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora