Edu narrando...
Deixei a Anny subir, ela já estava muito abalada com tudo aquilo, ela não sabia do que o índio falava e eu muito menos, a única coisa que eu sei é que ele assinou a sentença de morte dele, o velho tá doido fazendo umas paradas nada haver pedindo pra ser passado então vou passar.
Ele encostou na minha mulher, querendo levar ela não sei pra onde, esse filho da puta deve tá muito doido só pode.
Vi ela sumir das nossas vistas e já partir pra cima daquele filho da puta, que ainda olhava pra ela.
- Seu arrombado filho da puta ( prendi ele contra a parede o enforcando) que papo é esse de que vai levar minha mulher com você ( ele abriu um sorriso sarcástico)
- Aquela eu conheço a muito tempo ( me empurrou mas eu não sai do lugar, o ódio estava me consumindo só fiz apertar mais, suas mãos tentando folgar o meu aperto)
- Que papo é esse índio, vacilo filho da puta esse seu ( alguém falou atrás de mim mas eu não consegui reconhecer a voz)
Senti uma mão no meu braço e olhei vendo o Dedé, se eu apertasse mais um pouco ia matar o velho ser ar.
- Deixa ele falar e vamos resolver essa porra ( ele falou me olhando, soltei o velho mesmo contra a vontade, ele sai tossindo e segurando o pescoço) Bora índio solta a voz ou então vamos levar essa porra comando.
- Eu já falei, aquela é minha a muito tempo porra, bati o olho naquela índia no tempo que o sapo comandava o Vidigal ( comecei a sorri)
- Você só pode tá doido, eu tô no comando a dez anos isso quer dizer que tem uns 11 anos isso, a Anny tinha onze anos ou doze, tá de brincadeira só pode.
- Dei o papo ao sapo e pra mãe dela que ia esperar ela fazer quinze anos porra, mas a filha da puta tirou ela do Vidigal mas dei o papo se eles saíssem eu ia atrás e matar um por um ( eu sabia das loucuras do sapo e de suas leis fodidas mas eu não pensei que fosse tão loucas assim) mas eu sabia que um dia ela ia cruzar o meu caminho ( me olhou) e tu trouxe ela pra mim, acho que devo te agradecer ( fui encima dele outra vez mas os caras me seguraram)
- Eu vou te matar seu filho da puta.
- Mata porra nenhuma seu moleque, tu não tem coragem pra isso não porque sabe que se fizer isso tu não chega nem a sair desse morro ( ele tava me testando, tudo que ele falava era pra me afetar e estava funcionando pra caralho)
- Para com isso índio, tu tá no erro porra, a mina era uma criança quando tu colocou essa maluquice em sua cabeça, não tem isso de tu querer não esse porra não existe ( cobra falou o do pra cima dele)
- Não tem um caralho, dei meu papo lá atrás agora eu quero ver quem vai ser o filho da puta que vai me impedir ( olhou pra mim) eu devia matar tu só pelo fato de ter encostado no que é meu mas vou te deixar vivo porque foi tu me trouxe ela pra mim.
- Vou da o papo pra geral, eu vou passar esse homem pode não ser hoje em respeito a sua casa ( apontei para o Dedé) mas eu vou passar e quem tiver do lado dele eu passo também, a partir de hoje você é alemão e que tiver do seu lado também, e saiba que em minha mulher ( bati no peito) você não encosta mais seu velho filho da puta ( sorri pra ele que me olhava sem piscar) tô doido pra ter outra Rafaela no meu nome e tô achando que o PPG vai ser a próxima ( foi tudo muito rápido, ele puxou a arma e disparou em minha direção, joguei a cabeça um pouco pro lado e a bala passou raspando no meu ouvido só ouvi o zumbido)
Todos seguraram tomando sua arma, o filho da puta tá é com coragem pra fazer isso.
- Tu acabou de assinar sua sentença de morte índio, o comando vai saber dos seus atos, eles não toleram forçar mulher nenhuma e foi isso que tu fez ainda dentro da minha casa, você só não morre agora porque ninguém tá querendo sair da razão mas tu tá avisado ( todos confirmaram)
- Ele já tinha assinado no momento em que encostou em minha mulher ( fui pra cá deas agora ninguém me impediu, todos viram que eu estava possuído tirando força mão seu de onde pra me controlar e não estourar a cabeça dele aqui, o zumbido ainda continuava em meu ouvido, meti um soco seguro em seu nariz que espionou sangue na hora) era pra ter acertado porque agora vou te caçar até no inferno e vou te matar.
Subi e fui atrás da Anny que deve está louca já, agora eu quero só tirar ela daqui, amanhã eu penso em como eu vou matar esse homem.
Encontrei a Anny desacordada no chão, a Bia falou que ela teve uma crise nervosa, eu fiquei atormentado com aquilo, eu não queria que ela passasse por uma parada dessas.
Tirei ela dali a levando pro seu apartamento, ela apagou outra vez dentro do carro me deixando no total silêncio.
Agora eu sei o motivo da mãe dela ter colocado ela pra morar na pista, a mulher não podia aceitar aquilo com sua própria filha, mas eu sendo esse filho da puta azarado coloquei a Anny em suas mãos e agora ela tá aqui do meu lado dormindo depois de passar por tudo que sua mãe evitou por longos anos.(...)
Ela tomava aquele chá olhando pra um ponto fixo atrás de mim, uma parede branca, a Anny trocou poucas palavras comigo desde que acordou e isso tá me deixando maluco, eu sei que sua cabeça só deve tá passando besteira, eu conheço ela o suficiente pra isso.
- Amor você quer alguma coisa ( negou olhando pro mesmo lugar) você não pode tomar só esse chá Anny ( já são onze da noite, ela quase não comeu no churrasco e agora ela não quer comer)
- Não tô com fome ( falou com os olhos cheios de lágrimas)quem era aquele homem Eduardo, porque ele falou que eu era dele.
- Anny acho que não é a hora, come um pouco e amanhã conversamos (ela vai ficar louca quando souber dessa história principalmente por conta da mãe)
- Não Eduardo, não, aquele homem me conhecia eu só não sei de onde, ele queria me levar e eu nem sei o porque, tenho o direito de saber e sei que você sabe quem é ele.
- Sei sim ( falei um pouco alto) ele é um futuro homem morto Anny, tem pra que ficar desse jeito não porque ele não vai encostar em você.
- Como ele me conhece ( falou cansada ) eu só quero saber isso ( passei a mão no rosto essa porra tá fodendo minha mente, pesando demais)
- Porra Anny aí você me fode, bora dormir essa parada vai ser resolvida, aquele velho tá doido mexeu com que não devia e se ferro ( ela negou com a cabeça )
- Eu sei que você não quer me falar e isso é injusto, alguém sempre tem que esconder as coisas de mim ( levantou da cadeira) é sobre mim ( colocou a mão no peito) porque vocês querem me manter no escuro... eu tenho esse direito pra saber se realmente estou segura aqui ( abaixou a cabeça vencida)
- Claro que você tá segura ( fui pra sua frente) você acha que ele vai encostar em você ( seus olhos estavam cansados) você quer ir pra minha casa, lá ninguém sobe ( negou quando uma lágrima desceu sobre seu rosto) pra casa da sua mãe qualquer lugar que você esteja em total segurança e se sentindo segura.
- Você não pode ir pra lá, a polícia tá atrás de você ( sua voz estava baixa, carregada de tristeza)
- Tô pouco me fodendo pra isso, só basta você me dizer que quero ir que vamos agora sem neurose nenhuma ( negou outra vez)
- Eu quero dormir ( foi a única coisa que ela falou antes de sair dos meus braços indo para o quarto)
Isso vai ser foda, principalmente pra ela quando souber tudo.
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Acaso Parte l (Concluída)
RomanceEduardo Castelli,32 anos dono do Vidigal uma das maiores favelas do Rio de janeiro, preso por 5 anos injustamente acusado da morte do irmão mais velho, sem cumprir nem metade da pena ele consegue liberdade por falta de provas, ele da Ary franco jur...