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Anny narrando...

            Acordei depois de um fim de noite conturbado, minha cabeça doía junto com meu corpo.
            Lembranças de ontem vem em minha mente junto com tudo que o Eduardo falou, ele tem razão eu não posso me importar tanto com uma pessoa que me fez tanto mal.
            Olho pro lado e o Eduardo ainda está dormindo, ele parece tão relaxado sereno, observo seu rosto com traço fortes uma boca carnuda que dá água na boca só de olhar.
            Paro um pouco de o olhar e pego o meu celular vendo que já são mais de dez da manhã, ontem eu tinha a intenção de ir na praia mas depois do acontecido nem sei se estou mais no clima.
           Mandei mensagem pra Natalia perguntando se ela estava afim de ir comigo, a mensagem mau chegou e ela já me respondeu "vou sim, estou mesmo precisando" fiquei feliz, avisei a ela que eu ia falar com a Tereza mas que ficava certo pras duas da tarde.
             Agora foi a vez de falar com a Tereza, mas o horário de visto por último dela  foi ontem, mesmo assim mandei mensagem perguntando como ela estava  e falando que iríamos para a praia do Leblon e se caso ela queira ir vamos gostar, eu amo aquele lugar.
           Virei para o lado vendo que o Eduardo já estava acordado só me observando digitar, ele me deu um sorriso e eu retribuir.
             - Dormiu bem ( me perguntou enquanto subia um pouco o corpo e encostava na cabeceira)
             - Sim ( ele bateu na cama mais próximo a ele eu eu fui depositei um selinho em seus lábios e depois me encostei em seu peito nú) obrigada por tudo ( senti um beijo no topo da minha cabeça)
             - Não precisa agradecer nada, eu faria tudo outra vez ( se calou) Anny eu sei que você ficou assustada com tudo isso mais foi preciso (ele falou mas continuei no mesmo lugar) ele não só mexeu com você não ( me afastei pra olhar pra ele) aquele filho da puta estava me roubando na cara dura.
            - Como assim, ele tem dinheiro, sua família tem dinheiro, ele não tem necessidade de roubar nada e pior roubar de você como assim (quanto mais eu sabia sobre ele e essa história mais eu ficava confusa)
              - Precisar ele realmente não precisa mas roubou, e pra o azar dele ele estava roubando do meu bolso, o filho da puta ficou pra tomar conta da administração das minhas boates enquanto eu estava na tranca, não fui eu que o contratei foi o meu pai e isso me deixa mais bolado ainda.
              - Seu pai, como assim, você nunca fala deles porque ( minha curiosidade falou mais alto já que ele nunca tocou no assunto família)
              - Pai não o meu genitor, porque pra ele o único filho que ele tinha foi morto por mim ( essa conversa da morte do seu irmão é outra coisa que eu não entendo e essa parte é nova pra mim)
               - Ele culpa você pela morte do seu irmão ( ele confirma) mas porque, você não se dava bem com ele.
               - Sempre, mas na mente doente do meu pai eu queria o que era do meu irmão, mas não sabendo ele que era o meu dinheiro sujo que mantinha as boates e eu não levaria nada com a morte do meu irmão, e fora que ele era meu fechamento, o Iuri sabia tudo que eu fazia e nunca me condenou por isso ( na sua voz tem tristeza e seu olhar está distante) só eu sei a falta que ele me faz é fodida  eu daria a minha vida por ele( o abraço passando o conforto que ele precisa)
               - Eu sei que seu irmão sabia disso e ela agora cuida de você ( ele sorriu sem graça)

(...)

            Sai do banheiro e o Eduardo não estava mais na cama, fui até o espelho arrumar a amarração do meu biquíni, quando terminei joguei uma saída de praia por cima e fui descendo com minha bolsa.
            Encontrei o Eduardo já tomado banho vestindo uma bermuda de futebol branca transparente que dava pra ver toda a sua cueca vermelha, bem discreto ele, ele bebia alguma coisa em um copo grande de plástico enquanto digitava no celular.
             Na hora que ele me viu olhou primeiro pra minha roupa e depois subiu a vista para o meu rosto.
              - Vai pra onde posso saber ( perguntou enquanto colocava o copo no balcão)
             - Praia ( ele enrugou a testa)
             - Com quem, e eu só fico sabendo agora (balancei a cabeça negando)
             -Vou com a Natália, e talvez a Tereza (olhei o celular lendo a mensagem que minha galega acabou de enviar avisando que iria também) é, ela vai (mostrei o celular) e nao sabia que eu precisava te comunicar onde eu vou ou deixo de ir não.
             - Claro Anny, tem que me falar não é assim não (ficou puto)
             -Nem começa, eu saí da casa do meus pais a anos pra agora ter que vim pedir autorização sua pra sair, não enche Eduardo.
            - Ontem eu era vida e hoje eu sou Eduardo (já mudou a chavinha)
            - Eduardo escroto controlador (ele sorriu me fazendo sorri mais)
            -Nem chinga mais que eu me apaixono (encostou em mim)
            - Idiota.
            -Gostosa (veio me beijar e eu o empurrei) vai me negar um beijo.
            -Vou, você já me irritou ( ele segurou meu rosto e me beijou a força)
            - Não quero te controlar não minha gostosa eu só queria ficar sabendo antes, ia te chamar pra dá um rolê nós dois só isso ( coloquei a mão na cintura)
              - Fica pra próxima bebê, hoje vai ser só das meninas, era pra ter sido ontem mas não deu ( ele concordou)
              - Você vai de que se seu carro tá no seu apartamento.
              - Meu não seu, e eu vou com a Natália ( ele fez cara feia)
              - Não vou entrar nessa com você não... O Digo tá ligado nisso ( confirmei)
              - Ele sabe aquele outro escroto ( arrumei a calcinha por baixo da saída)
              - Você não vai tirar essa para de cima não né ( ele me perguntou apontando pro meu corpo se referindo a saída de praia)
              - Claro que vou, por isso do biquíni aqui embaixo.
              - Anny isso deve ser de criança não cobre nada ( me virou) você tem noção do tamanho da sua bunda ( coçou a cabeça) não tem né.
              - Menos Eduardo, lá vai tá todo mundo vestido assim, e olhar não arranca pedaço.
              - Não arranca pedaço um caralho, vamo pra casa o Digo aí vocês ficam na piscina chama a loira lá ( não tinha como não sorri da cara dele)
              - Falando nisso porque você não tem uma piscina em sua casa, na verdade a casa do seus empregados são maiores que a sua ( sempre tive essa curiosidade)
              - Nunca me liguei pra essa parada, mas se você quiser eu mando fazer uma aí não precisa ir pra praia.
             - Piscina não é praia vida, não tem a areia.
              - Pega nada, mando empurra areia onde você quiser, vai virar um deserto só pra você.
              - Deixa de ser exagerado Eduardo é só um biquíni menino.
              - Vai logo Anny antes que eu te jogue lá encima e não deixe você sair nunca mais de dentro de casa.
              - Só vontade meu amor ( fui saindo e soltando beijo pra ele) quem sabe se eu não faço topless lá ( sai correndo quando ouvi a buzina e vi a cara do Eduardo junto com seus xingamentos) não infarta meu amor, até mais tarde.

         

       
      

Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora