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Edu narrando...


           Antes mesmo de sair do morro o meu celular tocou no banco carona, vi o nome Francisco o mecânico que levou o carro da Anny, eu pedi pressa mas ele me falou que só ia me dá um Tok amanhã.
          Encostei o carro quero ouvir direito o que ele tem pra me dizer.
            - Fala ( atendi enquanto passava a mão no bolso pra pegar um cigarro)
            - Patrão eu sei que fiquei de ligar só amanhã mas tive uma folga aqui e comecei a mexer no carro.
            - Solta a voz que eu tô com pressa ( ouvi ele respirar fundo do outro lado da linha)
             - Você não me falou de quem era o carro, mas eu posso te garantir que tinha alguém querendo fazer um estrago com o dono dele.
            -Como assim ( perguntei tentando entender do que ele queria falar)
           Depois de um tempo com ele me explicando que o carro tava todo adulterado, porra o carro tava todo ferrado cabo do freio por um fio acelerador a ponto de quebrar, tanque de gasolina com outra substância misturada uma verdadeira bomba relógio esperando a hora certa pra explodir deduzi em mil pedaços com a Anny dentro.
           Minha mente tava fodida tentando saber quem seria capaz de fazer alguma coisa com ela, porra o carro dela ficou parado na porta da casa do ioiô no domingo será que foi lá que fizeram essa sujeira porque se foi a culpa é minha, mas ao mesmo tempo acho que não, tinha seguranças meus por todo lado.
           Vou conversar com ela mas acho meio difícil ela ter um inimigo querendo seu mal, a Anny é uma mina gente boa sisuda mas gente boa pra caralho se não fosse nem comigo ela estava.
           Liguei pra ela e disse que estava preso no trânsito mas era só pra não bater a real assim pra ela.
           Estacionei o carro do outro lado da rua, os moleques da minha segurança ficaram por ali misturados com as outras pessoa atentos a tudo.
           Quando vi que ela tava demorando pra sair peguei o celular pra avisar que já estava aqui mas na hora ela saiu lá de dentro, a Anny é morena mas de longe dava pra ver o quanto seu rosto estava branco.
           Ela parecia assustada olhando para os lados acho que estava me procurando só que ela não me viu, fui andando em sua direção ainda invisível pra ela vinha o carro e eu parei mas ela não atravessou a rua corri a por muita sorte consegui alcançar ela antes do carro, ela parecia uma pedra de gelo e tremia muito.
         -O que foi Anny você está gelada( perguntei e ela só me olhou e começou a chorar, eu não estava entendendo nada daquilo) Anny o que foi me responde( ela abriu a boca algumas vezes mas não saia nada ela parecia está em estado de choque)
         Vi que ela não ia responder e fui levando ela pra o carro, alguma coisa aconteceu lá dentro do trabalho dela e o foda é não poder ir lá ver que porra fizeram com ela.
          Antes mesmo de colocar ela pra dentro alguém grito o nome dela me fazendo virar pra trás, vi uma loirinha a mesma que ela chegou na boate junto com o tal Jean, Anny não manisfestou nada apenas abaixou a cabeça coloquei ela dentro e fiquei do seu lado esperando a amiga dela encostar.
          - Anny foi ele outra vez ( ela já chegou perguntando pra Anny que confirmou com a cabeça enquanto ainda chorava)
            - Ele quem (perguntei e a loira olhou pra mim com um olhar esquisito de desconfiança e depois voltou a olhar pra Anny)
            - Vai pra casa e para de pensar nisso, vamos dá um jeito certo (voltou seu olhar pra mim) Eduardo seu nome não é, eu sou a Tereza amiga da Anny.
            -Sim (respondi meu alterado, essa porra sabe meu nome)
           -Voce pode levar ela pra casa se não puder não tem problema meu carro tá bem aqui do lado é só (cortei logo)
          - Eu levo ela, vim fazer isso agora eu só quero saber o que aconteceu com ela, olha o estado da sua amigo ela quase foi atropelada e eu não faço a menor ideia do que aconteceu, e quem é esse que você tá falando ae ( ela me olhou com um sorriso sem graça no rosto)
          - Isso é um assunto dela, se ela não falou ainda é porque nao está preparada eu só digo uma coisa não deixa ela sozinha por favor (na sua voz tinha uma súplica pela segurança da amiga)
          -De boa (foi a única coisa que eu falei)
           Observei as duas conversando e quando ela saiu fechei a porta, fui pro lado do motorista dando partida e saindo dali.
            Eu não posso ficar na casa dela hoje tenho várias coisas pra resolver no morro, e ainda tenho que falar ao Digo o que aconteceu com o carro da Anny preciso saber se foi lá mesmo que fizeram essa sujeira e se foi quero o filho da puta nas minhas mãos, ele não gosta de foder com os outros então vou foder com ele.
          E agora eu ainda tenho esse de quem a Tereza falou, Anny soltou uma vez que já tinha saído de um relacionamento abusivo e não estava afim de entrar em outro não hora eu não entendi mas vendo seu estado sei que ela sofreu real nas mãos de um filho da puta que provavelmente está lá dentro daquele banco se sentindo o fodão mas deixa ele se sentir porque eu vou descobrir quem é ele aí vamos ver como se bate em mulher, não sou santo não estou longe de ser um mas trabalho pelo certo já bati em mulher não vou mentir mas a filha da puta era pior que muito macho pegou uma moradora na covardia a mina não tinha nem chance contra ela então eu dei o dela.
            - Eduardo ( ela me tirou dos meus pensamentos chamando meu nome, sua vez estava trêmula e eu fiquei fodido vendo como ela está)
            - Fala minha morena ( levei minha mão a sua cabeça)
            - Desculpa por isso ( olhou pra mim com os olhos vermelhos, ela tinha o mesmo olhar de quando a vi pela primeira vez)
            - Tá brincando, não precisa se desculpar não linda ( ela segurou minha mão e eu trouxe a dela até minha boca depositando um beijo) olha escuta, eu não vou poder ficar na sua casa hoje então eu vou te levar pra minha ( eu não estava nem reconhecendo a minha calma, em outros tempos teria entrado dentro do banco e arrebentado a cara de qualquer um que eu imaginasse ser o ex dela)
             - Como assim, não tenho roupa aqui eu não tenho nada e ainda tem minha faculdade, amanhã eu trabalho ( sorri pra ela)
             - Vamos passar lá e pegar umas coisas suas e depois vamos pra minha casa, e faculdade hoje sei que não está com cabeça pra isso ( olhei para o trânsito) e eu quero o número da sua amiga.
            - Pra que ( parei o carro no sinal e encostei nosso rosto dado um selinho nela)
             - Gostei da loirinha pó, já tenho a morena ( ela fez bico se afastando)
             - Idiota ( falou bolada mas sei que ela também queria sorri)
             - Sem k.o me passa o número dela ( ela não falou nada apenas balançou a cabeça confirmando) Anny ( ela voltou a olhar pra mim) não fica bolada não, eu agora vou cuidar de você.
        Ela sorriu e era aquilo que eu queria ver.

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora