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Anny narrando...

          Cheguei tarde da noite com o Anderson, eu ainda chorava muito de raiva daquela mulher imprestável e ódio da cara o Eduardo, como ele vem falar alto comigo e ainda me machucar.
          As marcas de suas mãos estava em meus braços por conta da força que ele usou ae segurar e ainda veio querer que eu fosse com ele vai se foder.
             - Se você continuar chorando assim a mãe e o pai vão acordar aí eu quero ver a desculpa que vai dá a eles (engoli o choro tentando me controlar um pouco)
            - Não sei nem o que falar a eles quando amanhecer, mas mesmo assim obrigada (ele veio me abraçar e depositou um beijo no topo da minha cabeça)
              - Você sempre vai ser minha menor, e eu te amo pirralha (sorri, ele sempre tem esse poder sobre mim)
             - Também te amo, olhei pra cima, me deixa dormi com você (fiz o bico que sempre fazia quando sentia medo de dormir sozinha)
             - Ainda continua aquela medrosa de sempre, vamos que eu tô mortão de sono.
              - E amanhã Dê, o que eu vou falar (ele me olhou sorrindo)
              - Deixa que eu dou meu jeito, agora bora.
          Ele me levou pro seu quarto.que continuava do mesmo jeito de quando éramos criança, aquela nostalgia me deu vontade de chorar outra vez mas me controlei.
           Anderson me deu uma cueca dele que ainda estava na embalagem junto com uma camisa que mais parecia um vestido, tomei um banho bem gostoso usando seu shampoo e ficando com o seu cheiro, isso era muito bom está em casa outra vez, só não sei se vai ser bom assim quando meus pais acordarem e me ver aqui.
          
(...)

           Tapei os olhos com o braço, uma claridade indesejada insistia em atingi- los, virei para o outro lado com a intenção de fugi daquele incomodo chato mas foi em vão pois o lençol tou puxado do meu corpo.
            - Acorda Anny já são duas da tarde ( a voz do meu pai invadiu meus ouvidos me fazendo sorri ainda com os olhos fechados) quem mandou bebê desse jeito menina.
            - Pai me deixa dormir mais um pouco ( no fundo foi maravilhoso ser acordada por ele)
            - Sua mãe fez macarrão com almôndegas ( sentei na cama na hora vendo meu pai se pé a minha frente com o sorriso mais lindo do mundo)
            - Bom dia pai ( sorri pra ele de volta e ele abriu os braços)
            - Boa tarde princesinha do pai ( me joguei em seus braços sentindo aquele carinho, para ele não importa a idade que eu tenha sempre vou ser sua princesinha) vamos escovar esse dentes pra ir comer ( concordei)
             - A mãe fez macarrão com almôndegas mesmo ou foi só chantagem ( esse é o meu prato favorito e só de ouvir o nome minha barriga roncou)
              - Quando eu soube que você estava aqui pedi pra ela fazer, sei que você ama isso ( abri mais ainda o sorriso, ele me levantou nós braços quase me jogando no ar como fazia quando eu era criança) que saudade eu estava da minha princesinha.
              - Eu também estava pai ( deu vontade de chorar) eu sinto tanta saúde de acordar assim todos os dias ( me aninhei em seus braços)
              - Também sinto minha filha, agora vai ou sua mãe vem até aqui ( sai do seus braços dando um beijo em sua bochecha e corri pro banheiro)
           Minha mãe sempre teve maninha de comprar várias escovas de dentes e colocar nos banheiros, dizendo ela nunca se sabia quando iríamos trazer um amiguinho pra dormir e ao menos tinha escova nova.
           Abri o armário do banheiro do Anderson e lá estava o pequeno estoque de dez escovas de dentes ainda na embalagem, os anos passam mas as manias continuam.
             Sai do banheiro do Anderson indo até a cozinha onde minha família estava toda reunida conversando, um filme passou por minha cabeça dos nossos almoços de domingo , era tão bom zero preocupação, minha mãe me viu quando estava colocando os pratos na mesa, ela abriu um sorriso diferente das últimas vezes que estive aqui.
             - Minha filha eu não acreditei quando o seu irmão falou que te encontrou em uma boate e te arrastou pra cá ( veio me abraçar, retribuir e olhei pro Anderson que sorria pra mim, falei um obrigado só movimento os lábios e ele só sorriu de volta)
              - Foi mãe, eu quis ir em casa pegar umas coisas mas ele não deixou ( pisquei o olho pra ele, sentando na cadeira ao seu lado)
               - Ele tinha razão (ela olhou pra nós dois e colocou a mão no rosto) o jesus como é bom ver meus dois filhos aqui em minha frente ( falou chorosa)
               - iiiala pai a mãe hoje tá manteiga derretida ( Dê falou e eu sorri)
                - Olha o respeito com sua mãe moleque ( meu pai o repreendeu mas com uma cara de quem queria sorri, nossa como eu estava precisando disso minha família junta em um clima tão leve)
                - Vai passar o resto do dia aqui (minha mãe me olhou e depois olhou pro meu pai que não tirava o sorriso)
                - Sim, o problema e que estou sem nada meu aqui ( aqui na casa deles mas em outra casa aqui no morro eu tenho tudo que preciso, só não sei como vou consegui pegar sem encontrar com o Eduardo) estou de férias do trabalho ( falei enquanto me servia.
                - Então porque não passa uns dias aqui ia se dá hora ( meu irmão falou)
                 - Também acho, ou então poderíamos tirar uns dias de férias em família (  meu pai falou e eu fiz careta, mesmo gostando da ideia)
                  - Infelizmente não tem como, ainda estou tendo aula e tá uma confusão por conta da formatura ( coloquei a primeira garfada me deliciando com aquilo) mas passar uns dias aqui já seria uma boa ( não sei se seria uma boa ideia, mas ver meu pai feliz era tão bom que eu correria o risco)
                  - Pronto então tá decidido, você passa uns dias aqui (todos sorriram até mesmo minha mãe)

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora