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Anny narrando...


             Uma semana na verdade quase uma semana se passou desde o dia do baile, nossa nem eu mesma entendo aquele dia tava tudo tranquilo de boa fui pro carro com o Eduardo transei com ele feito uma louca e do nada eu caí, já cheguei em sua casa perdendo a consciência com um sono incontrolável que só deu tempo de chegar até o sofá e me jogar nele, daí eu só lembro de acordar no outro dia com uma quentura no corpo horrível, levantei segurando nas paredes e fui até o banheiro já tirando a blusa do Eduardo que eu nem lembro como foi parar no meu corpo, abri o chuveiro e foi instantâneo joguei tudo que estava no meu estômago pra fora um líquido rosa que era puro álcool, eu sentia um calor e ao mesmo tempo um frio fora do normal.
             Passei o dia na cama sem consegui comer nada, o Eduardo saiu e quando voltou foi com uma enfermeira pra tirar o meu sangue assim como de uma hora pra outra a Tereza apareceu lá para também tirar sangue, dizendo o Eduardo ele precisava saber se colocaram drogas no meu copo ou foi no da Tereza, eu não sei de que isso importa já passou mesmo, não tem mais o que ser feito.

              Agora estou terminando de ensaiar pela última vez o meu TCC, hoje eu quiz fazer isso sozinha não queria ouvir ninguém dando palpite do que tá bom ou ruim, amanhã será o grande dia e pronto acabou, foram quatro longos anos de muita dedicação, longos anos tendo que conciliar trabalho com estudos e vida pessoal não foi fácil mais eu consegui.

  (...)

            Levantei cedo tentando tirar todo o estresse do corpo e da mente, agradeço por ter escolhido voltar pra casa essa semana mesmo contra a vontade dos meus pais eles me queriam lá eu queria minha paz.
            O Eduardo também ficou puto com isso, queria até vim pra cá mais eu falei que não que eu precisava me e conectar com meu último trabalho da faculdade, ele bufou mas aceitou só que a cada hora chega uma mensagem perguntando onde eu tô, as vezes eu respondo e as vezes desligo o celular.
           Tomei um banho bem gostoso pra dá uma acordada, voltei para o quarto procurei uma roupa de academia, mesmo só indo malhar mais tarde tô querendo fazer uma caminhada na praia, tomar uma água de côco, coisa que eu nunca mais fiz, te o meu tempo.
            Combinei com as meninas mais tarde aqui em casa, vamos conversar e comer muito tomando um belo vinho e assistindo um belo filme.
            Peguei uma bolsinha colocando na cintura pra poder levar dinheiro, na volta da caminhada preciso passar no mercado e comprar uns queijos e vinhos para a noite, não sei cozinhar então só posso fazer isso.
             Sai de casa rumo ao praia, o dia estava lindo céu azul, poucas nuvens clima agradável nem muito quente e nem muito frio.
              Atravessei a rua correndo e já peguei o embalo, conectei meus fones e fui corre, tentei me desligar de tudo enquanto ouvia meu rock.
               Tinha horas que eu me sentia observada, virei a cabeça algumas vezes na intenção de ver de quem se tratava mas não tinha nada, apenas as pessoas que corriam junto comigo, as vezes eu acho que estou ficando pilhada igual ao Eduardo e não sei se isso é bom.
                 Depois de uma hora intercalando caminhada e corrida eu parei em um quiosque, pedi uma água de côco enquanto olhava as mensagens no celular, a primeira foi do Eduardo perguntando se eu ia pra casa dele depois da apresentação e só aí lembrei que não contei meus planos a ele, avisei que não que iria ficar por aqui hoje mesmo com as meninas, ele nem me respondeu apenas saiu do WhatsApp muito surtado, quer tudo na hora dele e não é assim que funciona, não vou deixar de viver minha vida pra viver a dele não.
                Fui responder o pessoal do grupo que estavam puro nervo, fiquei sorrindo com elas contando dos sonhos que tiveram com tudo dando errado, eu nem sei se sonhei e se sonhei não lembro com que foi.
               Tomei minha água e fui embora, comprar as coisas, foi bem rápido e logo eu já estava entrando no elevador, abrir a porta e fui guardar as coisas, hoje não vou cozinhar na verdade eu nem sei direito.

(...)

               Sai da faculdade com a sensação de dever cumprido, passei nessa porra e com nota máxima, estou muito orgulhosa de mim mesma, mandei mensagem pra todos avisando, nossa eu estava muito feliz, não perdi meu tempo de falar com o Eduardo porque sei que ele tá de birra por eu não ir pra lá mais tarde, e eu não vou mesmo tem que para de pensar que o mundo gira em torno dele só por ele ser quem é.
               Lembranças da nossa última briga por esse mesmo motivo vem a minha mente, aquele policial no meu prédio me fazendo mil perguntas e me assustando, engoli a seco e tentei não deixar aquilo me afetar hoje em um dia tão especial.
               Entrei no carro dando a partida, o relógio marcava dez e dez da noite, não demorou muito pra eu chegar em casa ao mesmo tempo que as meninas, Tereza com o seu carro e a Natália com o dela, já tinha avisado o porteiro sobre elas, sai do carro e a Tereza correu até mim.
                  - Minha bebê tá crescendo ( me abraçou, começamos a rodar ali no estacionamento parecendo duas lá loucas) agora oficialmente você é uma ADM formada (seus olhos estão vermelhos em sinal que estava chorando, é tão bom ver que alguém torce por mim)
                   - Sim (respondi com a voz trêmula) eu consegui ( limpei a primeira lágrima que desceu)
                    - Claro que você conseguiu, eu nunca duvidei disso ( eu sim, principalmente quando o Murilo enfiava um monte em minha cabeça sobre casamento e eu não precisar trabalhar e nem estudar, por algumas vezes pensei em desistir só pra agradar ele)
                    - Tem espaço pro meu abraço ( Natália falou sem jeito vindo para o meu lado, aceitei seu abraço não a conheço a muito tempo mas ela já é importante pra mim)  parabéns Anny , você merece isso e muito mais por ser essa mulher maravilhosa ( isso foi o suficiente para começar uma crise de choro, não de tristeza e sim de alegria)
                       - Obrigada Natalia, é muito bom ter você aqui comigo em um dia tão especial ( ela sorriu)
                       - Vamos subi porque eu to morrendo de fome, preciso comer jogada no sofá ( essa loira não existe)
                       - Vamos Tereza porque você com fome nem o diabo aguenta.
  

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora