Anny narrando...
Juro que fiquei sem reação, minhas mãos estavam suando presas ao volante, o olhar desse homem me causa medo parece que ele tira toda minha roupa assim.
- Tá querendo subir pra curtir o baile (neguei, eu nem estava pensando nisso)
- Não, eu só preciso falar com o Eduardo ( ele sorriu como se eu tivesse falado alguma piada)
- Aqui já funciona assim não, solta o papo quer falar o que com ele ( engoli .seco pensando que foi um erro aparecer assim sem avisar, ele é chefe tem muitos homens até chegar nele, tudo por questão de segurança)
- Só com ele, fala com ele e avisa que a Anny está aqui ( ele olhou sério)
- Patricinha não tenho tempo pra essas paradas não, muito menos o chefe então vai descendo vai ( neguei)
- Você me viu no carro dele outro dia, ( falei na tentativa de ser liberada)
Ele coçou a cabeça com um sorriso escroto nos lábios e eu senti como se tivesse acabado de comer uma pedra de gelo.
- Eu já vi várias, não consigo guardar o rosto de todas não, acho que hoje já vi até uma ( me mexi desconfortável, com raiva será que é verdade, coloquei meu cabelo atrás da orelha, vou deixar pra lá sei que não vou conseguir nada aqui e também não quero ligar pra ele eu queria fazer uma surpresa.
Liguei o carro com os olhos embaçados pelas lágrimas que ameaçam cair.
- Índia ( olhei pro lado e vi o preto vindo pra mais perto, senti a esperança voltar para o meu corpo) tá fazendo o que aqui( olhou para o lado) libera a entrada dela.... Encosta aqui (me mostrou o meio fio e eu fui pra poder liberar a passagem)
- Nossa obrigada preto ( falei saindo do carro e recebendo olhares de todos ali)
- Veio pra casa dos seus pais ou curtir o baile( neguei)
- Nem um nem outro eu vim falar com o Eduardo ( ele me olhou torto)
- Vocês estão se vendo, então foi por isso que ele faltou me matar pra eu te dá meu número ( falou sorrindo)
- Foi você seu linguaruda ( dei um tapa em seu ombro)
- Eu queria continuar vivo índia, mas se você queria falar com ele não subiu porque, e tá no baile.
- Porque aquele homem falou que não era assim não e me mandou voltar ( ele fez uma cara feia)
- Cabeça não aprende não, bora que eu te levo lá, mais aí você vai ter que me contar o que tá rolando entre vocês ( sorri negando com a cabeça)
Olhei pra trás e o tal cabeça me olhava com a cara feia, entrei no carro e o Júnior entrou também e foi me dizendo por onde ir.
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Acaso Parte l (Concluída)
RomanceEduardo Castelli,32 anos dono do Vidigal uma das maiores favelas do Rio de janeiro, preso por 5 anos injustamente acusado da morte do irmão mais velho, sem cumprir nem metade da pena ele consegue liberdade por falta de provas, ele da Ary franco jur...