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Anny narrando...


              Não sei se algum dia vou chegar a me acostumar com essa vida que o Eduardo leva, gosto de balada mas baile e diferente principalmente por ele ser o dono e todas as mulheres ficar se jogando pra ele mesmo comigo ao seu lado.
            Acabamos de chegar e pra mim já tá um tédio, me encostei na grade do camarote observando as mulheres dançando feito loucas lá embaixo, homens praticamente comendo elas com os olhos, quando eles não encostam legal e elas parecem gostar.
            Não julgo pois acho que cada uma tem o direito de fazer o que quiser com seu próprio corpo, mas acho que se dá o respeito não custa nada a ninguém, mas quem sou eu pra da opinião em nada.
            - Se abaixar mais um pouco vou ver aquilo que você chama de calcinha (Eduardo falou me abraçando por trás, sua mão foi até minha barriga me fazendo ficar reta)
          Vesti um vestido um pouco curto mas não muito colado ao corpo, o Eduardo ficou puto por eu não poder usar sutiã com ele mas nem dei plateia para o seu show, sei como me portar e sei muito bem que ele estaria mais comportado que muitos outros da meninas que estavam aqui, além do mais ele está do meu lado ninguém nem olha na minha direção, quer dizer os homens né porque as mulheres só Jesus na causa.
                - Não ver nada (puxei um pouco a barra)
                - E se baixar mais os peitos vão saltar pra fora (revirou os olhos) não sei o que é pior (muito saco essas boias dele com minhas roupas)
                 - O que é pior é ouvir você falar a mesma coisa a cada cinco minutos, se continuar eu vou pra casa e você vai junto (falei unindo nosso rosto) você escolhe (negou)
               - Você pode até ir mas eu não, tô afim de curtir o baile (sua voz já não estava da melhores mas também bebendo e fumando do jeito que tá)
             - Se eu for sozinha acredite que não é pra sua casa (virei outra vez pra grade, não tô afim de brigar com um Eduardo bêbado não)
            Ele voltou a me abraçar e beijar minha nuca no maior fogo, odeio esses coisas no meio de geral mas não vou dizer que isso mexe comigo legal, apertei as grades tentando me controlar.
              - Tá tão cheirosa minha Índia gostosa ( deu outro beijo e uma mordida leve em seguida)
              - Sempre ando cheirosa você só tá falando isso porque tá bêbado (senti suas risada encostada no meu pescoço)
              - Não sei quem te disse isso, tô limpão, isso aqui (mostrou o cigarro em seus dedos) não pega nada (confirmei)
              - Tá certo ( respondi seca) seus parceiros já chegaram.
              - já, ele tá subindo (puxou um trago soltando a fumaça pra cima) não vai tomar nada.
              - Agora não (olhei pra traz e vi o Diogo subir as escadas de mãos dadas com uma morena, acho que foi a mesma que a Natália me mostrou em uma festa na casa do ioiô) quem é aquela (apontei com a cabeça para o Eduardo olhar)
              - Coisa do Digo ( fechei ainda mais minha cara) não se mete Anny.
              - Não falei nada, agora ele que não venha com essa mulherzinha para o meu lado.
               - A mina não tem culpa não tá ligada ( olhei pra ele sem acreditar no que ele estava falando) ela tá aqui porque ele quis, só sobe quem eu ou ele deixa ( confirmei)
              - Vou guardar isso na minha cabeça, sei que você é a favor dessas coisas e da total cobertura ao seu amigo ( eu já estava ficando cheia daquele papo)
              - Cobertura nada, só não me meto no que não é da minha conta, ele é adulto e sabe o que faz da vida dele ( nem respondi mais nada, tirei suas mãos da minha cintura) vai ficar bolada comigo por conta de b.o dos outros.
               - Vai ficar com seus amigos vai e me deixa em paz ( juntei meu cabelo o jogando pra cima) eu sabia que hoje não era dia pra eu sair de casa.
                - Para com isso Anny ( encostou outra vez) vamos ficar de boa e curtir nossa noite ( cruzei os braços sobre o peito e ele cruzou seu braços juntos)
                - Quero um suco de laranja natural e bem gelado ( falei ainda olhando pra frente)
                - Aqui não tem não, mas eu vou mandar um dos meninos ir buscar pra você ( só confirmei com a cabeça) espera (se afastou um pouco indo até um menino que estava na ponta da escada, ele confirmou com a cabeça e o Eduardo pegou a carteira tirando uma nota de cem  a entregando)
              Observei uma movimentação maior vindo da escada, um homem loiro que aparentava ter mais ou menos a idade do Eduardo, era alto mais não tanto, subiu de mãos dadas a uma mulher muito bonita, uma negra cabelo black com um corpo muito bonito, vestida em um vestido justo ao corpo na medida certa dando pra perceber uma leve ondulação na área da sua barriga mostrando uma uma gravidez, sorri comigo mesma.
             Quando o Eduardo o viu foi até ele o cumprimentando com um abraço seguido de tapas nas costas, chegou a te a mulher apertando sua mão, ela sorriu pra ele em resposta.
             Eles vieram em minha direção e eu arrumei minha postura e tentando melhorar minha cara, eles não tem culpa de eu está muito puta com o Eduardo.
            Parou doeu lado me abraçando, olhei pra ele e depois para os dois a minha frente, eles sorriam.
             - Essa é a minha mulher Anny, Anny esse é meu parceiro dono da rocinha Dedé e essa é sua mulher a Beatriz ( Eduardo me apresentou e eu aceitei o aperto de mão que o tal Dedé me ofereceu, já a Beatriz veio para um abraço, ela mais alta que eu)
              - Oi Anny é um prazer te conhecer ( ela falou toda sorridente)
              - O prazer é meu Beatriz, oi Dedé ( sorri para os dois)
              - Então você é a maluca que tá com esse aí ( apontou com a cabeça para o Eduardo que estava do meu lado)
               - Maluca mesmo ( respondi e o Eduardo me olhou)
               - Como tu aguenta ( dei de ombros)
                - Nem eu mesma sei ( entrei na onda dele)
                - E você Beatriz como aguenta esse pau no cu se do seu lado ( a mulher abriu mais ainda o sorriso)
                - Iiii nem vem, sou um amor de homem ( ele a abraçou de lado passando a mão em sua pequena barriga) e agora que ela tá carregando minha princesa tô um pau mandado em suas mãos ( acabei sorrindo da cara que ele fez pra ela)
                 - Verdade meu marido é um amor ( olhou pra ele) e também ele sabe que minha mira é ótimo e eu sou maravilhosa com as facas ( ele levantou as mãos)
               - Tem como não ar essa mulher ( neguei com a cabeça, ela parece ser uma ótima pessoa e ele olha pra ele todo bobo) pois é.
               - Vão beber alguma coisa ( Eduardo perguntou para os dois a nossa frente)
                - Quero o mesmo que você tá bebendo sei que é whisky do bom, e você paixão quer o que ( perguntou a mulher que fez uma cara de nojo)
                 - Hoje não tô bem só quero uma água gelada, e se tiver uma H2o de limão melhor ainda.
                 - Enjôo ( perguntei e ela confirmou)
                  - Muito, e hoje tá pior que todos os dias, só vim porque esse aqui ficou louco quando soube que ia ter poze, acho que se ele não viesse iria colocar um ovo ( sorri, eu nem sabia dessa parte)
                  - Minha preta hoje tá sofrendo ( ele completou) mas eu tinha que vir.
                  - Vou providenciar tudo, que a vontade ( olhou pra mim) bora sentar lá ( apontou pra onde tava o resto da tropa inclusive o Digo e a morena com a cara de puta barata, Dedé e a mulher foram indo cumprimentar os outros)
                  - Não quero ficar perto daquela mulher e fala para o seu amigo nem falar comigo.
                  - De boa não precisa falar com ninguém não ( ele já tinha fechado a cara mas eu nem me importei, ele tentou segurar minha mão mas soltei e fui andando em seus frente)
              Procurei uma cadeira do lado oposto do casal maravilha, aquela mulher estava me dando nojo, ela sorria e dava umas risadas exageradas chamando a atenção de todos os outros que estavam ali, não sei como um homem é capaz de deixar uma mulher como a Natália por uma desse nível, a distância da pra ver que ela gosta do que o Diogo pode proporcionar pra ela e se um de mais ela não vai pensar duas vezes pra dá um pé na bunda do Diogo.

              Meu suco enfim chegou junto com a água de sabor da Beatriz, conversamos sobre tantas coisas, ela me falou que é enfermeira e sempre cuida dos meninos que trabalham para o seu marido, ela também né falou que ela já está a dez anos com o Dedé fiquei besta ao saber pois pensava que ela era da minha idade mas não ela já tem 29 anos e está com ele desde os seus 19, ela falou que ele é super família e a trata como uma verdadeira princesa e isso a fazia muito feliz.

               Já tinha um tempo que o show estava rolando e eu já tinha perdido as contas de quantos copos de suco tinha tomado, de verdade hoje não era o meu dia pois nem beber eu estava com vontade.
              Peguei várias vezes aquela mulher me olhando de lado e quando eu a encara ela sorria com sarcasmo o que me causava uma repulsa e vontade de voar em seu pescoço até ela parar de respirar.
              Minha barriga já estava estourando, olhei vendo o Eduardo conversando com o Diogo e o Dedé todo animado, ele já estava bem tomado, não sei se estava no seu limite mas bom ele não estava, nem o chamei pra ir no banheiro, falei pra Beatriz onde eu estava indo e fui em direção ao banheiro que ficava na parte de trás do palco, um dos meninos vieram na minha cola e eu nem me importe mais.
             A fila estava bem longa,peguei o celular e entrei no Instagram vendo o que meus amigos tinha postado, a Tereza postou uma foto em um lugar que você eu não conhecia mas o menino ao seu lado era o mesmo que você lá tinha ficado a umas semanas atrás, ela parecia está feliz, já o Jean postou uma foto que pela cor do céu foi mais cedo, ele só de sunga na ponta de uma lancha.   
             Perdi a noção do tempo vendo a vida dos outras até que o menino que estava na minha segurança bateu no meu ombro mostrando que a vez era minha, agradeci e entrei.
             Depois de esvaziar a bexiga e senti um puta alívio sai do banheiro voltando lá pra cima, subi e de primeira não vi o Eduardo, varri o local com o olha até encontrar um canto mais escuro ele conversando com a loira que foi me afrontar na porta da casa da minha mãe.
              Nossa eu fique cega de ódio ao ver que ela estava ali principalmente depois do que ele falou.
             Fui até eles, nenhum dos dois estavam me vendo mas eu os via muito bem, ela passava a mão em seu braço e já lá não a afastava em nenhum momento, encostei a pegando de surpresa, coloque a mão do ombro dele que virou na hora. 
               - Posso saber o motivo dessa reunião privada ou estou atrapalhando o casal.
             
                 
  

       
            
  
 

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora