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Anny narrando...

       Chegamos em sua casa depois de eu tomar mais algumas, nossa intenção era ficar só mais um pouquinho mas quando ele voltou ficamos conversamos até um tal de ioiô aparecer, eu sorri como nunca mais tinha feito e foi maravilhoso.
         Não estou bêbada mas estou suada e morrendo de fome.
          - Aqui tem alguma coisa pra comer ( perguntei saindo do banheiro com uma toalha enrolada no corpo, ele me olhou)
          - Nada interessante, você quer comer o que ( dei de ombros,)
          - Qualquer coisa que mate minha fome ,( respondi indo procurar uma camisola na minha bolsa que estava encima da cama,)
          - Aí fica difícil ( sorriu) você come pastel ( confirmei,bem muito tempo que eu não como um) qualquer sabor.
           - Sim sim.( Subi minha calcinha sobre o olhar safado daquele homem, e depois vesti uma camisola fresquinha)
           Ele veio pra perto de mim envolveu minha cintura com os braços.
            - Bora deixar pra comer depois ( veio cheirar meu pescoço, passando a barba que dava uma leve espetada, neguei na hora)
             - Acho melhor não, você não vai gostar muita da minha versão com fome ( ele sorriu ainda ali no meu pescoço)
             - Depois de uma dessa só vou andar com comida dos bolsos pra poder alimentar minha fera igual em zoológico ( empurrei ele que sorriu mais ainda)
            - Tá me chamando de animal Eduardo ( coloquei a mão na cintura e ele confirmou com a cabeça sem tirar o sorriso moleque do rosto) filho da puta ( peguei um travesseiro que estava encima da cama e joguei né que pegou no ar)
             - Calma, você é uma tigresa morena, morta de fome mas é ( falou e saiu correndo, dava pra ouvir suas gargalhadas)
             - IDIOTA ( gritei mas também estava sorrindo, estava tão bom aquele ar leve, coisa que nunca tive na companhia do Murilo que era sempre sério e nunca se permitia uma brincadeira)
            Passei desodorante e um creme de pele, dormir com o boy não pode ser igual a dormir em casa não a pessoa tem que saber como deixar ele doidinho.
            Desci ainda descalça e já ouvi sua voz falando com alguém no portão, o barulho dele fechando indicou que o chata já ia entrar, e foi isso mesmo Eduardo entrou com umas três sacolas.
              Agora ele estava sem camisa só com sua calça e o chinelo tomou o lugar do tênis que ele estava.
              Quando ele me viu seu olhar desceu para os meus pés, acompanhei seu olhar sem entender.
            - O que foi ( perguntei na inocência)
             - De que adianta tomar banho se vai continuar descalça pra sujar os pés ( franziu a sobrancelha, minha mãe sempre me falava isso e eu nunca liguei)
             - Sua casa está tão suja assim ( negou) então pronto ( ele bufou e foi pra cozinha e eu fui atrás, o cheiro estava maravilhoso)
             - Acho que isso vai dá ( falou colocando as sacolas na mesa e começou a tirar tudo de dentro)
           Vi dois copos tampados com um líquido meio amarelo e já torci o nariz por saber o que é.
              - Onde você conseguiu tudo isso essa hora ( ele me deu uma olhava como se minha pergunta não tivesse uma resposta óbvia )
              - Favela morena, além do mais eu mando e eles obedecem ( falou com um tom zombeteiro)
               - Eu não quero isso ( apontei para o copo) coisa ruim.
               - Você é estranha, não tem café em casa e agora vem dizer que não come pastel com caldo de cana, sei não viu ( revirei meus olhos) você vai revirar seus olhos quando eu tiver no meio das suas pernas ( deu um tapa na minha bunda) gostosa.
             - Se criar estrias você paga o tratamento ( falei apontando o dedo pra ele,)
             - Pago mesmo, ou então vou ficar com minha zebra ( não teve como não sorri, Eduardo é tão calado e sério na rui que nem parece a mesma pessoa aqui dentro comigo)
