Anny narrando...
Ouvi longe o som da campainha, me mexi na cama sentindo um peso sobre minhas pernas, olhei para o meu lado e lá estava o Eduardo apagado e suas pernas longas encima das minhas.
Novamente a campainha foi tocada mas eu estava tão lerda que meus movimentos eram em câmera lenta, quem deixou alguém subir essa hora.
Levantei um pouco pegando o celular e já era quase oito horas da manhã, porra, esbravejei um pouco alto.
- Quem vem na sua casa essa hora ( Eduardo falou ainda de olhos fechados virando para o outro lado)
- Vou saber agora ( falei saindo do quarto, nem me liguei que estava vestindo apenas a blusa de moletom, ontem a noite nem fizemos nada de mais só que tirei minha calça porque o bonito derrubou refrigerante nela)
Nem olhei no olho mágico apenas abri a porta dando de cara com o Jean, até estranhei sua falta de roupa de trabalho pelo horário.
- Que sono da morte Anny , não sei a quanto tempo eu toco isso ( falou já entrando, baixei um pouco a blusa tentando não ficar tão nua em sua frente)
- Não era pra você está trabalhando não Jean, eu falei que não ia treinar hoje ( tentei falar alguma coisa antes de mandar ele voltar, sei que se o Eduardo aparecer aqui não vai prestar)
- Vim te ajudar, não ia deixar você na mão não minha linda.
- Se ela precisar de alguma coisa eu já estou aqui pra isso ( a voz grossa do Eduardo tomou a sala deixando um clima constrangedor entre nós três) tá pegando o que que você tá precisando de ajuda ( ele perguntou me olhando dos pés a cabeça entortou a boca reprovando aquilo)
- Quem é ele Anny ( Jean perguntou confuso e eu ouvi o Eduardo estalar a língua)
- Pergunta a mim rapaz ( engoli seco) sou o namorado dela ( apontou com a cabeça pra mim ali dava pra senti o climão entre os dois, Jean é meu amigo que sempre me ajudou quando eu precisei não precisa disso)
- Eduardo esse é o Jean meu melhor amigo, e Jean esse é o Eduardo meu namorado ( falei meio sem jeito, só a Tereza sabia da existência dele ainda não tinha comentado nada então para o Jean essa é uma novidade completa já que ontem mesmo ele tava querendo um beijo)
Jean intercalou o olhar entre o Eduardo e eu, mas depois estendeu a mão a ele, Eduardo olhou pra ele como se quisesse o matar mesmo assim pegou em sua mão, soltei o ar que estava prendendo.
- Que ajuda é essa, você não me falou nada ( Eduardo perguntou com a sobrancelha arqueada, baixou seu olhar para minhas pernas e negou com a cabeça)
- Meu carro não está ligando, por isso que o Jean foi me buscar na faculdade ontem, e por isso ele está aqui agora ( me expliquei)
- Ela não entende nada dessas coisas aí imaginei que ela estivesse pirando agora por isso cancelei minhas aulas da parte da manhã ( Jean falou na maior leveza do mundo)
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Acaso Parte l (Concluída)
RomanceEduardo Castelli,32 anos dono do Vidigal uma das maiores favelas do Rio de janeiro, preso por 5 anos injustamente acusado da morte do irmão mais velho, sem cumprir nem metade da pena ele consegue liberdade por falta de provas, ele da Ary franco jur...