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Míni maratona 5/5 FIM

Edu narrando...


           - O que esse homem tá querendo, ele nunca quis subi aqui antes (Digo falou me deixando com o pé atrás)

            - Quem porra vai saber ( passei a mão no rosto puto da vida) só sei que essa subida dele é como se fosse do meu pior inimigo.

             - Não exagera Eduardo, ele é seu pai ( confirmei )

            - Por isso mesmo, de todas as pessoas que me acusaram de ter matado o Iuri o que mais me doeu veio da parte dele, ele sabe como eu admirava meu irmão ( um no se forma na minha garganta só de lembrar naquela cena, sacudi a cabeça a afastando)

           Ficamos em silêncio por um tempo até ouvir os primeiros passos vindo da escada, quando eu vejo ele vem vendado com o Júnior logo atrás o ajudando.

            - Quem fez isso júnior ?

           - Ordens do ioiô ( acho que agora entendi, meu pai é capaz de tudo pra lê ver morrer atrás das grades e trazendo ele aqui eu estaria dando minha cabeça e a cabeças dos meus soldados em suas mãos)

             Minha cabeça fica tão fodida quando se trata de pai e mãe que eu ia cometer um vacilo grande mas que agora eu não comento mais.

           Ele tirou a venda e nos encaramos pela primeira vez depois de mais de cinco anos, ali na minha frente estava o homem que na minha cabeça sempre foi meu exemplo, meu herói, o homem pelo qual eu daria minha vida sem nem pensar duas vezes, mas que quando me viu ir para o lado oposto do que ele queria me virou as costas, mas o pior nem era isso o pior era saber que seu irmão que sempre foi o preferido estava no mesmo caminho que o seu e tinha o ápio dele, dois irmãos com os mesmos pais e tratamentos completamente diferentes.

            Quem aguenta ouvir da boca da sua mãe que o único filho dela tinha sido morto por um vagabundo que no caso era eu, e que era pra ter sido eu no lugar dele, naquele momento eu quis pegar uma arma e da um tiro na minha própria cabeça e tornar sua vontade uma realidade.

              - Quando eu fiquei sabendo que você realmente estava solto eu não acreditei e precisei vim aqui ver com os meu próprios olhos ( ele falava com um tom de fúria)
 
            - E agora que viu que é verdade já pode ir metendo o pé daqui pelo mesmo lugar que veio ( cruzei os braços , aquele gesto era uma forma de proteção)

              - Sempre audacioso ( veio em minha direção mas o Júnior o conteve) mas se esconde atrás de um monte de moleque vagabundo ( vi nos olhos do Júnior o ódio que ele estava mas se controlando pois sabia que ali era território proibido sem minhas ordens)

             - Olha quem tá sendo audacioso agora ( fiz o gesto para o Júnior escanear o seu corpo, não posso correr o risco de ter algum escuta com ele)

            - Tá limpo ( foi a única coisa que ele respondeu mas continuei o olhando) tá de boa chefe olhamos tudo sem deixar nada passar ( confirmei)

             - Agora pode falar o que você quer comigo ( perguntei sem paciência)

             - Eu vim mandar você deixar as coisas do seu irmão em paz ( a arrogância em pessoa, ouvi o Digo sorri nas minhas costas me fazendo sorri também)

             - Não sei se você sabe mas 50% de tudo é meu.

             - Seu irmão construiu tudo sozinho ( o cortei)

             - Com o meu dinheiro, porque o senhor falou que não queria seu sobrenome misturado com assunto de boates não então ele veio me procurar ( seu olhar estava me fuminando)

              - Ele não seria capaz de fazer uma coisa dessas, ele sabia muito bem de onde vinha o seu dinheiro ( sorri)

              - Exatamente ele sabia de onde vinha, mas nunca se importou com isso.

              - Seu filho da puta ( tentou se soltar dos braços do Júnior)

              - Filho da sua mulher assim como ele também era ( curti com sua cara)

               - O Iuri não era igual a você ( pela primeira vez concordei com ele)

                - Não mesmo, ele fazia suas coisas escondidas enquanto eu sempre fui um livro aberto.

               - Se fosse um livro aberto ainda estava preso por conta de seus crimes ( olhei pra trás e o Digo estava puto vindo em nossa direção, fiz o gesto pra ele continuar no mesmo lugar e depois voltei a olhar pra frente)

               - Quero provas aqui ( estendi a palma da mão) caso contrário posso meter um processo.

                - Você pagou quanto ao juiz pra te deixar livre.

                 - Mete daqui vai, sem paciência pra mesma ladainha de sempre (ele negou)

                - Eu ainda não acabei ,( falou entre os dentes,)

                - Mas eu sim, me esquece e pode ficar sabendo que vou continuar cuidando das minhas boates, e vou tirar o seu poder sobre elas.

               - Eu juro Eduardo que você vai voltar pra cadeia de onde você nunca deveria ter saído ( gritou enquanto era arrastado pra fora)

               - Vou ficar esperando esse dia ( sai da sua frente e voltei pra ponta da lage)

               Eu estava tremendo, não podia entender que raiva era essa que todos tinham de mim, Digo me entregou outro cigarro e eu puxei com toda minha força esperando que a brisa tirasse toda aquela dor em meu peito.

             O silêncio que estava ali falava mais que mil palavras ditas e meu amigo sabia disso por isso só ficou me fazendo companhia.










RESPEITA A MÃE QUE VEIO COM UMA MINI MARATONA EM PLENO SÁBADO BJOOOSSSS.💋💋💋💋💋💋💋 QUERO CURTIDAS E MUITOS COMENTÁRIOS.




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Acaso  Parte l  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora