Capítulo 11

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  Eu juro solenemente que essa é a última vez que eu cedi aos encantos do Alfonso. Anahi, foco no maldito trabalho, não na maldita e impressionante ereção DO SEU CHEFE te provocando.

  Trabalhei no escritório sem parar até as cinco, conversando sobre um cliente que estava prestes a se divorciar e queria também a guarda das crianças. Traição, choro, muito drama.

  Alfonso passou a tarde em uma reunião fora da empresa e pediu que eu ficasse na empresa cuidando dos assuntos necessários. Claro, ele precisou me atiçar com aquele sorriso incrível.

  Eu queria socar a cara dele. E depois montar em seu colo. Vai entender.

  Tinha acabado de desligar o computador e estava pegando a bolsa quando o telefone tocou. Olhei para o relógio, que mostrava exatamente cinco horas, e pensei em ignorar a ligação, uma vez que tecnicamente o expediente já havia terminado, mas como eu ainda estava me sentindo culpada pelo deslize que tive com o chefe mais cedo, atendi como uma forma de penitência.

Escritório Herrera...

Oi, Anahi, tudo bem? - era Dulce. E parecia muito animada. Droga, eu estava tão envergonhada por ter beijado o irmão dela que senti o rosto esquentar.

Dulce... Em que posso ajudar?

Vinho na minha casa hoje?

  Ah, não mesmo. E de onde veio tanta amizade?

Não sei - suspirei. - Estou levando trabalho para casa.

Ai, o Alfonso vai entender. Ele me adora. E o Christian e Christopher também vai. Estou te esperando na saída do prédio. - e desligou. Mas que mania é essa que os Herrera's têm de desligar na minha cara?

  E quem diabos seria Christopher?

  Bufei alto e me joguei de volta na cadeira. Recostei-me soltei um suspiro. Estava precisando muito de uma banheira quente e de um orgasmo. Pouco importava se Alfonso descobrisse que eu me masturbava pensando nele. Minha frustração sexual estava enfraquecendo minha posição naquele jogo, uma fraqueza que eu sabia que ele não tinha.

  Com certeza haveria uma boa foda à sua disposição antes do fim do dia. Enquanto pensava na merda que estava a minha vida sexual, o telefone tocou de novo.

  Deus, que seja Dulce desmarcando.

  Mais uma vez, pensei em ignorar o telefone, mas não queria levar nada de ruim comigo para casa depois de um dia como aquele. Atendi com minha saudação habitual, mas sem o mesmo entusiasmo.

Ainda estou pensando em você.

  A voz rouca do meu chefe enviou correntes elétricas por todo o meu corpo, tendo um doloroso resultado no meio das minhas pernas.

Ainda estou sentindo você, Anahi. Seu gosto. Estou de pau duro desde que saí, apesar de duas reuniões e uma teleconferência. Estou em desvantagem. Faça suas exigências.

Ah - murmurei. - Deixe-me ver.

  Eu o deixei esperando, cogitando a possibilidade de perguntar se ele era casado. Acho que ele não seria tão descarado se fosse, mas se ele fosse estaria em vantagem aqui, afinal, ninguém sabia. Eu seria a outra e a minha consciência ficaria na merda. Não rolava entrar em um assunto pessoal no meu local de trabalho. Salvo o beijo de mais cedo, sempre tive em mente não misturar as coisas.

  Mas eu não morreria se atiçasse só um pouco, né?

Humm... Não consegui pensar em nada. Mas tenho alguns conselhos de amiga. Procure uma mulher que esteja babando por você e faça com que se sinta um Deus. Trepe com ela até nenhum dos dois aguentar mais. Quando me encontrar, já vai ter esquecido tudo isso e sua vida vai voltar à sua ordem obsessivo-compulsiva.

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