Acaso Parte l (Concluída)

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Anny narrando...

         Comecei a tremer ao ouvir que o Eduardo iria no banco atrás do Murilo, ele tá muito nervoso.
           - Eduardo se você fizer isso eu vou perder meu emprego ( entortou a boca jogando as mãos pra cima)
           - Não vai perder nada, e se perder não pega nada.
           - Pega sim eu preciso do meu salário para pagar minhas contas ( virei as costas tentando sair da cozinha sem corta o pé nos cacos de vidro que estavam espalhados por ali)
             - Vai se cortar morena( Eduardo falou nas minhas costas e eu olhei por cima do ombro, ele veio e me tirou do chão na maior facilidade me levando até a sala me colocou no sofá e foi saindo e eu o segurei)
             - Eduardo (  ele nem me deixou terminar)
             - Já dei meu papo Anny é isso ( falou e saiu, me arrumei no sofá em posição fetal, minha cabeça girava pensando em tudo isso, não sei quando tudo isso vai acabar)
            Agora mais que nunca eu quero o outro emprego, com isso eu iria ficar longe dele e de quebrar atuar na minha área.
            Eu ouvia o Eduardo esbravejando na cozinha enquanto limpava sua sujeira, dá pra ver em seu rosto o quanto o afetou saber, olha que eu nem falei tudo mas o que eu falei foi bastante pra ele se transformar em outra pessoa.
            Isso pra mim é torturante saber que eu entrei em uma relação lixo e que agora isso tá afetando não só a mim mas também as pessoas do meu lado que querem me proteger de um psicopata.
           Sei que o Eduardo não é qualquer pessoa mas meu medo é justamente isso, medo do Murilo de alguma forma o prejudicar se isso acontecer eu nunca me perdoaria.
           Fechei meus olhos na tentativa de dormir de uma vez e acabar com essa angústia que está me consumindo.
           Quando comecei a pegar no sono senti meu corpo sendo levantado, abri os olhos e o Eduardo estava me carregando em direção ao seu quarto, o cheiro dele me acalma de uma forma que eu nem sei explicar, eu antes jurava que amava o Murilo por isso aceitei tudo mas agora com o Eduardo do meu lado sei que aquele sentimento nunca foi amor, o Eduardo entrou na minha vida rápido e já conseguiu me conquistar só tenho medo do dia que isso acabar.
            Antes dele me colocar na cama eu voltei a fechar os olhos, não adianta eu querer entrar em uma com ele se eu sei que vou perder, agora eu só peço a Deus para que nada aconteça a ele.
            Não sei ao certo que horas eu peguei no sono só sei que acordei por conta do peso em meu corpo, quando abri os olhos vi que o peso era o Eduardo que estava praticamente me fazendo de colchão acho que ele não tem noção do seu tamanho ou então tá com medo que eu fuja.
           Fui saindo devagar para não acordar mas como sempre não funcionou.
            - Você não consegue dormir uma noite toda não sempre tem que me acordar (ele falou já olhando pra mim ainda de barriga pra baixo)
            -E você já viu o tamanho da sua cama pra que ficar encima (sentei na cama e ele se virou )
            -Passou a dor de cabeça (confirmei levantando da cama e indo até o banheiro)
           Voltei pro quarto e ele já estava sentado na cama fumando, o negócio fedorento do inferno.
            - Sério que você tem que fumar aqui dentro com tudo fechado Eduardo (falei tampando meu nariz)
          Ele só arqueou a sobrancelha como resposta, pra ele isso é natural pra mim não, mas como a casa não é minha.
           Abri a porta e sai do quarto, minha barriga tá doendo de fome ontem eu não comi nada.
           Cheguei na cozinha indo direto pra geladeira vi que a cartela de remédio ainda estava ali, peguei o de cólica e tomei outro porque ela continua aqui.
           -Voce não falou que tinha passado a dor (Eduardo falou da porta me olhando)
           O filho da puta tava usando apenas uma cueca box branca bem baixa mostrando a marca da sua virilha, literalmente eu babei.
           - Só a dor de cabeça passou a cólica não (ele balançou a cabeça )tem alguma coisa pra comer aqui ( eu estava pisando em ovos ali, estou com medo de falar qualquer coisa que vá se voltar ao assunto Murilo)
            -Tem umas coxinhas aí na geladeira você pode esquentar no microondas ( sorri pois eu amo coxinha)
            - Sabe que horas é essa ( perguntei enquanto pegava as coxinhas e colocava pra esquentar)
             - Duas da manhã, você apagou eu te coloquei na cama e depois ainda dei uma saída quando voltei você estava do mesmo jeito fui até olhar se tava respirando ( falou sorrindo, andei até ele o abraçando e ele me abraçou de volta)
             - Ficou preocupado foi ( tirei com a cara dele)
             - Claro porra se tivesse morta eu ia ter que trocar de cama (falou com cara de riso)
             - Você é muito idiota Eduardo ( cruzei os braços e ele me levantou me colocando sentada no balcão com a maior cara de tarado se enfiou no meio das minhas pernas)
             - E você é muito gostosa ( beijou minha boca com intensidade, o gosto da maconha ainda estava em sua boca mais também tinha gosto de menta, o beijo desse homem tem o poder de deixar qualquer mulher excitada, ele foi descendo pelo meu pescoço enquanto suas mas apertavam meus peito, fomos interrompidos pelo bip do microondas)
             - Deixa eu ir comer porque estou morrendo de fome ( ele deu sorriso )
             - Eu também estou ( arqueou a sobrancelha)
              - Para menino ( pulei do balcão com sua ajuda) não sabe pensar em outra coisa ( me abraçou por trás dando uma chupada em meu pescoço)
               - Eduardo ( o repreendi passando a mão onde ele chupou, com certeza vai ficar roxo) vai ficar marcado.
               - A intenção é essa, quero que todo mundo saiba que você tem dono morena e ele sou eu ( esse homem e louco)
              - Não sou vaca pra andar marcada ( peguei uma latinha de coca na geladeira)
             - Não, você só é minha gostosa ( ele parecia mais leve que ontem e estou gostando muito disso)
             Sentei pra comer e ele ficou do meu lado, conversamos sobre coisas aleatórias ele me contou o motivo dele ter sido preso e que seus pais o culpam pela morte do irmão e achei escrota a atitude deles mas não falei nada a ele.
            Contei também o motivo de não morar com os meus pais, falei que fui tirada de uma hora pra outra sem nem saber o motivo, parecíamos um casal normal conversando na cozinha de casa, nem parecia que ele um traficante procurado pela polícia.
           Quando voltamos pra cama ficamos ali namorando um pouco até que ele voltou a ficar tenso outra vez.
            - O que foi ( perguntei curiosa e ele simplesmente abaixou a cabeça)
            - Anny precisamos conversar.

Meninas se estiverem gostando compartilha a história com suas amigas e me ajudem, vi tbm que só um foi me seguir no Instagram 🥺 assim eu fico triste e demoro a postar.
Bora lá que eu trago outro capítulo.