Anny narrando...
Minha sexta feira foi uma merda, depois de conversar com o Eduardo e descobri quem ele realmente é minha cabeça trabalhou mil vezes mais.
Hoje é sábado e agora estou esperando o pessoal pra fazer o trabalho, nem todos vão poder vir por mim eu teria desmarcado e remarcado para outro dia já que ainda temos um tempo para entregar.
O porteiro interfonou dizendo que o Gabriel tinha chegado me fazendo revirar os olhos, tinha que ser logo ele o primeiro a chegar, olhei no relógio e já era quase cinco da tarde, liberei sua subida e esperei ele tocar a campainha o que não demorou muito.
Fui abri e o vi com um sorrisão no rosto, eu tenho um ranço desse homem tão grande só por conta da sua inconveniência.
-Oi gata quem já chegou ( perguntou olhando enquanto entrava)
- Você é o primeiro, deixa as coisas aí na mesa ( ele foi colocando a mochila)
- Tá linda como sempre Anny, como você consegue ,( sério isso, dei um sorriso sem graça mas não perdi o meu tempo o respondendo fui entrando enquanto arrumava meu cabeça em um coque alto, tô parecendo uma louca e ele vem falar de beleza, menos Gabriel bem menos)
- Vamos adiantando umas coisas enquanto o restante não chega, queria terminar cedo ( falei seria, não vou render pra ele e espero que pela primeira vez ele entenda isso)
Do nada Eduardo veio em minha cabeça, fazendo meu coração acelerar um uma lágrima querer cair, olhei pra cima respirando fundo tentando afastar aquilo de mim, se for pra chorar que seja quando eu estiver sozinha.
Começamos a fazer umas pesquisas, e elaborar um plano para reerguer uma empresa fictícia a beira da falência, mas não tinha como fazer isso só bois dois.
Depois de uma hora e meia ninguém apareceu e o sorriso culposo do Gabriel só aumentava.
- Vou ligar pras meninas e para o Thales ( quando fui pegar o celular ele segurou minha mão)
- Eles não vem não, sou só eu respirei fundo e puxei ela de volta)
- Como assim ninguém vem, é trabalho vale nota ( seu sorriso aumentou enquanto ele umedecida os lábio com a língua,)
- Passei na casa delas, e elas falaram que iria te ligar pra avisa que não ia dá pra vim, aí eu me ofereci pra da o recado e falei que iríamos começar sem problema ( arquei uma sobrancelha, mais um pra mentir na cara dura,)
- E porque você não me falou isso, eu também precisava resolver umas coisas ( levantei com raiva, porra eu fodida de problema e sem um pingo de vontade desse trabalho e vem esse projeto de homem tirar com minha cara, quando eu pegar o Thales ele vai ver)
- Queria um tempo só contigo Anny ( ele levantou e veio em minha direção) você é muito difícil, venho tentando algo contigo desde que você terminou com aquele cara chato e você não percebeu bem devagar você viu ( retruquei, passei a mão no meus cabelos que estavam soltando aos poucos)
- Percebi todas as suas tentativas sem sucesso, e o lento aqui é você que não percebeu que eu recusei todas, não me leva a mau ou pode até levar eu não tenho o menor interesse em você, eu gosto de homem e não moleque que fica soltando piadas escrotas que não me faz sentir mais gostosa e sim um pedaço de carne ( me virei indo pra cozinha e ele veio atrás)
- Quer dizer que não me acha homem, tá me chamando de que então ( travou minha passagem me precisando contra a pia)
- Eu já te falei moleque ( o empurrei e sai dali) pega suas coisas e pode ir embora da minha casa minha paciência acabou ( minha respiração estava forte não por uma coisa boa e sim por esse inferno)
- Você vai ficar sem nota e sair do grupo ( me ameaçou e não teve como não sorri)
- Me poupe, a metade do grupo me chamou sabendo da minha capacidade, tenho a melhor nota da turma você acha mesmo que eu não consigo sozinha ( peguei os papéis que eu já tinha feito e joguei nós seus pés) pega essas portas e fica como esmola, faço um plano bem melhor e no fim vamos ver nossas notas( cruzei os braços vendo ele recolher tudo com um olhar de raiva).
Voltei pra cozinha precisava de água, mesmo sabendo que estava transbordada, eu queria que ele saísse daqui pra eu chorar e diminuir a pressão que está no meu peito.
Eu queria conversar com a Tereza ou até mesmo com a Catarina, mas me fala como conversar sem falar o verdadeiro motivo dessa minha angústia, sem falar que o Eduardo de verdade, eu o prometi guarda o seu segredo e eu vou fazer isso.
Gabriel saiu dali parecendo uma bala, não falou mais nada comigo e eu agradeci por isso mentalmente, tranquei todas as portas por dentro, voltei pra cozinha tomei dois relaxantes musculares pó ara ver se essa tenção iria embora, fui pro sofá e me joguei, não sei se foi efeito do remédio ou o meu corpo necessitava ficar assim só sei que em pouco tempo minhas pálpebras começaram a pesar me fazendo dormir.
Acordei com o meu celular apitando do meu lado, vi uma mensagem da Tereza me chamando pra ir na mesma boate que eu acabei descobrindo ser do Eduardo, recusei e falei que estava com febre, pois era assim que eu me sentia, ela queria vim mas eu recusei.
Quando vi a hora era uma da manhã, acho que o sono me fez bem acho que agora dá até pra conversar com o Eduardo, não posso simplificada deixar de conversar de verdade com ele por minha mãe ter pintado em minha cabeça que esse tipo de homem não prestava.
O tempo que eu tive com ele pude perceber uma pessoa normal, com sua bipolaridade mas o bom era que isso ele nunca me escondeu.
Pensei em ligar mais não vou ganhar nada com isso, então resolvi fazer a maior besteira da minha vida.
Tomei um banho rápido e me vesti mais rápido ainda, peguei uma mochila coloquei umas peças de roupas básicas e alguns produtos de higiene, gosto de andar sempre preparada, calcei um tênis e fui saindo peguei carteira e chave do carro.
Dirigir com calma pois meu coração parecia que iria sair pela boca de acordo com o que eu ia chegando mais perto do meu destino, notei um movimento diferente da última vez mesmo assim eu fui, vidro fechado.
Ouvi batidas na minha janela me causando mais medo ainda.
- Baixa o vidro patricinha ( abaixei mesmo com medo) hummm acho que conheço esse rosto ( o mesmo homem da entrada da última vez)
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Acaso Parte l (Concluída)
RomanceEduardo Castelli,32 anos dono do Vidigal uma das maiores favelas do Rio de janeiro, preso por 5 anos injustamente acusado da morte do irmão mais velho, sem cumprir nem metade da pena ele consegue liberdade por falta de provas, ele da Ary franco jur...