         Comemos em silêncio, eu estava com muita fome e pelo visto ele também, Eduardo devorou três pastéis enquanto eu comi apenas um, com uma coca- cola que tinha em sua geladeira misturada em inúmeras latas de cerveja.
          Acho que estou adiando muito uma coisa que já teria que está resolvida.
            - Eduardo (chamei sua atenção) você sabe que precisamos conversar.
            - Sei sim ( levantou colocando o restante dos pastéis na geladeira junto com o caldo de cana)
          Observei seus movimentos, homem bonito n parece ser o que é, na verdade nunca passou por minha cabeça isso, Eduardo tem seus momentos mandão mas no meio disso ele é um homem normal como qualquer outro com um humor ótimo também.
            - Vem ( ele estendeu a mão pra mim e eu a segurei, tudo começou assim só espero que não termine)
          Ele foi me guiando para o lado de fora da casa, até chegar em uma escada longa e nos levou para uma laje, dali dava pra ter noção do quanto o vidgal é bonito por isso ele é bem frequentado.
           Sentei na ponta dali e fiquei pensando no que falar por onde começar, senti um cheiro estranho e olhei pra trás vendo que ele estava fumando deduzi que aquilo não era um cigarro normal.
          Era disso que eu estava falando, estou curtindo muito ficar com ele, mas será que estou disposta a aceitar seu hábitos diferentes do meu, e ainda vem minha família que não pode nem sonhar com isso.
             - Fala ( e chegou do meu lado, com o cigarro nós lábios e a brada iluminando parte do seu rosto me mostrando aquele olhar que a pouco tempo era de pura zoação mas agora estavam profundos e curiosos)
             - Em primeiro lugar desculpa por minha reação, eu não sabia o que fazer ou como agir( ele concordou com a cabeça) e em segundo eu quero que saiba que nunca faria nada pra te prejudicar, eu não falei nada a ninguém e nem vou fazer isso quero te ver bem ( ele sorriu)
             - Também quero, eu nunca faria nada contra você não, o que eu sou não define meus atos em uma relação, meu lema é fazer mal a quem me faz mal ( engoli a seco em saber que ele faz coisas ruins com pessoas)
            - Você falou que estava curtindo ficar comigo, e eu também estou muito só não sei como fazer pra dá certo, passei por alguns problemas por conta de relacionamento que me quebrou e também tem a minha família.
            - Quem foi o filho da puta ( ele falou segurando meu rosto com a duas mãos) fala pra mim que eu acabo com ele ( segurei em sua mão, ele me quebra toda olhando pra mim assim)
            - Eu estou falando sério Eduardo, esse não é meu único problema ( olhei pra baixo, não queria ter que contar o real motivo dos meus pais terem me tirado daqui era homens como ele)
            -Seus pais, eu tô ligado mas Anny você não é mais criança não pode viver a vida por eles e sim por você, eles colocaram coisas erradas na sua cabeça agora cabeça você descobrir que bem todas são verdades ( falou sério e eu sei que ele tem razão)
            - Eu sei mais são meus pais Eduardo, não quero desapontar eles ( uma lágrima desceu pelo meu rosto e ele a secou )
            - Se eles te amam de verdade vai aceitar o que te faz feliz ( beijou meu rosto) vamos tentar se não dê certo vai cada um pro seu lado.
            - Eu tenho medo ( falei, é isso mesmo que eu tenho medo)
            - Confia no pai aqui que tudo vai ficar de boa ( me abraçou e eu retribuir, sabe aquela sensação de lar, pois é eu sentia só no seu abraço)
             - Vamos tentar ( sorri e ele me retribuiu com um sorriso maior ainda) ainda quero te contar tudo que eu já passei pra você saber que tem coisas que vão ser difíceis pra mim ( ele concordou)
            - Tudo do seu jeito morena ( me beijou)
          Ali naquele beijo tinha desejo, paixão luxúria, mas também tinha um gosto de um futuro desconhecido que eu sei que vai vim grandes surpresas boas e ruins mas acho que no final vai valer apena.







Boa noite meus amores e até a próxima 💋💋💋💋💋

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora