Acaso Parte l (Concluída)

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Tereza narrando...

Anny é minha melhor amiga, mesmo não a conhecendo a tanto tempo assim, ela ocupou esse lugar com a maior facilidade do mundo e hoje não me vejo mais sem sua amizade.

Nós conhecemos no dia da sua entrevista no banco eu já estava lá a quase um ano, ela era a mais nova que foi naquele dia mas de longe era a mais inteligente e competente e chamou a atenção de alguns, o seu José no começo não queria a contratar mas na primeira semana de experiência ele bateu o martelo e falou que queria ela lá e sei que até hoje ele não se arrependeu.

Ela foi no intuito de assumir outro cargo mas o infeliz do Murilo fez tudo na calada assim que soube onde ela estava trabalhando e roubou o lugar dela usando a amizade do seu aí com o seu José, mas como minha amiga tem um coração de ouro e estava totalmente cega em relação a esse homem não achou ruim e até gostou por conta dos dois estarem mais tempo juntos, e esse amor todo durou por quase três anos de pura covardia da parte dele e ingenuidade da parte dela, agradeci a Deus quase enfim ela se libertou dela mas ele não aceitou este hoje faz da sua vida um inferno.

Quando ela chegou na minha casa senti um alívio tão grande por saber que ela estava bem, na hora que o Eduardo me ligou perguntando por ela e explicando que ela estava sumida um nó se formou em minha garganta e um medo percorreu todo o meu corpo, o Murilo não podia ter pego ela isso não poderia acontecer com minha amiga.

Ficamos conversando até mais tarde enquanto devoramos um belo japa como antigamente ele sempre acabava aqui ou eu na casa dela esse era o nosso ritual, vi toda a tensão do seu corpo ir embora enquanto assistíamos nossa série favorita, mesmo ela não sendo uma das mais leves, ver polícias a procura de bandidos qua ela está namorando com um não deve ser nada interessante.

(...)

Cheguei no banco já procurando aquele ser miserável, até ontem ele veio trabalhar então preciso saber só hoje ele vem e avisar a Anny.

Olhei tudo e para a minha felicidade ele não estava, fui avisar ao seu José que a Anny viria resolver a questão das suas férias.

Bati na porta mas não ouvir uma resposta do outro lado da porta, apenas ouvir ela ser destravada e aberta, empurrei e fui entrando minha surpresa foi ainda maior ao entrar e da de cara com o Murilo sentado no lugar do seu José.

- O que você está fazendo aqui na sala do seu José ( foi a única coisa que eu consegui perguntar, ele me deu um sorriso demoníaco )

- Acho que eu é que preciso saber o que você está fazendo aqui ( devolvi seu sorriso com outro, ele gosta de fazer as pessoas sentir medo dele mas ele não está falando com qualquer uma não)

- Você se acha muito não é seu covarde... ( Levantei meu olhar mostrando que eu não tinha medo dele)

- Isso é jeito de falar com o seu superior ( não aguente quando ele falou isso e cair na gargalhada)

Superior ( revirei os olhos ) me poupe Murilo, você só é superior a mim no tamanho porque no resto você e mais inferior que capacho de porta de entrada de shopping ( o vi ficar vermelho e vim em minha direção)

- A convivência com aquela favelada tá te fazendo ficar louca igual a ela, e com uma boca porca ( chegou mais perto) criando coragem e se confiando em não sei quem.

- Você está errado ( tempo... olhei em seus olhos) a convivência da minha amiga comigo fez com que eu conseguisse fazer ela abrir os olhos sobre o crápula que você é e sempre foi e se escondia debaixo das asas do paizinho rico ( ele me olhou com um ódio mortal e segurou meu braço mas eu consegui me soltar rápido) não ouse a encostar em mim, eu não sou ela que aguenta calada e acha super normal, tudo que fizer comigo vai receber em dobro ( falei colocando o dedo em seu rosto, nunca falei tão firme em minha vida)

- Onde a vadia da sua amiga tá, sei que tem uns dias que ela não vai em casa, qual é o macho da vez ( destilou o seu veneno) ela tá com aquele viadinho pegador de ferro ( agora foi minha vez de sorri, o Jean sempre mexeu com ele, e ele sempre o chamou de viado agora entendi o porquê)

- Viado ( dei uma gargalha o fazendo fechar ainda mais seu semblante) o Jean e um homem, coisa que nem essa coisa que você tem no meio das pernas te faz ser um ( ele avançou em mim segurando a lateral do meu corpo e me chacoalhou)

- Tá querendo dizer que eu sou o que sua vadia de merda ( grito em minha cara)

- Eu não estou querendo dizer eu estou dizendo que você é um merda covarde, filho de uma puta agressor de mulher ( fiquei na ponta dos pés pra poder chegar o mais perto possível dele) e eu não tenho medo de você ( empurrei ele fazendo ir pra trás mas ele voltou rápido pra me acertar um tapa na cara mas eu fui mais rápida e acertei seu rosto o fazendo virar pro lado com a mão no local) eu já te falei não ousa a encostar em mim porque eu não sou a Anny.

- Você não sabe com quem tá mexendo, eu vou acabar com vocês duas ( falou alisando o rosto que tinha a marca certinha dos meus cinco dedos) acho melhor vocês tomarem cuidado.

- Acho que é você que precisa tomar cuidado, a Anny não está mais sozinha e acredite não é com o gostoso do Jean que ela está, e eu também te dou um conselho de amiga ( voltei pra perto dele) se eu fosse você, teria medo até da minha sua própria sobra ( ele me olhou espantado) pois é machão tem alguém na sua cola que eu tenho certeza que não vai amaciar quando colocar as mãos dele em você ( fui saindo deixando ele paralisado, mas voltei) cuidado, as paredes tem ouvido, tem olhos e principalmente uma arma pra acertar um tiro em sua testa ( sai e o deixei lá)

Preciso avisar a Anny que hoje não é dia dela vim e qua acho melhor ela ligar para o seu José.

O me peito estava em festa depois de ver o medo estampado nos olhos do Murilo.